https://repositorio.ufba.br/handle/ri/43148| Tipo: | Dissertação |
| Título: | Não se nasce humano, torna-se: entre monstruosidades e desvios de gênero |
| Título(s) alternativo(s): | One is not born human but rather becomes one: between monstrosities and gender deviations |
| Autor(es): | Ferreira, Camila Daltro |
| Primeiro Orientador: | Rea, Caterina Alessandra |
| metadata.dc.contributor.referee1: | Ferreira, Sergio Rodrigo da Silva |
| metadata.dc.contributor.referee2: | Tavares, Marcia Santana |
| metadata.dc.contributor.referee3: | Rea, Caterina Alessandra |
| Resumo: | A dissertação analisa, sob as perspectivas queer, queer of color e anticolonialista, como dissidências sexuais e de gênero são historicamente enquadradas como monstruosas — categoria que opera como dispositivo de exclusão social, política e ontológica. Parte-se do entendimento de que a cisheteronorma impõe barreiras ao reconhecimento da plena humanidade de certos corpos, produzindo abjeção e violência, mas também abrindo espaços para estratégias criativas de resistência. O objetivo central é compreender de que formas a monstruosidade é atribuída ou reivindicada por tais corpos. Os objetivos específicos incluem compreender as fronteiras identitárias dos gêneros e das sexualidades a partir das lesbianidades e sapatonices; investigar a construção histórica da figura do monstro; discutir limites da assimilação social; e examinar deserções e contra produções de gênero que fabulem outras possibilidades de vida. A metodologia combina revisão bibliográfica interdisciplinar e a submetodologia de Jota Mombaça, que incorpora corpo e escrita como locus de conhecimento, recusando neutralidade e universalismo. A análise percorre genealogias coloniais e necropolíticas da monstruosidade, suas articulações com raça, classe, gênero e sexualidade, e critica formas normativas de inclusão, como homonormatividade e homonacionalismo (Puar, 2015). Aponta, por fim, que a monstruosidade pode funcionar como marca violenta de exclusão, escolha estratégica de resistência ou condição ambivalente. Defende que pirraça (Taliboy, 2021), fracasso e deserção constituem práticas de subversão potentes, capazes de desestabilizar fronteiras do que é ser humano e construir coletividades para além da assimilação neoliberal. |
| Abstract: | This thesis analyzes, through queer, queer of color, and anticolonial lens, how sexual and gender dissidences have historically been framed as monstrous - a category that operates as a device of social, political, and ontological exclusion. It begins from the understanding that cisheteronormativity imposes barriers to the full recognition of certain bodies’ humanity, producing abjection and violence, while also opening spaces for creative strategies of resistance. The main objective is to understand the ways in which monstrosity is either imposed upon or strategically claimed by such bodies. The specific objectives include examining the identity boundaries of gender and sexuality through lesbians and dykes positionalities; investigating the historical construction of the figure of the monster; discussing the limits of social assimilation; and analyzing desertions and counter-productions of gender that imagine alternative possibilities of life. The methodology combines an interdisciplinary bibliographic review with Jota Mombaça’s submethodology, which incorporates body and writing as locus of knowledge, rejecting neutrality and universalism. The analysis traverses colonial and necropolitical genealogies of monstrosity, its articulations with race, class, gender, and sexuality, and critiques normative forms of inclusion, such as homonormativity and homonationalism (Puar, 2015). It argues that monstrosity may function as a violent mark of exclusion, a strategic choice of resistance, or an ambivalent condition. Finally, it contends that pirraça (Taliboy, 2021), failure, and desertion constitute powerful practices of subversion, capable of destabilizing the boundaries of the human and fostering collectivities beyond neoliberal assimilation. |
| Palavras-chave: | Identidade de gênero Sexo Teoria queer Monstros |
| CNPq: | CNPQ::OUTROS::ESTUDOS SOCIAIS |
| Idioma: | por |
| País: | Brasil |
| Editora / Evento / Instituição: | Universidade Federal da Bahia |
| Sigla da Instituição: | UFBA |
| metadata.dc.publisher.department: | Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) |
| metadata.dc.publisher.program: | Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM) |
| Citação: | FERREIRA, Camila Daltro. Não se nasce humano, torna-se: entre monstruosidades e desvios de gênero. Dissertação (Mestrado - Mulheres, Gênero e Feminismos). Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 2025. |
| Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
| URI: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/43148 |
| Data do documento: | 24-Set-2025 |
| Aparece nas coleções: | Dissertação (PPGNEIM) |
| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| Camila Daltro Ferreira. Dissertação Mestrado.pdf | 1,48 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.