https://repositorio.ufba.br/handle/ri/43428| Tipo: | Tese |
| Título: | “Eu como trans eu não existo!”: formatação, visibilidade e exclusão de pessoas trans* em aplicativos de relacionamento |
| Título(s) alternativo(s): | “I as a trans person, I don’t exist!”: formatting, visibility, and exclusion of trans* people in dating apps |
| Autor(es): | Oliveira, Amanda Nogueira de |
| Primeiro Orientador: | Lemos, André Luiz Martins |
| metadata.dc.contributor.referee1: | Primo, Alê Teixeira |
| metadata.dc.contributor.referee2: | Braga, Maria Lucia Santaella |
| metadata.dc.contributor.referee3: | Josephson, Joana Ziller de Araujo |
| metadata.dc.contributor.referee4: | Jurno, Amanda Chevtchouk |
| metadata.dc.contributor.referee5: | Lemos, Andre Luiz Martins |
| Resumo: | Este estudo investiga os formulários dos aplicativos de relacionamento Tinder, Badoo e Bumble, entendendo-os como mecanismos que atuam tanto como ferramentas de formatação quanto como operadores de exclusão de pessoas trans*. Em diálogo com teóricos como Koopman (2019), Halberstam (2023) e Butler (2019a, 2019b, 2022), a análise empírica dos aplicativos Tinder, Badoo e Bumble revela que o problema vai além da transfobia. Seguimos o conceito de “infopoder” (Koopman, 2019), que cria as “pessoas informacionais” formatadas de forma híbrida pelos dados inseridos por suas usuárias nessas plataformas. A construção dessas “pessoas informacionais”, especialmente a partir de sua identificação de gênero e orientação sexual, serve para direcionar recursos, ferramentas e usabilidades, entre outras alternativas material-discursivas, com o objetivo de, não apenas fidelizar a usuária a esse ambiente, mas, principalmente, criar um perfil gerado pela combinação entre os dados coletados e os mecanismos que produzem essas usuárias. Em um cenário de plataformização, dataficação e performatividade algorítmica (Lemos, 2019, 2021b), essas plataformas não apenas medeiam interações. Elas modulam o gênero performativamente, reforçando exclusões, e limitam a diversidade nos espaços digitais. Como procedimentos metodológicos, utilizamos abordagens testadas no Lab404 (Lemos, 2020; Lemos; Bitencourt, 2021), que adotam perspectivas neomaterialistas baseadas na Teoria Ator-Rede (Latour, 2012), no “walkthrough method” de análise de aplicativos (Light; Burgess; Duguay, 2018) e na dinâmica do “infopoder (Koopman, 2019). Conclui-se que a visibilidade, promovida por esses aplicativos, ao mesmo tempo que é produzida a partir do reconhecimento proveniente da formatação de identidades de gênero, expõe pessoas trans* a mecanismos de exclusão e violência. |
| Abstract: | This study examines the registration forms of dating apps Tinder, Badoo, and Bumble, understanding them as mechanisms that function both as formatting tools and as operators of exclusion for trans* individuals. Engaging with theorists such as Koopman (2019), Halberstam (2023) and Butler (2019a, 2019b, 2022), the empirical analysis of Tinder, Badoo, and Bumble reveals that the issue extends beyond transphobia. This study follows the concept of “infopower” (Koopman, 2019), which creates “informational persons”, hybridly shaped by the data entered by users on these platforms. The construction of these “informational persons”, particularly based on gender identification and sexual orientation, serves to direct resources, tools, and usability features, among other material-discursive alternatives. The objective is not only to retain users within these platforms but, more importantly, to generate profiles shaped by the combination of collected data and the mechanisms that structure these users. In a scenario of platformization, datafication, and algorithmic performativity (Lemos, 2019, 2021b), these platforms do not merely mediate interactions. They performatively modulate gender, reinforcing exclusions and limiting diversity in digital spaces. Methodologically, this research employs approaches developed at Lab404 (Lemos, 2020; Lemos; Bitencourt, 2021), which adopt neo-materialist perspectives based on Actor-Network Theory (Latour, 2012), the “walkthrough method” for app analysis (Light; Burgess; Duguay, 2018), and the dynamics of “infopower” (Koopman, 2019). The study concludes that the visibility promoted by these apps, while generated through the recognition derived from the formatting of gender identities, simultaneously exposes trans* people to exclusionary and violent mechanisms. |
| Palavras-chave: | Plataformas Gênero Materialidade Visibilidade Formulários Transexualidade Identidade de gênero Pessoa transgênero Redes sociais on-line Aplicativos móveis Namoro - Recursos de rede de computador Visibilidade |
| CNPq: | CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::TEORIA DA COMUNICACAO |
| Idioma: | por |
| País: | Brasil |
| Editora / Evento / Instituição: | Universidade Federal da Bahia |
| Sigla da Instituição: | UFBA |
| metadata.dc.publisher.department: | Faculdade de Comunicação |
| metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas ( POSCOM) |
| Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
| URI: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/43428 |
| Data do documento: | 30-Mai-2025 |
| Aparece nas coleções: | Tese (PÓSCOM) |
| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| tese-amanda-nogueira-de-oliveira-poscom-ufba.pdf | Tese_Amanda Oliveira | 7,51 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
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