Resumo:
O presente trabalho possui como objetivo analisar como o ando centrismo se
manifesta na relação entre gênero e prisão e contribui para o abandono einvisibilidade da mulher encarcerada. Utilizou-se por base a pesquisa bibliográfica para realizar um percurso histórico do controle e estigmatizarão da mulher, para em seguida, por meio de fontes empíricas, trazer as narrativas das mulheres sentenciadas do Conjunto Penal Feminino da Mata Escura. Essas narrativas serviram de base para entender como a mulher é considerada um sujeito inferior dentro da lógica do sistema carcerário, pouco observada pela política criminal pautada num modelo de prisão feito por homens e pensado para homens, que trata a mulher como um resíduo, um sujeito invisível. Por isso, o estudo da relação gênero e cárcere por um viés feminista se fazem essencial para pautar a emancipação das mulheres das diversas classes sociais, na busca por uma criminologia feminista inter seccional, que dê voz a mulher encarcerada e possibilite a redução do direito penal sexista, classista e hierarquizante atual.