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Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35613
Tipo: Tese
Título: Educação indígena e intercultural nas aldeias do Opará: uma sociedade de sujeitos silenciados
Título(s) alternativo(s): Indigenous and intercultural education in the villages of Opará: a society of silenced subjects
Educación indígena e intercultural en los pueblos de Opará: una sociedad de sujetos silenciados
Autor(es): Florêncio, Roberto Remígio
Primeiro Orientador: Abib, Pedro Rodolpho Jungers
metadata.dc.contributor.referee1: Abib, Pedro Rodolpho Jungers
metadata.dc.contributor.referee2: Macedo, Roberto Sidnei Alves
metadata.dc.contributor.referee3: Lins, Leonardo Diego
metadata.dc.contributor.referee4: Nogueira, Eliane Maria de Souza
metadata.dc.contributor.referee5: Nunes Neto, Francisco Antonio
Resumo: Com o objetivo de empreender uma análise sobre aspectos da cultura e da educação indígenas no sertão pernambucano, a presente tese elabora, à luz dos estudos decoloniais, um aporte teórico-analítico sobre as línguas autóctones dos povos indígenas da Região de Abrangência do Opará (Rio São Francisco), em que são contemplados os seguintes temas: a relação dos povos com a Educação Escolar Indígena e a Lei 11.645/2008, que versa sobre o ensino das culturas indígenas nas aldeias; o silenciamento das línguas autóctones durante os séculos de dominação europeia; e a atual produção didático-científica empreendida pelos professores/professoras e pesquisadores/pesquisadoras indígenas, ligados às instituições locais, a partir de projetos e ações afirmativas, promovidos pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano, campus Floresta, e pelo Núcleo de Pesquisa Opará, da Universidade do Estado da Bahia, campus Paulo Afonso. As línguas indígenas são os sinais diacríticos das identidades étnicas brasileiras e a perda dessas línguas é usada como processo de negação das identidades indígenas, principalmente no Nordeste Brasileiro, região de maior preconceito sobre os nativos. Portanto, ao empreender uma pesquisa sobre as línguas ágrafas no contexto da ressignificação sociocultural empreendida pelas comunidades indígenas na região do Opará, objetiva-se analisar a expressão linguístico-cultural de povos indígenas locais, através dos elementos de resistência, hibridismo cultural e ressignificação, potencializados pela educação, na perspectiva da interculturalidade para a construção de uma epistemologia decolonial, anti-hegemônica e antirracista. Atendendo ao modelo multipaper, de capítulos independentes no formato de artigos, a pesquisa procura responder as lacunas sobre os seguintes temas: Educação Escolar Indígena e Interculturalidade, Línguas Autóctones da Região de Abrangência do Opará e a produção do conhecimento a partir da Pesquisa Científica dos Indígenas. Os estudos são contemplados pelos seguintes procedimentos metodológicos, respectivamente: Pesquisa Etnográfica, Revisão Sistemática Qualitativa e Análise Documental. Os procedimentos de Revisão Bibliográfica, presentes nos três artigos, foram contemplados por pesquisas em bancos de dados, repositórios, livros e outros registros públicos, e as análises empreendidas contemplam métodos da Análise do Discurso. Os resultados apontam para: a consolidação da Educação Escolar Indígena nas aldeias pesquisadas (povos Atikum, Pankará e Truká), em um processo de interculturalidade; a percepção da presença das línguas autóctones no consciente das comunidades, não como idiomas perdidos que precisam ser resgatados, mas como uma territorialidade imaterial das culturas indígenas; e o surgimento de uma corrente de estudos sobre os povos e as línguas autóctones produzida pelos próprios indígenas, consolidando-se através da produção didático científica, cujas premissas paradigmáticas aludem à desconstrução da hegemonia colonial, à descolonização dos saberes e à ressignificação sociocultural para os povos indígenas brasileiros.
Abstract: With the objective of undertaking an analysis of aspects of indigenous culture and education in the Pernambuco hinterland, this tesis seeks to elaborate, in the light of post colonial studies, a theoretical-analytical contribution on the autochthonous languages of the indigenous peoples of the Region of Scope of the Opará (São Francisco River), in which the following topics are covered: the relationship of peoples with Indigenous School Education and Law 11.645/2008, which deals with indigenous cultures in villages; the silencing of indigenous languages during the centuries of European domination; and current scientific-didactic production undertaken by teachers/teachers and indigenous researchers/researchers, linked to local institutions, based on projects and afirmative actions, promoted by the Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano, campus Floresta, and by the Grupo de Pesquisa e Etnicidades Opará, from the Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Paulo Afonso campus. Indigenous languages are the diacritical marks of Brazilian ethnic identities and the loss of these languages is used as a process of denial of indigenous identities, especially in the Brazilian Northeast, a region with greater prejudice against natives. So, when undertaking a research on unwritten languages in the context of sociocultural resignification undertaken by indigenous communities in the Opará region, the objective is to analyze the linguistic-cultural expression of local indigenous peoples, through the elements of resistance, cultural hybridism and resignification, enhanced by education, from the perspective of interculturality and the awareness of individuals for the construction of a decolonial epistemology, anti-hegemonic and anti-racist. Given the multipaper format, of independent chapters in the form of articles, the research seeks to answer the gaps on the following topics: Indigenous School Education and Interculturality, Autochthonous Languages of the Opará Coverage Region and the production of knowledge from the Scientific Research of Indigenous People. The studies are covered by the following methodological procedures, respectively: Ethnographic Research, Qualitative Systematic Review and Document Analysis. The data construction procedures of the Bibliographic Review, present in the three articles, were covered by searches in databases, repositories, books and other public records, and the analyzes carried out include methods of Analysis of Discourse. The results point to: the consolidation of Indigenous School Education in the researched villages (Atikum, Pankará and Truká peoples), in a process of interculturality; the perception of the presence of autochthonous languages in the consciousness of communities, not as lost languages that need to be rescued, but as an immaterial territoriality of indigenous cultures; and the emergence of a current of studies on indigenous peoples and languages closer to reality, as it is produced by the producing subjects themselves, consolidating itself through didactic-scientific production, whose paradigmatic premises allude to the deconstruction of colonial hegemony, to decolonization knowledge and sociocultural resignification for Brazilian indigenous peoples.
Palavras-chave: Línguas Autóctones
Educação Escolar Indígena
Decolonialidade
Educação Intercultural
Indígenas – Educação
Aldeias indígenas
Línguas Indígenas
CNPq: Ciências Humanas
Educação
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Educação
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35613
Data do documento: 27-Abr-2022
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