Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/24029
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso
Título: O princípio da interpretação mais protetiva no direito ambiental brasileiro aplicado à proteção das dunas e das restingas
Autor(es): Guimarães, Junia Kacenelenbogen
Autor(es): Guimarães, Junia Kacenelenbogen
Abstract: Esse trabalho de pesquisa teve o objetivo de investigar a aplicação do princípio da interpretação mais protetiva no Direito brasileiro, baseando-se em entrevistas com agentes públicos e pesquisa de jurisprudência. O princípio da interpretação mais protetiva estabelece que em caso de conflitos entre normas, que se opte pela norma mais protetiva para o meio ambiente. Tal princípio fundamenta-se na importância que a proteção ambiental adquiriu nas sociedades modernas, diante da constatação da insustentabilidade do nosso atual modo de vida. Do ponto de vista jurídico, fundamentase no dever do Poder Público de proteger o meio ambiente, que impõe à Administração o dever de agir sempre da forma mais protetiva. O princípio pode ser utilizado tanto em conflitos entre normas produzidas por diferentes entes da federação, como também naqueles que se estabelecem entre normas de status hierárquico distintos. O estudo de caso realizado nesse trabalho, referente à proteção das dunas e das restingas, referiu-se a esse segundo tipo de conflito. Em paralelo a problemas conceituais que dificultam delimitar a extensão da proteção desses ambientes, há um alegado conflito entre os dispositivos da Resolução CONAMA no 303/2002 e a Lei no 12.651/2012 (Código Florestal) no que diz respeito à proteção dos ambientes mencionados. A Resolução cria novas modalidades de área de preservação permanente, não previstas na Lei, o que justifica as alegações de excesso regulamentar por parte da Resolução. Constatou-se nessa pesquisa que em geral os Tribunais reconhecem a aplicação dos dispositivos da Resolução, porém, nem sempre fundamentando a decisão com base no princípio da interpretação mais protetiva. Concluímos, pela importância de maiores discussões doutrinárias a respeito desse princípio, bem como pela importância de sua positivação como forma de dar maior efetividade à proteção ambiental no país. A positivação do princípio facilitará a fundamentação de decisões que optem pela norma mais protetiva, como também dificultará o afastamento dessas normas, o que infelizmente ainda é comum em decisões judiciais no Brasil. Nos órgãos ambientais da Administração Pública, por outro lado, o princípio é plenamente abraçado.
Palavras-chave: Interpretação mais protetiva
Áreas de preservação permanente
Restingas
Dunas
Código Florestal
Resolução CONAMA no 303/2002
Direito ambiental
Florestas - Legislação
Florestas - Conservação
CNPq: Ciências Sociais Aplicadas
País: Brasil
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.program: Núcleo de Monografia e Atividades Complementares
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24029
Data do documento: 18-Ago-2017
Aparece nas coleções:Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Direito (Faculdade de Direito)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
GUIMARÃES, Junia Kacenelenbogen..pdf629,23 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.