As interrogações e articulações da educação popular na educação formal pública.

Abstract

A educação formal pública que estamos vivenciando em nosso país necessita de uma reconfiguração. Precisamos formar novos sujeitos que contribuam no processo de transformação da realidade em que vivem. Diante disso, tem sido cada vez mais discutido por estudiosos e militantes da educação, a implementação de práticas políticas e pedagógicas com intencionalidades participativas e transformadoras,com o propósito de potencializar uma nova concepção de educação, a Educação Popular, que é uma dentre outras modalidades de educação que busca contribuir para a elevação e organização política da classe trabalhadora. Este tipo de educação visa objetivar a formação de seres participantes, críticos e conscientes, mesmo reconhecendo a disputa de interesses entre classes antagônicas em nosso sistema capitalista que através dos processos educativos da educação formal, mantém os mecanismos ideológicos essenciais para manutenção e dominação sobre a classe produtora da riqueza social. Assim, no que tange a inserção da Educação Popular nas escolas formais públicas, este estudo monográfico buscou analisar as interrogações e articulações desta educação, na tentativa de compreender a sua dualidade nos espaços marcados pela ideologia dominante, com o desígnio de estabelecer possibilidades para promover as mudanças necessárias à transformação da sociedade. Para tanto, realizamos um estudo com base na pesquisa bibliográfica, partindo para a escolha e delimitação do tema, coleta dos dados, documentação e localização das informações, a partir de anotações e fichamentos, para uma melhor compreensão das singularidades que envolvem a educação formal e a educação popular e os reflexos que estas reverberam em nosso sistema educacional. Percebemos que a educação popular pode ser constituída como a alavanca para resgatar a dimensão política das práticas pedagógicas. Porém, é necessário que reconheçamos a necessidade da autoconstrução do ser social, buscando possibilidades para os sujeitos se tornarem protagonistas de suas histórias, partindo de práticas educativas libertadoras que incentivem as lutas sociais e principalmente,o processo de formação dos indivíduos. E que todos estejam unidos em defesa de apenas um objetivo: Educar para a emancipação dos sujeitos na sociedade.