Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36904
Tipo: Dissertação
Título: Corpo-Ebó: axé, sabenças,danças e candomblés para sustentar revoluções negras
Autor(es): Souza, Jean Ferreira
Primeiro Orientador: Moura, Gilsamara
metadata.dc.contributor.referee1: Moura, Gilsamara
metadata.dc.contributor.referee2: Conrado, Amélia Vitória de Souza
metadata.dc.contributor.referee3: Santana, Tássio Ferreira
metadata.dc.contributor.referee4: Petit, Sandra Haydée
Resumo: A presente Dissertação de Mestrado Acadêmico em Dança interpreta a relação do Corpo e do Candomblé na construção de saBenças, as quais suplantadas pelo axé/nguunzo (força vital) dos Espaços-Terreiros, contribuem de forma contundente para constituir o que se apresenta como Corpo-Ebó. Apontamos que este Corpo move e Dança a existência negro-brasileira na diáspora. O/Um Corpo-Ebó é um movimento ancestral, o qual age cognitiva e epistemologicamente para encantar o mundo em perspectiva negrorreferenciada, visa e sustenta revoluções negras. É o/um corpo político justamente por constituir-se da natureza Terreira. É também capaz de estabelecer outras escrituras da existência negro-brasileira no aiê (terra), inspirado dos legados negroafricanos, sustentados, desde que a colonização fora a principal estratégia política de dominação social no Brasil. Portanto, o Corpo-Ebó é decolonial. Para tanto, encorpamos a Pesquisa Encruzilhada (FERREIRA, 2019, 2021), aqui entendida como Metodologia da Gira, de modo a substanciar uma episteme negra assentada à imagem do Jogo de Búzios – tecnologia e prática recorrente nos Terreiros de Candomblés na Bahia. Assim, espalha-se tais saBenças no grande alguidar da esperança, no qual o discurso/função do ebó (oferenda, comida, sacrifício) escorre para elaborar o modus operandi do/de um Corpo-Ebó. A estrutura epistêmica está dividida em seções, sendo três “Entradas”, três “Notas Suplementares”; seguidas de três “Jogos abertos”, nos quais as Caídas se manifestam pelo cruzo de seis comunicações. Ademais, há três “Caídas Suplementares”, três “Caídas Exigidas” e seis “Itan Contemporâneos em Diáspora”. Desse modo, estabelece-se relações entre o referencial principal, com o secundário e o terciário – a encruzilhada-epistêmica se faz e refaz efetiva. Assim, move-se esta episteme negra Terreira junto a Prandi (2001, 2006, 2017, 2018), Beniste (2016, 2021), Santos (2020, 2021), Santana (2019) e Ferreira (2019, 2021), Simas e Rufino (2018, 2019), Petit (2015), Rufino (2016, 2019), Santos (2016), Simas (2020), Quijano (2005), Machado (2010), Machado (2019), Novaes (2021), Sodré (2019), Santos (2012), Reis (2014), Maurício (2009), Lima (2015), Oliveira (2005, 2021), Nascimento (2016). De modo secundário: Rocha (1999), Lagos I (2021), Martins (2014), Oxóssi (2020), Krenak (2020), Cunha (2007), Póvoas (2004, 2015), Sousa Junior (2018, 2019) e outros/as; e de modo terciário: Conrado (2021), Amado (1970), Amancio (2019), Silva (2021) e outros/as. Por fim, o Corpo-Ebó elabora danças como cruzos/discursos políticos de continuidade ancestral e permanência; legitimação e afirmação de si e sua egbé (comunidade), sendo a ancestralidade a benquerença indivisível que une Orum/Aiê Ntoto/Duílo – Terra e Céu, sendo Nós, pessoas negro-brasileiras e Corpos-Ebós, junto aos/as Orixás, Inquices, Voduns, Caboclos/as, Aldeias, Caciques, Tupã e a Natureza em festiva alacridade de Danças, potências das revoluções negras tão pautadas pelas políticas da contemporaneidade.
Abstract: This present academic master’s dissertation in Dance’s field interpretates the relation between Body and Candomblé in the saBenças’ construction. These saBenças are supported by the axé/nguunzo (vital force) from the Space-Candomblé Houses and forcefully contribute to build what is expected as Body-Ebó. We reinforce that this Body moves and Dances the negroBrazilian existence in diaspora. The/A Body-Ebó is an ancestral movement which acts cognitively and epistemologically to delight the world in a negro referenced perspective and it aims and supports black revolutions. This is also able to stablish different perspectives regarding the negro-Brazilian existence on aiê (Earth), inspired by the negro-African legacies which are sustained since the colonization started to be the main political strategy of social domination in Brazil. Therefore, we bulked the Crossroad Research (FERREIRA, 2019, 2021), that is understood here as a Metodology of Gira to sustain a negro-based episteme based on the Cowry Shell Ritual – technology and practice frequently present in Candomblés Houses in Bahia. Thereby, these saBenças are spread in the deep bowl of hope in which the discourse/functions of ebó (offering, food, sacrifice) drains to elaborate the modus operandi from/of a Body-Ebó. The epistemic structure is divided into three sections: three “Entrances”, three “supplementary notes”; followed by three “open consultations to the cowrie shells” in which the Cowry Shell Ritual is manifested through the intercrossing of six communications. In addition, there are three “Supplementary Falls”, three “Demanded Falls” and six “Diasporic Contemporary Itans”. Thus, it is established the relations between the main Theoretical Framework and the secondary and tertiary. Therefore, this episteme negro-based and Terreira moves together with Prandi (2001, 2006, 2017, 2018), Beniste (2016, 2021), Santos (2020, 2021), Santana (2019) e Ferreira (2019, 2021), Simas e Rufino (2018, 2019), Petit (2015), Rufino (2016, 2019), Santos (2016), Simas (2020), Quijano (2005), Machado (2010), Machado (2019), Novaes (2021), Sodré (2019), Santos (2012), Reis (2014), Maurício (2009), Lima (2015), Oliveira (2005, 2021), Nascimento (2016). Secondary: Rocha (1999), Lagos I (2021), Martins (2014), Oxóssi (2020), Krenak (2020), Cunha (2007), Póvoas (2004, 2015), Sousa Junior (2018, 2019) and others; and tertiary: Conrado (2021), Amado (1970), Amancio (2019), Silva (2021) and others. Finally, the Body-Ebó builds dances with the political intersections/discourses of ancestral continuity and permanency; legitimacy and affirmation for itself and its egbé (community), understanding the ancestry and indivisible affection which unites the Orum/Aiê Ntoto/Duílo – Earth and Sky, placing us, negro-Brazilian people and BodyEbós together with Orishas, Inquices, Voduns, Caboclo Entities, Villages, Caciques, Tupa and the Nature in a cheerful celebration of Dances, power of the negro revolutions deeply ruled by contemporary politics.
Palavras-chave: Dança
Dança - Aspectos religiosos
Corpo humano
Corpo humano - Aspectos religiosos
Descolonização
Candomblé
CNPq: Dança
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Escola de Dança
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36904
Data do documento: 21-Nov-2022
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