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Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/43687
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso
Título: Fatores de risco associados ao desenvolvimento de baixa viremia persistente em pessoas vivendo com HIV em uso de terapia antirretroviral: uma revisão sistemática
Autor(es): Campos, Luísa Meireles
Primeiro Orientador: Alves, Carlos Roberto Brites
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Marques, Luzia Estela Menezes Luz
Resumo: Introdução: A terapia antirretroviral (TARV) transformou o prognóstico da infecção pelo HIV, permitindo supressão viral sustentada e redução substancial da morbimortalidade. Entretanto, parcela das pessoas vivendo com HIV (PVHIV) apresenta detecção recorrente de níveis baixos de RNA viral, fenômeno conhecido como baixa viremia persistente (low-level viremia – LLV). A LLV tem sido associada a maior risco de falha virológica, resistência, inflamação residual e piores desfechos clínicos, embora ainda existam lacunas conceituais e metodológicas sobre suas causas e implicações. Objetivo: Identificar e analisar os fatores de risco associados ao desenvolvimento de baixa viremia persistente em PVHIV em uso de TARV. Métodos: Revisão sistemática conduzida conforme o protocolo PRISMA 2020. A busca foi realizada nas bases PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando descritores MeSH e DeCS relacionados a HIV, terapia antirretroviral, fatores de risco e baixa viremia. Foram incluídos estudos observacionais que analisaram fatores associados à LLV em adultos vivendo com HIV. A avaliação da qualidade metodológica ocorreu por meio da Newcastle–Ottawa Scale (NOS). Resultados: Foram identificados 211 artigos; após triagem e elegibilidade, 10 estudos foram incluídos na síntese qualitativa. A prevalência de LLV variou entre 5% e 15% nas coortes analisadas. Os principais fatores de risco identificados foram: carga viral basal elevada, baixos níveis de CD4 no início da TARV, uso de esquemas contendo inibidores de protease reforçados, adesão inadequada, histórico de interrupções terapêuticas, presença de mutações de resistência e marcadores de ativação imune, como monócitos elevados. Em contrapartida, esquemas com inibidores de integrase demonstraram efeito protetor. A LLV esteve associada a maior risco de falha virológica em múltiplos estudos e, em algumas populações, a maior risco de mortalidade e desenvolvimento de comorbidades não infecciosas. Conclusão: A baixa viremia persistente não é um fenômeno benigno e representa marcador importante de instabilidade virológica. Sua identificação deve motivar avaliação rigorosa de adesão, investigação de resistência e análise criteriosa do regime antirretroviral. A padronização das definições de LLV e o aprofundamento dos estudos sobre sua fisiopatologia são essenciais para aprimorar o manejo clínico e reduzir a progressão para falha terapêutica.
Abstract: Background: Antiretroviral therapy (ART) has markedly improved the clinical outcomes of people living with HIV (PLHIV), enabling sustained viral suppression and reducing morbidity and mortality. However, a proportion of patients exhibit recurrent detection of low–level viral RNA, known as persistent low-level viremia (LLV). LLV has been associated with increased risk of virologic failure, emergence of resistance mutations, chronic immune activation, and worse long-term clinical outcomes, although its determinants and implications remain heterogeneous across studies. Objective: To identify and analyze the risk factors associated with the development of persistent low- level viremia in PLHIV receiving ART. Methods: A systematic review was conducted following PRISMA 2020 guidelines. Searches were performed in PubMed and the Virtual Health Library using MeSH and DeCS descriptors related to HIV, antiretroviral therapy, risk factors, and low-level viremia. Observational studies evaluating risk factors for LLV in adults living with HIV were included. Methodological quality was assessed using the Newcastle–Ottawa Scale (NOS). Results: A total of 211 records were identified; ten studies met eligibility criteria and were included in the qualitative synthesis. LLV prevalence ranged from 5% to 15% across cohorts. Major risk factors included high baseline viral load, low baseline CD4 count, use of boosted protease inhibitor–based regimens, suboptimal adherence, prior treatment interruptions, presence of drug resistance mutations, and immune activation markers such as elevated monocyte count. Conversely, integrase inhibitor–based regimens demonstrated a protective effect. LLV was consistently associated with a higher risk of virologic failure and, in some settings, increased mortality and non-infectious comorbidities. Conclusion: Persistent low-level viremia is not a benign phenomenon and represents a meaningful indicator of virologic instability. Its identification warrants thorough adherence assessment, evaluation of drug resistance, and careful review of ART regimens. Harmonizing LLV definitions and expanding research on its mechanisms are essential to improving clinical management and preventing virologic failure among PLHIV.
Palavras-chave: HIV
Terapia Antirretroviral
Baixa Viremia Persistente
Fatores de Risco
Falha Virológica
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Medicina da Bahia
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/43687
Data do documento: 15-Dez-2025
Aparece nas coleções:Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) - Programa de Residência Médica (Faculdade de Medicina)

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