Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35005
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.creatorLeão, Bernardo Sodré Carneiro-
dc.date.accessioned2022-04-05T13:07:28Z-
dc.date.available2022-01-26-
dc.date.available2022-04-05T13:07:28Z-
dc.date.issued2020-11-12-
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufba.br/handle/ri/35005-
dc.description.abstractThe experiences lived by the researcher while working at the Patronato de Presos e Egressos da Bahia before the Salvador’s city penitentiary system instigated the development of criminological studies about criminal control’s real operability. Based on qualitative researches on the punitive system, with the support of the Public Defender's Office of the State of Bahia (2019), which provided us with the report's database, we decided to carry out a mostly qualitative study to analyze the decisions made in the hearings that took place in the city of Salvador. The present work aimed to investigate the criminal selectivity in preventive prisons decreed exclusively for theft crimes, in this city in the year 2018. The question from which we start is the following: how race, social class and gender indicators appear in the construction of the dangerousness judgment in the reasoning of these decisions? The hypothesis consists of the presence of the subject's danger among the grounds adopted by magistrates to decree arrests as a remnant of positivist criminology. In addition, we developed this research on the critical criminology’s perspective, associated with the agnostic theory of punishment and the racial perspective of the criminal issue, as well as using concepts such as processes of criminalization, labeling and mass incarceration. We sought to verify the presence of race, social class and gender markers in the construction of this danger judgment. Therefore, we conducted a documentary research, ex post facto, towards the 477 decisions handed down, with the collection of quantitative and qualitative data, through content analysis in the decisions recorded in the custody hearings for the crime of theft. The results show that even if nothing has been said about the racial profile of the subjects, the fact that 53 out of 67 prisoners are identified as black or mixed race reveals who are the people considered fearful by the judicial autorities. Thus, there are evidences that the judgment of dangerousness was designed to classify subjects that are biologically, socially or anthropologically inferior and tending to criminality. Therefore, their maintenance in the grounds is an indication of the presence of these stereotyped and racist notions in Brazilian judicial and police agencies. As suggestions for future referrals, we propose the development of state public policies for effective historical redress, so that the space occupied by the penal system is increasingly reduced by income distribution programs and fundamental and social rights.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal da Bahiapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectPrisão Preventivapt_BR
dc.subjectFurtopt_BR
dc.subjectPericulosidadept_BR
dc.subjectSeletividadept_BR
dc.subjectIndicador Racialpt_BR
dc.subject.otherPreventive Prisonpt_BR
dc.subject.otherTheftpt_BR
dc.subject.otherDangerousnesspt_BR
dc.subject.otherSelectivitypt_BR
dc.subject.otherRacial Indicatorpt_BR
dc.title“Meliante dotado de elevada periculosidade”: raça e classe na decretação da prisão preventiva por furto em Salvadorpt_BR
dc.typeTrabalho de Conclusão de Cursopt_BR
dc.publisher.initialsUFBApt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANASpt_BR
dc.contributor.advisor1Prado, Alessandra Rapacci Mascarenhas-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2158993363327030pt_BR
dc.contributor.referee1França, Misael Neto Bispo da-
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7265736545430661pt_BR
dc.contributor.referee2Oliveira Filho, Ney Menezes de-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/1010918105635239pt_BR
dc.description.resumoAs experiências vivenciadas pelo pesquisador durante a atuação no Patronato de Presos e Egressos da Bahia perante o sistema penitenciário soteropolitano instigaram o desenvolvimento de estudos criminológicos acerca da operatividade real do controle penal. Partindo de pesquisas qualitativas sobre o sistema punitivo, com o apoio da Defensoria Pública do Estado da Bahia (2019), que nos forneceu o banco de dados do relatório, decidimos realizar um estudo majoritariamente qualitativo para analisar as decisões proferidas nas audiências ocorridas na comarca de Salvador. O presente trabalho se propôs a investigar a seletividade penal nas prisões preventivas decretadas exclusivamente pelos crimes de furto, nessa cidade no ano de 2018. O questionamento do qual partimos é o seguinte: de que forma os marcadores de raça, classe social e gênero aparecem na construção do juízo de periculosidade na fundamentação dessas decisões? A hipótese consiste na presença da perigosidade do sujeito dentre as fundamentações adotadas pelas autoridades judiciárias para decretar prisões como um resquício da criminologia positivista. Ademais, desenvolvemos a pesquisa sobre a ótica da criminologia crítica, associada à teoria agnóstica da pena e à perspectiva racial da questão criminal, bem como utilizamos conceitos como processos de criminalização, etiquetamento e encarceramento em massa. Procurou-se verificar a presença dos marcadores de raça, classe social e gênero na construção desse juízo de perigosidade. Para tanto, realizamos uma pesquisa documental, ex post facto, nas 477 decisões proferidas, com a coleta de dados quantitativos e qualitativos, por meio da análise de conteúdo nas decisões registradas nas audiências de custódia pelo delito de furto. Os resultados demonstram que mesmo que não tenha sido afirmado nada acerca do perfil racial dos sujeitos, o fato de 53 dentre 67 encarcerados serem identificados como pretos, pardos ou negros revela quem são as pessoas vistas pelas autoridades judiciárias como temíveis. Assim, ficam evidentes os indícios de que o juízo de temibilidade foi elaborado para classificar os sujeitos biológica, social ou antropologicamente inferiores e tendentes à criminalidade. Portanto, a sua manutenção nas fundamentações é um indicativo da presença dessas noções estereotipadas e racistas nas agências judiciais e policiais brasileiras. Como sugestões para encaminhamentos futuros, propomos o desenvolvimento de políticas públicas estatais de efetiva reparação histórica, de modo que o espaço ocupado pelo sistema penal seja cada vez mais reduzido por programas de distribuição de renda e de direitos fundamentais e sociais.pt_BR
dc.publisher.departmentFaculdade de Direitopt_BR
Aparece nas coleções:Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Direito (Faculdade de Direito)

Arquivos associados a este item:
Não existem arquivos associados a este item.


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.