Movimentos sociais e juventude: as implicações dessa relação na esfera da formação político-pedagógica

Abstract

A relação entre os movimentos sociais e a juventude tem se mostrado como algo corriqueiro no decorrer dos tempos dada as similaridades que possuem quanto ao salutar caráter de contestação e de mobilização e à polissêmica condição assumida por seus conceitos. Sendo assim, o que se pretende nesta monografia é investigar como se estrutura esta relação e as suas implicações na esfera da formação político-pedagógica e como os movimentos sociais têm se validado enquanto sujeito educativo e espaço de aprendizagem. A construção do trabalho foi feita mediante pesquisa bibliográfica no intuito de imergir nos estudos sobre estas duas categorias tidas aqui como socialmente construídas e historicamente situadas. Esta categorização leva a perceber que a conjuntura tanto dos movimentos sociais quanto da juventude na contemporaneidade assumiu novas configurações e a sociedade em geral não atentou para isso, estes ainda são vistos com um recorte muito forte na década de 60, o que não permite ampliar as visões sobre os perfis dos jovens e dos movimentos sociais. O movimento estudantil que é representativo da presença juvenil, por exemplo, demonstra isso ao agregar em sua atuação discussões trazidas pelos novos movimentos sociais e novas formas organizativas demandadas pela própria vivência em sociedade. Outro aspecto presente neste estudo é o de que a juventude é uma fase da vida que nos espaços de formação de educadores tem sido pouco ou nunca mencionada quando tanto quanto a infância e a adulta pede um estudo mais acurado para que os educadores possam lançar mão de metodologias adequadas tendo a educação como prática social.