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https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34309
metadata.dc.type: | Dissertação |
Título : | Acesso da população em situação de rua na Atenção Básica: uma análise das práticas instituídas pela Saúde da Família no Centro Histórico de Salvador. |
Autor : | Dultra, Lua Sá |
metadata.dc.creator: | Dultra, Lua Sá |
Resumen : | O fenômeno da população em situação de rua está associado à desvinculação ou inclusão precária ao mundo do trabalho e à fragilização dos laços sociais. A despeito de estar inscrita em múltiplos processos de vulnerabilidades, essa população encontra barreiras no acesso aos serviços de saúde, incluindo a Atenção Básica. Mesmo localizada dentro do território, a Estratégia de Saúde da Família tem estabelecido uma relação distante com o mesmo, ao não considerar suas características socioculturais, reduzindo-o a uma instância física puramente. A partir da abordagem etnográfica, a relação das pessoas em situação de rua com uma Unidade de Saúde da Família do Centro Histórico de Salvador foi estudada, tendo como norteador de análise o acesso – compreendido não apenas como demanda e oferta de serviços, mas principalmente na perspectiva do cuidado. Os desafios de se viver nas ruas trazem implicações para a saúde que provocam os serviços, tanto na relação estabelecida com esse segmento populacional quanto nas respostas que podem dar enquanto setor. O sofrimento da população em situação de rua, psíquico e social, associado às dificuldades de comunicação e inserção institucionais (reforçados pelas instituições), o frequente uso de substâncias psicoativas, o modo peculiar de se relacionar com o corpo, a distinta temporalidade e a usual linguagem da violência requerem atitudes proativas dos serviços de saúde para um cuidado pautado na equidade e na justiça social. No entanto, as distâncias produzidas entre a população em situação de rua e os serviços, que muitas vezes ignoram suas sociabilidades e singularidades, geram barreiras no acesso: desde a exigência de documentos ao exercício de práticas discriminatórias, que passam pelo mito da periculosidade, pelo julgamento moral, pela baixa disponibilidade de escuta, pela não absorção da demanda espontânea, pela abjeção à sujeira e entendimento do direito à saúde como concessão. Tais práticas se configuram como violência institucional, da qual o racismo é um operador, e indicam, dentre outras questões, que a categoria vulnerabilidade não tem sido utilizada para operacionalizar a equidade. É possível identificar nessa arena, em contracorrente, movimentos que ampliam o acesso, através da compreensão do vínculo enquanto recurso tecnológico e da reflexão constante sobre os enrijecimentos das normas e espaços de poder. Ao desnudar a burocratização da Estratégia de Saúde da Família frente ao cuidado junto às pessoas em situação de rua, procura-se desnudar sua burocratização como um todo, ancorada em um processo de trabalho muitas vezes instituído, capturado e sob risco de cristalização. |
Palabras clave : | Pessoas em Situação de Rua Atenção Básica Acesso aos Serviços de Saúde Vulnerabilidade Saúde Mental Álcool e outras Drogas |
metadata.dc.subject.cnpq: | Saúde Coletiva |
metadata.dc.publisher.country: | brasil |
metadata.dc.publisher.initials: | ISC-UFBA |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
metadata.dc.rights: | Acesso Aberto |
URI : | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34309 |
Fecha de publicación : | 4-oct-2021 |
Aparece en las colecciones: | Dissertação (ISC) |
Ficheros en este ítem:
Fichero | Descripción | Tamaño | Formato | |
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