A pessoa cega e suas representações simbólicas

Abstract

Presente estudo monográfico tem como objetivo compreender como a pessoa cega congênita constrói as suas representações simbólicas, tanto a imagem mental, quanto o desenho. Para isso, buscou-se conhecer através de adolescentes cegos, os mecanismos utilizados por eles, para realizar essas representações. Participaram deste trabalho três adolescentes, todos cegos congênitos, estudantes da rede pública de Salvador, todos da rede estadual e com acompanhamento especializado através do Instituto de Cegos da Bahia. Na análise das respostas, observou-se que o tato é o principal canal sensorial utilizado por eles, para conhecer o mundo em que vive e, assim, formar as suas representações mentais, como também, é importante que as pessoas promovam o cego ao convívio com o ambiente e que, os estímulos direcionados a ele estejam diretamente ligados ao seu cotidiano. Para compreender este estudo, foram utilizados como embasamento teórico, ideias trazidas por Ormelezi (2000), Galvão (2004), Araújo (2007) entre outros, as quais possibilitaram estabelecer relações entre as afirmações trazidas pelos entrevistados. No entanto, há a necessidade que se realizem outras pesquisas sobre a temática, pois dessa maneira, questões e até mesmo mistificações acerca das representações simbólicas do cego poderão ser esclarecidas.