Os caminhos que perpassam as práticas de ensino: um estudo de caso sobre professores de um curso pré-vestibular na cidade do Salvador

Abstract

O presente trabalho, proveniente de requisito parcial para conclusão de curso de graduação em Pedagogia, apresenta a proposta de investigação acerca das práticas de ensino de professores de curso pré-vestibular. Como objetivo geral propõe-se investigar, sob a visão dos próprios professores e através do olhar do pesquisador, se a prática educativa desses docentes confere aprendizagem ao aluno, de forma que o mesmo utilize esse aprendizado para além da prova do Vestibular. Dessa forma, os objetivos específicos consistem em verificar sobre as possíveis contribuições dos métodos/conteúdos usados e contribuir para um (re)pensar das práticas empregadas nos Cursos Pré-vestibulares e suscitar reflexões acerca dos processos formativos desses professores. O sujeito da investigação consiste em professores de um curso pré-vestibular na cidade do Salvador, estado da Bahia – sendo uma mulher e sete homens – que busca em práticas de ensino consideradas diferentes do convencional, promover a aprendizagem dos conteúdos propostos pelo exame de ingresso ao ensino superior. Como metodologia investigativa buscou-se o estudo de caso, mediante utilização de instrumentos como questionário, entrevista semi-estruturada e observação, aliados à revisão bibliográfica. Como referencial teórico, buscou embasamento nas Tendências Pedagógicas, na Formação de professores e no contexto que fundamentou a trajetória do Vestibular e dos Cursos Pré vestibulares de forma geral. De acordo com os dados apurados e considerando todos os possíveis indicadores de desqualificação da ação docente então investigada, as observações e avaliações que tomaram por base o referencial teórico descrito, permite concluir que há um aprendizado significativo para o alunado que busca nos espaços destes cursos livres oportunidade de agregar conhecimentos para além do ingresso ao ensino superior. Deixando claro, contudo, que os pré-vestibulares e sua dinâmica não se propõem a salvar o processo escolar, e ainda que assim o quisessem não poderiam. Servem, antes, de um alerta de que a educação permeia a relação humana como recíproca de vivências para a discussão cidadã e transmissão de assuntos, independente dos recursos aplicados. É mesmo um alerta, afinal, de que pessoas não são notas e que educação não se traduz em números.