Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37446
Tipo: Dissertação
Título: Princesas, guerreiras e revolucionárias: repensando padrões de gênero e discutindo identidades por meio da literatura infanto juvenil
Autor(es): Carvalho, Aline César
Primeiro Orientador: Queiroz, Milena Brito de
metadata.dc.contributor.referee1: Queiroz, Milena Brito de
metadata.dc.contributor.referee2: Vieira, Nanci Rita Ferreira
metadata.dc.contributor.referee3: Oliveira, Sayonara Amaral de
Resumo: Partindo da leitura crítica de obras de literatura infanto-juvenil contemporâneas publicadas no Brasil, a presente dissertação discute acerca da reprodução dos padrões de gênero na infância e suas implicações na manutenção de estruturas opressoras que prescrevem lugares demarcados para o feminino socialmente. Para tanto, recorre-se a uma genealogia da emergência do conceito de infância que permite flagrar de que modos a construção social em torno de uma feminilidade ideal orientou a fundação da literatura infantojuvenil enquanto ferramenta didático-moralizante. Nesses termos, fez-se necessário também retornar à história das mulheres, de modo a entender como as opressões de gênero, raça e classe, historicamente impostas a elas as direcionaram à necessidade de se unirem enquanto grupo e fundarem um movimento organizado de luta pela libertação feminina, cujas demandas e questionamentos orientaram o início de um processo de reflexão acerca dos impactos das representações literárias na formação das gerações de mulheres que cresceram lendo essas histórias. A partir da teoria feminista, e considerando o gênero como ferramenta teórica de análise literária, procurou-se ainda observar como a literatura infantojuvenil brasileira contemporânea tem proposto lugares de protagonismo feminino que rompem com estereótipos físicos e comportamentais comumente condicionados ao feminino. Seis obras literárias infantojuvenis de autoria feminina, publicadas no Brasil, foram escolhidas para compor o corpus dessa pesquisa, sendo elas: A pior princesa do mundo (Anna Kemp, editora Paz e Terra), Por que só as princesas se dão bem? (Thalita Rebouças, editora Rocco), os dois volumes de Histórias de ninar para garotas rebeldes (Elena Favilli e Francesca Cavallo, Vergara & Ribas editoras), Meu crespo é de rainha (bell hooks, editora Boitatá) e Rainhas(Ladjane Alves Souza, editora EDUFBA). Ao analisá-las enquanto representativas de um segmento literário e editorial contemporâneo, buscou-se fortalecer o debate acerca da importância da literatura infantojuvenil para a construção do imaginário, e de uma educação feminista e antirracista para a formação de uma consciência crítica desde a infância.
Abstract: This dissertation deals with the reproduction of gender patterns in childhood and their implications for maintaining oppressive structures that prescribe demarcated places for the socially feminine. To this end, I resort to a genealogy of childhood history that allows me to understand in what ways the social construction around an ideal femininity guided the foundation of children's literature as a didactic-moralizing tool. In these terms, it was also necessary to return to women's history in order to understand how the historically imposed oppressions of gender, race, and class directed them to the need to unite as a group and found an organized movement for the struggle for women's liberation, whose demands and questions guided the beginning of a reflection process about the impacts of literary representations on the formation of the generations of women who grew up reading these stories. From feminist theory, and considering gender as a theoretical tool of literary analysis, I observe how The contemporary Brazilian children's literature has proposed places of female protagonism that break with physical and behavioral stereotypes commonly conditioned to the female. Six feminine-juvenile literary works of female authorship, published in Brazil, were chosen to compose the corpus of this research, they are: A pior princesa do mundo (Anna Kemp, publisher Peace and Earth), Por que só as princesas se dão bem? (Thalita Rebouças, Rocco publisher), the two volumes of Histórias de ninar para garotas rebeldes (Elena Favilli and Francesca Cavallo, Vergara & Ribas publishers), Meu crespo é de rainha (bell hooks, Boitatá publisher) and Rainhas (Ladjane Alves Souza, publisher EDUFBA). By analyzing them as representative of a contemporary literary and editorial segment, I seek to strengthen the debate about the importance of children's and youth literature for the construction of the imagination, and of a feminist and anti-racist education for the formation of a critical consciousness since childhood.
Palavras-chave: Literatura infanto juvenil
Literatura infanto juvenil brasileira
Padrões de gênero
Educação feminina
Educação anti racista
Feminismo e literatura
Sexismo na literatura
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Instituto de Letras
metadata.dc.publisher.program: Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) 
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37446
Data do documento: 4-Set-2020
Aparece nas coleções:Dissertação (PPGLITCULT)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertao_Final.pdf5,34 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.