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Tipo: Dissertação
Título: Nomeação no tractatus de Wittgenstein
Autor(es): Nascimento, André de Jesus
Primeiro Orientador: Silva, João Carlos Salles Pires da
metadata.dc.contributor.referee1: Silva, João Carlos Salles Pires da
metadata.dc.contributor.referee2: Casanave, Abel Lassalle
metadata.dc.contributor.referee3: Moreno, Arley Ramos
Resumo: Em nosso trabalho, trata-se de examinar o sentido em que a nomeação torna-se um enigma pertinente no Tractatus Logico-Philosophicus de Ludwig Wittgenstein. A exigência a qual responde, afinal, remonta às condições lógicas a que devem atender todo e qualquer discurso significativo. Por um lado, toda proposição assegura suas virtudes representativas na medida em que mantém uma mesma multiplicidade lógica, devendo ser composta pelo mesmo número de elementos que o fato por ela representado. Num sentido relevante, assentam-se as condições de verdade da proposição na identidade formal de que partilham mundo e linguagem. Assim, um nome corresponde a um objeto, e o conjunto de possibilidades combinatórias que caracterizam sua sintaxe recupera, na linguagem, as possibilidades combinatórias dos elementos constitutivos do fato. Por outro lado, esta identidade formal não decide pelo significado desempenhado por um nome. As relações afigurantes, laços que unem nomes a objetos, não estão essencialmente fixadas, estabelecendo-se antes com base num domínio de alternativas possíveis. Seu campo de operação, afinal, conquanto delimitado pela sintaxe, não se determina por eles. Desse modo, enquanto as regras sintáticas refletem a ordem necessária da substância do mundo, as regras semânticas devem refletir uma determinação que, do ponto de vista lógico, lhe é perfeitamente indiferente. Assim, a nomeação, dentro dos limites do isomorfismo, poderá sempre diferenciar-se sem que a virtude representativa da linguagem seja comprometida. Em um sentido relevante, a sintaxe lógica de um nome é indiferente à sua semântica, isto é, ao significado específico que ele assume na proposição. Destarte, muito embora caiba à lógica estabelecer a categoria sintática de um nome, bem como determinar que um significado preciso deva se estabelecer, não lhe cabe instituir qual seja este significado. Esta determinação, ainda que logicamente essencial à constituição do sentido, é logicamente indiferente. Em nosso trabalho, procuraremos examinar a tensão suscitada por essa necessidade e indiferença essenciais.
Abstract: This dissertation deals with the sense in which “naming” becomes a relevant puzzle in Ludwig Wittgenstein’s Tractatus Logico-Philosophicus. After all, the requirement to which it reports goes back to the logical conditions that must satisfy each meaningful discourse. By one hand, every proposition ensures its representative competence insofar as it maintains the same logical multiplicity, at the same time as it shall be composed by the same number of elements that the fact it represents. In a relevant sense, the truth conditions of the proposition is based on the formal identity that world and language share between them. Therefore, a name corresponds to an object, and the set of combinatorial possibilities that characterize its syntax in the language mirrors the combinatorial possibilities of elements constituent of the fact. By the other hand, this formal identity do not decide for the meaning played by a name. Ties that bind names to objects, pictorial relations are not essentially fixed, being rather settled on the basis of a field of alternatives. This field of operation, although limited by the syntax, is not determined by them. Thus, while the syntactic rules mirrors the necessary order of the substance in the world, semantic rules must reflect a determination that, strictly, is perfectly indifferent to a logical point of view. In principle, at the limits of the isomorphism, naming determination can be always changed without compromise its representative competence. In a relevant sense, the logical syntax of a name is completely unresponsive to its semantic, namely, to the precise meaning that a name assumes at the proposition. Thus, although shall the logic be responsible to establish the syntactic category of a name, as well as to determine that a precise meaning must be established, the logic can not establish what this meaning is. Although essential to the constitution of the sense, this determination is logically irrelevant. This text aims to investigate the tension raised by these essential necessity and indifference.
Palavras-chave: Wittgenstein
Tractatus
Sintaxe
Semântica
CNPq: CIÊNCIAS HUMANAS
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF) 
Tipo de Acesso: CC0 1.0 Universal
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37572
Data do documento: 16-Dez-2011
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