Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38036
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.creatorDuarte, Thais Braz-
dc.date.accessioned2023-10-11T10:45:01Z-
dc.date.available2023-10-11T10:45:01Z-
dc.date.issued2023-04-26-
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufba.br/handle/ri/38036-
dc.description.abstractLike the turns of a spinninig top, which are also the turns of this world, a playful education tensioned by reality is possible and necessary. This research has as it’s object te act of playing within a critical analysis of the process of colonialism in Brazil. Together with children from the village of São Roque, rural region of Feira de Santana - Bahia, as research subjects, te act of playing as an object was also made as a methodological and procedural choice. Considering playing a spirit that permeates all instances of existence, here the loops are related to education, developing a conceptual elaboration on playing specifically tensioned by material and symbolic consequences of the colonial legacy: whiteness and the maintenance of power in their hands. Through studies of whiteness, it’s dominating impetus is identified as a fundamental trait, which steals the spirit, subjugates it, and creates a social structure separated from a playful way of existing. It also does the same with the body in the learning processes. That is why the research revolves around the structure of rationality in Brazilian education and its still deeply colonial and colonizing format imposed on childhood. In contrast, the key concept in the work is: alacrity, because it dialogues with the concepts of drift, time, and body for a cosmoperceptive and investigative construction: a Philosophy of Spinninig Top. The main objective of the investigation is to defend playing as a cultural system capable of tracing paths to combat an education that still proposes to be colonizing. To do so, specifically traces of colonialism and whiteness are pointed out that playing, as an ontology, tensions and undermines. The methodology on the spinning top axis is a combative epistemological exercise that crossed studies on colonialism, whiteness, educational policies in Brazil and playful encounters with the children of São Roque. The research questions: what is the effect, for education, of this connection of playing from a critical perspective on the colonial legacy? The research provokes the blaming of whiteness for the distortion of playing as a possible axis of social regency and, on the other hand, contributes with foundations for facing oppressive realities, through education. Since playing itself has an attitudinal muscle, these encounters with the children of São Roque inspired the construction of a methodology that promotes the exercise of researching while playing, through seven fundamental moments of spinning tops as methodological paths: the wooden trunk in the lathe; the spinneret that surrounds the toy; the throw; the dance; sleep; the staggering and falling of the spinning top. As a procedure, photography, audio visuals and the logbook are great allies for capturing both the poetics of the encounters with the children and the recording of important moments of reflection. Through the teachings of children, the masters on playing, the act of playing here resists bravely, since these playful routes contest the formation of Brazilian educational thought and present a confrontation with Western rationality as an axis of knowledge.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal da Bahiapt_BR
dc.subjectCriançapt_BR
dc.subjectBrincarpt_BR
dc.subjectEducaçãopt_BR
dc.subjectColonialismopt_BR
dc.subjectBranquitudept_BR
dc.subject.otherChildpt_BR
dc.subject.otherTo playpt_BR
dc.subject.otherEducationpt_BR
dc.subject.otherColonialismpt_BR
dc.subject.otherWhitenesspt_BR
dc.title“Você volta amanhã e depois para sempre?”: o combate à educação colonialista às voltas com uma filosofia de piãopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Educação (PPGE) pt_BR
dc.publisher.initialsUFBApt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.subject.cnpqCiências humanaspt_BR
dc.subject.cnpqEducaçãopt_BR
dc.contributor.advisor1Canda, Cilene Nascimento-
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0002-1792-079Xpt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4482133479710724pt_BR
dc.contributor.referee1Silva Filho, Osmar Soares da-
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/0034156869150268pt_BR
dc.contributor.referee2Oliveira, Eduardo David de-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/5201908900947666pt_BR
dc.contributor.referee3Santos, Maria Walburga dos-
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/2954227254025696pt_BR
dc.contributor.referee4Canda, Cilene Nascimento-
dc.creator.IDhttps://orcid.org/0000-0003-4386-9964pt_BR
dc.creator.Latteshttps://lattes.cnpq.br/3272895274133839pt_BR
dc.description.resumoComo as voltas de um pião, que são também as voltas deste mundo, uma educação brincante tensionada pela realidade é possível e necessária. Esta pesquisa tem como objeto o brincar dentro de uma análise crítica a partir do processo de colonialismo no Brasil. Junto às crianças do povoado do São Roque, região rural de Feira de Santana – Bahia, como sujeitas da pesquisa, o brincar como objeto fez-se também como escolha metodológica e procedimental. Considerando o brincar um espírito que permeia todas as instâncias da existência, aqui os volteios se relacionam à educação, desenvolvendo uma elaboração conceitual sobre o brincar tensionado especificamente por consequências materiais e simbólicas do legado colonial: a branquitude e a manutenção de poder em suas mãos. Através de estudos da branquitude, é identificado como traço fundamental seu ímpeto dominador, que furta o espírito, subjuga-o, e cria uma estrutura social apartada de um modo de existir brincante. Assim também o faz com o corpo nos processos de aprendizagem. Por isso a pesquisa gira pela estrutura da racionalidade na educação brasileira e seu formato ainda profundamente colonial e colonizador imposto às infâncias. Em contraposição, o conceito chave no trabalho é o da alacridade, porque dialoga com a concepção de deriva, tempo, e corpo para uma construção cosmoperceptiva e investigativa: uma Filosofia de Pião. O objetivo maior da investigação é defender o brincar como sistema cultural capaz de traçar caminhos de combate à uma educação que ainda se propõe colonizadora. Para tanto, especificamente são apontados traços do projeto colonial e da branquitude que o brincar, como ontologia, tensiona e abala. A metodologia no eixo do pião é um exercício epistemológico combatente que cruzou estudos sobre: a branquitude, as políticas educacionais no Brasil e os encontros brincantes com as crianças do São Roque. A pesquisa questiona: qual o efeito, para a educação, deste enlace do brincar a partir de uma perspectiva crítica sobre legado colonial? A pesquisa provoca a responsabilização da branquitude pela distorção do brincar como um possível eixo de regência social e, em contrapartida, contribui com fundamentos brincantes para o enfrentamento de realidades opressoras, através da educação. Tendo o brincar em si uma musculatura atitudinal, estes encontros com as crianças do São Roque inspiraram a construção de uma metodologia própria que promove o exercício de pesquisar brincando, mediante sete momentos fundamentais do brincar de pião como caminhos metodológicos: o tronco de madeira no torno; a fieira que envolve o brinquedo; o lançamento; o baile; o sono; o cambalear e a queda do pião. Como procedimento, a fotografia, o áudio visual e o diário de bordo são grandes aliados para a captação tanto da poética dos encontros com as crianças, quanto do registo de instantes importantes de reflexão. Pelos ensinamentos das crianças, mestras do ofício brincante, o brincar aqui resiste bravamente, uma vez que estas rotas brincantes contestam a formação do pensamento educacional brasileiro e apresentam um confronto à racionalidade ocidental como eixo do conhecimento.pt_BR
dc.publisher.departmentFaculdade de Educaçãopt_BR
dc.relation.referencesBÂ, Amadou Hampâté– A tradição viva, em História Geral da África I. Metodologia e pré-história da África. Organizado por Joseph Ki-Zerbo. São Paulo, Ed. Ática/UNESCO, 2010, pp.181-218. BÁ, Amadou Hampâté, 1900-1991, Amkoullel, o menino fula; tradução Xina Smith de Vasconcellos – São Paulo : Palas Athenas : Casa das Africas, 2003. BENTO, Maria Aparecida Silva. Branqueamento e Branquitude no Brasil. In: Psicologia social do racismo – estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil / Iray Carone, Maria Aparecida Silva Bento (Org.) Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2002, p. (25-58). BENTO, Cida. O pacto da branquitude. — 1a ed. — São Paulo : Companhia das Letras, 2022. isbn 978-65-5921-232-3. 1. Ação afirmativa 2. CESAIRE, Aime. Discurso sobre o colonialismo. São Paulo: Editora Veneta, 2020. DÁVILA, Jerry. Diploma de brancura. Política social e racial no brasil – 1917-1945. São Paulo: Editora Unesp, 2006. DIAKITÉ, Baba Wagué. O dom da infância: memórias de um garoto africano / Baba Wagué Diakité; tradução Marcos Bagno. – São Paulo : Edições SM, 2012. DUARTE, Thais Braz “Ele brinca sozinho mesmo” – um recorte no curso de um rio racial na educação: a responsabilidade da branquitude diante das desigualdades raciais e a violência contra a subjetividade da criança negra na escola. / Thais Braz Duarte. - Rio de Janeiro, 2022. Disponível em: https://direito.ufba.br/sites/direito.ufba.br/files/errata-_edital_interno_n.02_dep_privado.pdf. FERREIRA, Joelson. Por terra e território: caminhos na revolução dos povos no Brasil / Joelson Ferreira, Erahsto Felício – Arataca (BA): Teia dos Povos, 2021. KILOMBA, Grada. Memórias da plantação. Episódios de racismo quotidiano. 3ª Edição: Lisboa, Fevereiro, 2022. MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar, poéticas do corpo-tela. 1ª ed. Rio de Janeiro – Cobogó, 2021. MOORE, Carlos. Racismo e Sociedade: novas bases epistemológicas para a compreensão do Racismo na História. – Belo Horizonte : Mazza Edições, 2007. NASCIMENTO, Abdias. O quilombismo: documentos de uma militância pan-africanista. 3ª edição: São Paulo, 2019. NOGUERA, Renato: Infância em afroperspectiva: articulações entre sankofa, ndaw e terrixistir. 2019b. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/resafe/article/view/28256. Acesso em: 30/08/2022 __________. Denegrindo a filosofia: o pensamento como coreografia de conceitos Afroperspectivista – Griot – Revista de Filosofia, Amargosa, Bahia – Brasil, v.4, n.2, dezembro/2011. 6 __________. Exu, a infância e o tempo: zonas de emergência de infância (zei). NOGUERA, RENATO; ALVES, LUCIANA PIRES – REVISTA EDUCAÇÃO E CULTURA CONTEMPORÂNEA | v. 17, n. 48, p. 533-554, 2020. ISSN ONLINE: 2238-1279 __________. O poder da infância: espiritualidade e política em afroperspectiva. 2019ª. Disponível em: https://periodicos.furg.br/momento/article/view/8806. Acesso em: 30/08/2022 OLIVEIRA, Eduardo. Deriva. In: GALEFFI, Dante Augusto; MARQUES, Maria Inês Corrêa Marques; ROCHA-RAMOS, Marcílio. (org.) Transciclopédia em difusão do conhecimento. Salvador: Quarteto, 2020, p. 261 – 268. OYEWUMI, Oyeronke. A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. 1ª Edição – Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021. __________. Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas. Tradução para uso didático de: OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. Conceptualizing Gender: The Eurocentric Foundations of Feminist Concepts and the challenge of African Epistemologies. African Gender Scholarship: Concepts, Methodologies and Paradigms. CODESRIA Gender Series. Volume 1, Dakar, CODESRIA, 2004, p. 1-8 por Juliana Araújo Lopes. PIORSKI, Gandhy. Brinquedos de chão. A natureza, o imaginário e o brincar. 1º edição. São Paulo, Peirópolis, 2016. SANTOS, Antônio Bispo dos. Colonização, quilombos: modos e significações. Brasília, 2015. SEM AUTOR: Igreja de São Roque é do século 19 e está dentro de uma fazenda. Blog da Feira, 2014. Disponível em: https://blogdafeira.com.br/home/2014/04/20/igreja-de-sao-roque-e-do-seculo-19-e-esta-dentro-de-uma-fazenda/ Acesso em 17/08/2022. SODRÉ, Muniz. Pensar Nagô. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017. ______. Muniz. Santugri: histórias de mandinga e capoeiragem. 2ª Edição – Rio de Janeiro: José Olympio, 2011. SOMÉ, Sobonfu. O espírito da intimidade: ensinamentos ancestrais africanos sobre maneiras de se relacionar. Editora Odysseus, 2003. TRINDADE. Azoilda Loretto. A COR DO BRINCAR. Modos de brincar: caderno de atividades, saberes e fazeres. Orgs. Ana Paula Brandão, Azoilda Loretto da Trindade. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2010. SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”: raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana / Lia Vainer Schucman; orientadora Leny Sato. -- São Paulo, 2012. 160 f. Tese (Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Área de Concentração: Psicologia Social) – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. MARQUEZZO, L. Jardim Brasil 1º complexo urbanístico de Feira de Santana. G1, 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/ba/bahia/especial-publicitario/l-marquezzo/noticia/2021/12/05/jardim-brasil-1o-complexo-urbanistico-de-feira-de-santana.ghtml. Acesso em 16/03/2023. RICCO, Daniele. Colégio Pedro II. Viajando pela história do Rio de Janeiro, 2022. Disponível em: https://www.viajandopelahistoriadoriodejaneiro.com/post/col%C3%A9gio-pedro-ii. Acesso em 16/03/2023. DANTAS, Andreia Cristina. A educação no Império. Web Artigos, 2017. Disponível em: https://www.webartigos.com/storage/app/uploads/public/590/26a/4e3/59026a4e3d4e7675630291.pdf. Acesso em 16/03/2023.pt_BR
dc.type.degreeMestrado Acadêmicopt_BR
Aparece nas coleções:Dissertação (PGEDU)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
(Thais Braz Duarte) Dissertação de Mestrado - Repositório.pdfDissertação de Mestrado - Thais Braz Duarte6,3 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.