https://repositorio.ufba.br/handle/ri/16258
Tipo: | Tese |
Título: | Formação de professores indígenas e o contexto sociocultural da microcumunidade de Santa Rosa do Oco'y |
Autor(es): | Kastelic, Eloá Soares Dultra |
Autor(es): | Kastelic, Eloá Soares Dultra |
Abstract: | A região do Oeste paranaense é conhecida não só por abrigar uma das maravilhas naturais mais visitadas do Brasil, as Cataratas do Iguaçu, mas também pela circulação de falantes de aproximadamente setenta e duas etnias na cidade de Foz do Iguaçu. Nessa região, encontra-se a aldeia indígena Santa Rosa do Oco‟y, localizada próximo à fronteira do Brasil e Paraguai, contexto no qual foi gerada parte do corpus desta pesquisa. Os sujeitos foram seis professores Avá-guarani de formação obtida em instituições de diferentes configurações e constituições: três deles no Magistério de Nível Médio Indígena, dois no Magistério de Nível Médio não indígena e um no curso de Pedagogia. Nesse cenário, o objetivo da investigação foi o de verificar se o Magistério Indígena oferecido pelo Estado do Paraná contempla em sua organização curricular elementos que contribuam para suprir as necessidades socioculturais dos professores indígenas em formação. Para atingir esse objetivo, buscou-se responder às seguintes perguntas de pesquisa: a) Como se dá a formação de professores no Magistério Indígena de nível médio?; b) O que determinam as Leis quanto à educação escolar indígena?; c) Como se processa a educação linguístico-cultural na microcomunidade de Santa Rosa do Oco‟y? Essas questões foram discutidas nas seis seções que constituem a tese. A abordagem metodológica foi a qualitativa-interpretativista, de cunho etnográfico, da forma como propõem Denzin e Lincoln (2006); Bortoni-Ricardo (2008); Maher (2008); Gramsci (1991); Freire (1987); Meliá (1998); Pires-Santos (1999); Cavalcanti (1999); Cesar (2007); Paraquett (2009); Canclini (2001); Bhabha (2010); Hamel (2000); Kleiman (2001) e outros. Os teóricos supracitados fundamentaram as análises, que procuraram dar visibilidade às vozes dos professores indígenas, tendo contribuído, também, para a discussão sobre cultura, identidade e processos interculturais, de maneira articulada às questões sociais, políticas e linguísticas. Esse posicionamento reforçou o debate sobre a formação de professores indígenas na região Sul do Brasil como reflexo das políticas públicas nacionais representadas por um de seus estados federados. Atualmente, pode-se prever que a formação do professor indígena, com seu modelo organizativo voltado para os princípios da interculturalidade, caminha para atender às necessidades socioculturais das pessoas envolvidas. No entanto, a formação de professores indígenas sofre constantemente com medidas políticas que ora fazem esse processo avançar, ora retroceder, dado que estão relacionadas a uma conquista processual, marcadas pelos conflitos instalados entre indígenas e não indígenas nos cenários plurilinguísticos e pluriculturais das sociedades que os envolvem. Pautado pela valorização da cultura indígena, o Magistério Indígena emerge como elemento significativo e agregador do processo de formação dos professores indígenas, não só do Estado do Paraná, mas de todo o território nacional, constituindo, dessa forma, uma seara de formação humana que apresenta incorporações constantes. |
Palavras-chave: | Formação de professores indígenas Políticas Linguísticas Processos interculturais Cultura e Identidade |
País: | Brasil |
Sigla da Instituição: | UFBA |
metadata.dc.publisher.program: | Letras e Linguística |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16258 |
Data do documento: | 3-Out-2014 |
Aparece nas coleções: | Tese (PPGLL) |
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Eloá Soares Dultra Kastelic.pdf | 5,82 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.