Skip navigation
Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/42570
Tipo: Tese
Título: A bacia hidrográfica vivida: sujeitos e experiências na bacia do Rio Una, Bahia.
Título(s) alternativo(s): The lived watershed: subjects and experiences in the Rio Una Basin, Bahia.
Autor(es): Matos, Daiana de Andrade
Primeiro Orientador: Tomasoni, Marco Antonio
metadata.dc.contributor.referee1: Tomasoni, Marco Antonio
metadata.dc.contributor.referee2: Serpa, Angelo Szaniecki Perret
metadata.dc.contributor.referee3: Dias, Juliana Maddalena Trifilio
metadata.dc.contributor.referee4: Risso, Luciene Cristina
metadata.dc.contributor.referee5: Souza , Hanilton Ribeiro de
Resumo: Esta tese propõe investigar a Bacia do Rio Una, na Bahia, a partir das experiências dos sujeitos que nela habitam, buscando compreender de que maneira essas vivências situadas contribuem para a construção do conceito de bacia vivida. Para tanto, desenvolve-se uma metodologia de trabalho de campo voltada a revelar a dimensão experiencial da bacia hidrográfica. A pesquisa, de caráter qualitativo e fundamentada na fenomenologia como método, investiga, descreve e interpreta como a experiência de lugar influencia a construção dessa noção. O percurso metodológico foi organizado em seis etapas articuladas: construção do referencial teórico, levantamento de dados, trabalho de campo, sistematização das informações, escrita e avaliação dos resultados. Em um dos capítulos, o trabalho de campo é apresentado como um encontro entre pesquisadora, sujeitos, lugares e paisagens. A metodologia construída propõe uma escuta atenta, ética e sensível, capaz de apreender a bacia em sua vivência cotidiana. Em outro momento, percorremos a Bacia do Rio Una guiados pelas narrativas dos sujeitos. Nessa travessia, participaram 180 pessoas- entre adultos e crianças-, cujas contribuições evidenciam a geograficidade presente nas formas de nomear o relevo, nas observações meteorológicas, na leitura dos caminhos da água, na organização das lavouras e na memória coletiva sobre os lugares. Esse movimento culmina na elaboração de um glossário da bacia vivida: um esforço de tradução que busca evidenciar os modos próprios de explicar o mundo vivido. Ao final, a escuta se volta às crianças. Suas falas, desenhos e gestos revelam formas potentes de compreender o espaço, especialmente os rios, tratados como personagens vivos de suas histórias, e ilustram a força de um saber geográfico que se constrói com o corpo em movimento, com o olhar atento e com a liberdade de imaginar. Em síntese, a bacia hidrográfica vivida não se reduz a um recorte físico ou a um elemento isolado da natureza. Ela é um emaranhado de experiências, onde tudo está conectado: rios, ventos, plantas, solos, animais, pessoas, memórias e sentidos. A Bacia Vivida ao reunir múltiplas vozes e modos de ver o mundo, pode enriquecer as análises ambientais e fortalecer os processos decisórios. O conhecimento científico, nesse contexto, oferece o amparo e a medida para esse saber vivido, ampliando os modos de ler o mundo. Reconhecer a bacia como vivida é reafirmar que o conhecimento geográfico não se limita à técnica ou ao conceito: ele se funda na experiência, no corpo que habita, na escuta do lugar e na capacidade de atribuir sentidos às paisagens.
Abstract: This thesis proposes an investigation of the Una River Basin, located in Bahia, through the lived experiences of the people who inhabit it, aiming to understand how these situated experiences contribute to the construction of the concept of a lived basin. To achieve this goal, a fieldwork methodology was developed to reveal the experiential dimension of the hydrographic basin.This is a qualitative research grounded in phenomenology as its methodological approach. It investigates, describes, and interprets how the experience of place influences the construction of the concept in question. The methodological path was organized into six interconnected stages: construction of the theoretical framework, data collection, fieldwork, systematization of information, writing, and evaluation of results.One of the chapters presents fieldwork as an encounter between the researcher, subjects, places, and landscapes. The proposed methodology emphasizes attentive, ethical, and sensitive listening, enabling an understanding of the basin through its everyday lived experiences. In another chapter, we traverse the Una River Basin guided by the narratives of its inhabitants. This journey involved the participation of 180 people — both adults and children — whose contributions reveal the presence of geographicity in the naming of landforms, meteorological observations, the reading of water pathways, the organization of crops, and the collective memory of places. This process culminated in the development of a glossary of the lived basin — a translational effort to highlight the unique ways of explaining the lived world.In the final section, the focus shifts to children. Their words, drawings, and gestures reveal powerful ways of understanding space, especially rivers, which are portrayed as living characters in their stories. These expressions illustrate the strength of a geographic knowledge constructed through movement, attentive observation, and the freedom to imagine.In summary, the lived hydrographic basin is not limited to a physical delineation or an isolated element of nature. It is a web of experiences where everything is connected: rivers, winds, plants, soils, animals, people, memories, and meanings. The Lived Basin, by gathering multiple voices and worldviews, can enrich environmental analyses and strengthen decision-making processes. In this context, scientific knowledge can offer both support and scale to this lived wisdom, broadening the ways in which we read and interpret the world. Recognizing the basin as lived reaffirms that geographic knowledge is not confined to technique or concept: it is rooted in experience, in the body that inhabits, in the attentive listening to place, and in the ability to assign meaning to landscapes.
Palavras-chave: Bacia hidrográfica
Bacia vivida
Geograficidade
Experiência
Lugar
Paisagem
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Instituto de Geociências
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO) 
Citação: MATOS, Daiana de Andrade. A bacia hidrográfica vivida: sujeitos e experiencias na bacia do rio Una, Bahia. 2025. 239 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador (Bahia), 2025.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/42570
Data do documento: 11-Jun-2025
Aparece nas coleções:Tese (POSGEO)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE_DAIANA_MATOS.pdfTESE DAIANA DE ANDRADE MATOS16,54 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.