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Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/43282
Tipo: Tese
Título: A VISUALIDADE DOS PRETOS-VELHOS E PRETAS-VELHAS DE JOSÉ ZUMBA E O ENSINO DE ARTES ANTIRRACISTA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
Título(s) alternativo(s): Visualidad de los Pretos-Velhos e Pretas-Velhas de José Zumba y la enseñanza artística antirracista en la Universidad Federal de Alagoas.
THE VISUALITY OF JOSÉ ZUMBA'S PRETOS-VELHOS AND PRETAS-VELHAS AND THE ANTIRRACIST TEACHING OF ARTS AT THE FEDERAL UNIVERSITY OF ALAGOAS
LA VISUALITÉ DES PRETOS-VELHOS ET PRETAS-VELHAS DE JOSÉ ZUMBA ET L'ENSEIGNEMENT ANTIRRACISTE DES ARTS À L'UNIVERSITÉ FÉDÉRALE D'ALAGOAS
Autor(es): Santos, Jeamerson dos
Primeiro Orientador: Domenici, Heloisa Leite
metadata.dc.contributor.referee1: Marfuz, Luiz Cesar Alves
metadata.dc.contributor.referee2: Alcantára, Paulo Henrique Correia
metadata.dc.contributor.referee3: Oliveira, Ana Clara Santos
metadata.dc.contributor.referee4: Lima, Abia Denise Marques Pinheiro de
metadata.dc.contributor.referee5: Domenici, Heloisa Leite
Resumo: Esta tese busca ampliar as discussões sobre validação e valorização da arte negra e afro-brasileira na perspectiva do ensino emancipatório pós-pacto democrático de 1988 e contribuir com novas epistemologias para o ensino de artes sob uma perspectiva expressamente antirracista, através dos trabalhos artísticos de José Zumba (1920-1996). A pergunta norteadora desta tese se estabelece na seguinte formulação: como a educação artística pode deixar de reproduzir o racismo e a invisibilização do corpo negro? Busca-se, aqui, apresentar uma proposta de educação artística antirracista, com base em uma perspectiva epistemo-metodológica afroreferenciada ancorando-se em autores como Nilma Lino Gomes (2003), Kabengele Munanga (1986), Abdias Nascimento (2004; 2016; 2019), Paulo Freire (1992) e Leda Maria Martins (2023). O estudo adota um enfoque qualitativo, centrado no processo entre o sujeito pesquisador e seu trajeto como estudante cotista, ativista, artista e educador que coordena o Fórum Mestre Zumba (FMZ), projeto de extensão desenvolvido na Universidade Federal de Alagoas entre 2013 e 2017. A tese se subdivide em quatro capítulos. O capítulo inicial aborda o surgimento do FMZ, sinaliza as contradições internas do movimento negro e apresenta uma breve história de Mestre Zumba, possibilitando identificar diversas problematizações discursivas, como também construções e a ressignificação de narrativas sobre a história oficial do negro em Alagoas e no Brasil. No segundo capítulo, articulam-se arte, ancestralidade e pedagogia no enfrentamento ao racismo epistêmico e ao folclorismo, e apresentam-se ações educativas realizadas no FMZ, enquanto defende-se o ritual social da educação como propósito de emancipação, elevação do indivíduo na construção de relações societárias em dimensões afirmativas afrodiaspóricas, como economia criativa, cosmopercepção e pluridimensionalidade. Já o terceiro capítulo apresenta três níveis de análise afrorreferenciada do ensino de artes como ferramenta de descolonização pedagógica; assim, explora-se a construção da visualidade da ancestralidade, do pertencimento e da territorialidade a partir das telas de Zumba, celebrando narrativas negras positivas e denunciando o racismo religioso e intelectual e o etarismo com foco simbólico e epistemológico negro, contrapondo-se à lógica da invisibilidade histórica imposta aos corpos negros no Brasil. No quarto capítulo, a roda de diálogo afrorreferenciada destaca a atuação dos professores Zezito de Araújo, José Acioli (1962-2021) e Toni Edson (1979-2021), que fortaleceram práticas pedagógicas comprometidas com a aplicabilidade da Lei nº 11.645/08 (Brasil, 2008) no ensino das artes. As experiências com cenografia e teatro afrorreferenciado reforçam a importância da estética negra como forma de resistência, re-existência e construção de novas epistemologias na luta contra o racismo estrutural e a intolerância religiosa, promovendo, dessa forma, uma reflexão afroreferenciada para a emancipação cultural e social.
Abstract: Esta tesis busca ampliar las discusiones sobre la validación y valorización del arte negro y afrobrasileño, desde la perspectiva de la enseñanza emancipadora después del pacto democrático de 1988, y contribuir con nuevas epistemologías para la enseñanza de las Artes desde una perspectiva expresamente antirracista, a través de las obras artísticas de José Zumba (1920-1996). La pregunta guía de esta investigación se establece en la siguiente formulación: ¿Cómo puede la educación artística dejar de reproducir el racismo a través de la invisibilidad del cuerpo negro? La tesis busca presentar una propuesta de educación artística antirracista, basada en una perspectiva epistemo-metodológica afroreferenciada, anclada en autores como Nilma Lino Gomes (2003), Kabengele Munanga (1986), Abdias Nascimento (2004; 2016; 2019), Paulo Freire (1992) y Leda Maria Martins (2023). El estudio adopta un enfoque cualitativo, centrado en el proceso entre el sujeto investigador y su trayectoria como estudiante de cuota, activista, artista, educador que coordina el Foro Mestre Zumba (FMZ), un proyecto de extensión desarrollado en la Universidad Federal de Alagoas entre 2013 y 2017. La tesis se subdivide en cuatro capítulos. El capítulo inicial aborda el surgimiento de FMZ, destaca las contradicciones internas del movimiento negro, presenta una breve historia de Mestre Zumba, permitiendo identificar diversas problematizaciones discursivas, así como construcciones y resignificaciones de narrativas sobre la historia oficial de los negros en Alagoas y Brasil. En el segundo capítulo, la tesis articula arte, ancestralidad y pedagogía, en la confrontación con el racismo epistémico y el folclorismo, y presenta acciones educativas realizadas en la FMZ, al tiempo que defiende el ritual social de la educación como propósito de emancipación, elevación del individuo en la construcción de relaciones societales en dimensiones afrodiaspóricas afirmativas, como la economía creativa, la cosmopercepción y la pluridimensionalidad. El tercer capítulo presenta tres niveles de análisis afroreferenciado de la enseñanza de las Artes como herramienta de descolonización pedagógica; Así, explora la construcción de la visualidad de la ascendencia, la pertenencia y la territorialidad a partir de las representaciones visuales de Zumba, celebrando narrativas negras positivas y denunciando el racismo religioso, intelectual y el edadismo con un enfoque simbólico y epistemológico negro, oponiéndose a la lógica de invisibilidad histórica impuesta a los cuerpos negros en Brasil. En el cuarto capítulo, el círculo de diálogo afroreferenciado destaca el trabajo de profesores como Zezito de Araújo, José Acioli (1962-2021) y Toni Edson (1979-2021), quienes fortalecieron prácticas pedagógicas comprometidas con la aplicabilidad de la Ley nº 11.645/08 (Brasil, 2008) en la enseñanza de las artes. Las experiencias con escenografía y teatro afroreferenciado refuerzan la importancia de la estética negra como forma de resistencia, reexistencia y construcción de nuevas epistemologías en la lucha contra el racismo estructural y la intolerancia religiosa, promoviendo así una reflexión afroreferenciada para la emancipación cultural y social.
Palavras-chave: Educação Antirracista
José Zumba
Ancestralidade
Arte
Cultura
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: UNIVERIDADE FEDERAL DA BAHIA
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Escola de Teatro
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC)
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/43282
Data do documento: 27-Jul- 7
Aparece nas coleções:Tese (PPGAC)

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