Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38375
Tipo: | Tese |
Título: | Violência institucional à criança hospitalizada na perspectiva de acompanhantes e profissionais de saúde |
Título(s) alternativo(s): | Institutional violence against hospitalized children from the perspective of companions and health professionals Violencia institucional contra niños hospitalizados desde la perspectiva de acompañantes y profesionales de la salud |
Autor(es): | Santos, Ana Carla Petersen de Oliveira |
Primeiro Orientador: | Camargo, Climene Laura de |
metadata.dc.contributor.advisor-co1: | Vargas, Maria Ambrosina de Oliveira |
metadata.dc.contributor.referee1: | Camargo, Climene Laura de |
metadata.dc.contributor.referee2: | Dejo, Vânia Nora Bustamante |
metadata.dc.contributor.referee3: | Diniz, Nomélia Maria Freire |
metadata.dc.contributor.referee4: | Gomes, Nadirlene Pereira |
metadata.dc.contributor.referee5: | Martins, Ridalva Dias Félix |
Resumo: | A violência institucional (VI) é definida como aquela exercida nas/pelas instituições prestadoras de serviços na área da saúde, justiça, educação, que inclui uma ação ou omissão, desde a falta de acesso à má qualidade destes serviços, tendo como principal causa as relações assimétricas de poder entre usuários e profissionais. Quando a vítima é uma criança, o evento torna-se ainda mais grave, considerando a condição de vulnerabilidade desta, acarretando problemas que poderão repercutir no desenvolvimento infantil. Esta pesquisa tem como objetivo geral: Compreender a violência institucional vivenciada por crianças hospitalizadas na perspectiva de acompanhantes e profissionais de saúde. Trata-se de um estudo qualitativo que utilizou aproximações com o pensamento foucaultiano, realizado em um hospital universitário de grande porte em Salvador-Bahia. A coleta de dados ocorreu no período de novembro de 2018 a outubro de 2019. Participaram da pesquisa 10 acompanhantes (mães) e 39 profissionais de saúde (assistente social, enfermeiras, farmacêuticas, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, médicas, nutricionistas, psicóloga e técnicas de enfermagem). Como instrumentos de coleta utilizou-se um roteiro semi-estruturado para entrevistas, caderno de observações e um folder informativo. Os dados foram analisados em duas etapas: na primeira etapa, foi utilizada a técnica da análise de conteúdo, tendo utilizado o software NVIVO12 para ajudar na categorização dos dados; na segunda etapa, os dados foram analisados pela análise do discurso. A pesquisa respeitou os critérios contidos na resolução 466/2012 e na resolução 510/2018, sendo aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, parecer: CAEE no 99681518.0.0000.5531. De acordo com os resultados obtidos pela análise de conteúdo, foi evidenciado que os acompanhantes e profissionais das diversas categorias reconhecem a VI à criança hospitalizada de maneira distinta. A VI foi reconhecida pelos participantes através de três grandes elementos: problemas na estrutura hospitalar; problemas na relação entre profissionais de saúde, criança e família; problemas relacionados às práticas de saúde no cuidado à criança. Também foi identificado que alguns profissionais e acompanhantes não reconhecem a presença da VI à criança no cuidado hospitalar, além de que grande parte dos profissionais de enfermagem afirmavam desconhecer ou conhecer parcialmente ou direitos infantis. De acordo coma análise do discurso, a VI à criança hospitalizada foi compreendida como um fenômeno marcado pelas invisibilidades. O pensamento foucaultiano contribuiu para melhor compreender a engrenagem dos jogos de poder por trás dessas invisibilidades. Seja na baixa oferta dos serviços, no atendimento focado em normas e rotinas, seja pelo desconforto das instalações hospitalares, abuso de poder e perda da autonomia, foi possível reconhecer a presença das tecnologias de poder como a disciplina e o discurso biopolítico influenciando as ações que permeiam o cuidado à criança. É premente considerar a necessidade de ampliação das discussões sobre a VI à criança hospitalizada para que se possa ofertar um atendimento de qualidade. Para tanto, profissionais, gestores, comunidade acadêmica e usuários devem ampliar seus conhecimentos sobre este tipo de violência, para que o serviço de saúde não seja produtor, mas sim um aliado no seu enfrentamento. |
Abstract: | Institutional violence (VI) is defined as that exercised in / by institutions providing services in
the area of health, justice, education, which includes an action or omission, from the lack of
access to the poor quality of these services, having as main cause the asymmetric power
relations between users and professionals. When the victim is a child, the phenomenon becomes
even more serious, considering the child's vulnerable condition, causing problems that may
have an impact on child development. This research has the general objective: To understand
the institutional violence experienced by hospitalized children from the perspective of
companions and health professionals. This is a qualitative study that used approximations with
Foucauldian thinking, carried out in a large university hospital in Salvador-Bahia. Data
collection took place from November 2018 to October 2019. 10 companions (mothers) and 39
health professionals (social worker, nurses, pharmacists, physiotherapists, speech therapists,
doctors, nutritionists, psychologists and nursing technicians) participated in the research). As
collection instruments, a semi-structured interview script, observation notebook and an
information folder were used. The data were analyzed in two stages. In the first stage, the
content analysis technique was used, using the NVIVO12 software to help categorize the data.
In the second stage, the data were analyzed by discourse analysis. The research respected the
criteria contained in resolution 466/2012 and in resolution 510/2018, being approved by the
Research Ethics Committee, opinion: CAEE no 99681518.0.0000.5531. According to the
results obtained by the content analysis, it was evidenced that the companions and professionals
of the different categories recognize the VI to the hospitalized child in a different way. The VI
was recognized by the participants through three main elements: problems in the hospital
structure; problems in the relationship between health professionals, children and family;
problems related to health practices in child care. It was also identified that some professionals
and companions do not recognize the presence of VI to the child in hospital care, in addition to
the fact that a large part of the nursing professionals claimed to be unaware or partially know
about children's rights. According to the discourse analysis, the VI to the hospitalized child was
understood as a phenomenon marked by invisibilities. Foucault's thinking contributed to better
understand the gear of power games behind these invisibilities. Whether in the low supply of
services, in care focused on norms and routines, or by the discomfort of hospital facilities, abuse
of power and loss of autonomy, it was possible to recognize the presence of power technologies
such as discipline and biopolitical discourse influencing the actions that permeate child care. It
is urgent to consider the need to expand discussions about VI to hospitalized children so that
quality care can be offered. Therefore, professionals, managers, the academic community and
users must expand their knowledge about this type of violence, so that the health service is not
a producer, but an ally in its confrontation. La violencia institucional (VI) se define como la ejercida en / por instituciones que prestan servicios en el área de salud, justicia, educación, que incluye una acción u omisión, de la falta de acceso a la mala calidad de estos servicios, teniendo como causa principal las relaciones asimétricas de poder entre usuarios y profesionales. Cuando la víctima es un niño, el hecho se agrava aún más, considerando la vulnerabilidad de la víctima, provocando problemas que pueden repercutir en el desarrollo infantil. Esta investigación tiene como objetivo general: Comprender la violencia institucional que viven los niños hospitalizados desde la perspectiva de acompañantes y profesionales de la salud. Se trata de un estudio cualitativo que utilizó aproximaciones con el pensamiento foucaultiano, realizado en un gran hospital universitario de Salvador-Bahía. La recolección de datos se realizó desde noviembre de 2018 hasta octubre de 2019. Participaron de la investigación 10 acompañantes (madres) y 39 profesionales de la salud (trabajadora social, enfermeras, farmacéuticos, fisioterapeutas, logopedas, médicos, nutricionistas, psicólogos y técnicos de enfermería). Como instrumentos de recolección se utilizó un guión semiestructurado para las entrevistas, un cuaderno de observación y una carpeta de información. Los datos se analizaron en dos etapas: en la primera etapa, se utilizó la técnica de análisis de contenido, utilizando el software NVIVO12 para ayudar a categorizar los datos; en la segunda etapa, los datos fueron analizados mediante análisis del discurso. La investigación respetó los criterios contenidos en la resolución 466/2012 y en la resolución 510/2018, siendo aprobada por el Comité de Ética en Investigación, dictamen: CAEE no 99681518.0.0000.5531. De acuerdo con los resultados obtenidos por el análisis de contenido, se evidenció que los acompañantes y profesionales de las diferentes categorías reconocen el VI al niño hospitalizado de manera diferente. El VI fue reconocido por los participantes a través de tres grandes elementos: problemas en la estructura hospitalaria; problemas en la relación entre los profesionales de la salud, los niños y la familia; problemas relacionados con las prácticas de salud en el cuidado infantil. También se identificó que algunos profesionales y acompañantes no reconocen la presencia de VI al niño en la atención hospitalaria, además de que gran parte de los profesionales de enfermería manifestaron no conocer o conocer parcialmente los derechos del niño. Según el análisis del discurso, el VI al niño hospitalizado se entendía como un fenómeno marcado por invisibilidades. El pensamiento de Foucault contribuyó a una mejor comprensión de los juegos de poder detrás de estas invisibilidades. Ya sea en la escasa oferta de servicios, en la atención centrada en normas y rutinas, o por el malestar de las instalaciones hospitalarias, el abuso de poder y la pérdida de autonomía, se pudo reconocer la presencia de tecnologías de poder como la disciplina y el discurso biopolítico que influyen en la acciones que impregnan el cuidado infantil. Es urgente considerar la necesidad de ampliar las discusiones sobre VI a los niños hospitalizados para que se pueda ofrecer una atención de calidad. Por tanto, los profesionales, gestores, la comunidad académica y los usuarios deben ampliar sus conocimientos sobre este tipo de violencia, para que el servicio de salud no sea un productor, sino un aliado en su enfrentamiento. |
Palavras-chave: | Violência infantil Criança hospitalizada Humanização da assistência Cuidado da criança |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora / Evento / Instituição: | Universidade Federal da Bahia |
Sigla da Instituição: | UFBA |
metadata.dc.publisher.department: | Escola de Enfermagem |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) |
Citação: | SANTOS, Ana Carla Petersen de Oliveira. Violência institucional a criança hospitalizada na perspectiva de acompanhantes e profissionais de saúde. 2021. 203 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde, Salvador, 2021. |
URI: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38375 |
Data do documento: | 26-Fev-2021 |
Aparece nas coleções: | Tese (PPGENF) |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
TESE - ANA CARLA PETERSEN.pdf | 5,31 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.