Abstract: | Este estudo analisa os argumentos fundamentados na estrutura do real, com base em um caso particular, na reportagem principal de sete edições da Revista Boa Forma, das décadas de 1990 e 2000. Reflete sobre estratégias argumentativas usadas pelo discurso midiático, como forma de reivindicar, do auditório, um determinado padrão de corpo tido como o perfeito.
Para isso, pauta-se na concepção de discurso como uma prática social e, transcendendo a
investigação do modelo, do antimodelo, da ilustração e do exemplo, mergulha nos
desdobramentos da Nova Retórica, garimpando vários recursos retórico-argumentativos
usados pela Revista Boa Forma, que sinalizam a sua intencionalidade, recobrando, também,
diversas sistematizações aristotélicas, presentificadas no pensamento perelmaniano. Realizase uma investigação qualitativa, já que o tema pesquisado demanda um estudo
fundamentalmente interpretativo que permite concluir que a superestrutura, representada pela mídia impressa, através da linguagem em ação, institucionaliza um determinado padrão de corpo que deve ser mimetizado por um presumível auditório. |