Skip navigation
Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/43447
Tipo: Dissertação
Título: O brincar livre e/ou mediado de crianças com transtorno do espectro autista nível 1 e 2 de suporte em contexto escolar
Título(s) alternativo(s): Free and/or mediated play of children with autism spectrum disorder levels 1 and 2 of support in the school context
Autor(es): Souza, Raísa Costa
Primeiro Orientador: Bichara, Ilka Dias
metadata.dc.contributor.referee1: Bichara, Ilka Dias
metadata.dc.contributor.referee2: Souza, Fabrício de
metadata.dc.contributor.referee3: Santos, Bruna Colombo dos
Resumo: O brincar é compreendido como um fenômeno universal, espontâneo e social, associado à promoção de habilidades mentais, físicas e sociais, ao engajamento na leitura, à independência e à inclusão. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por déficits na comunicação e interação social, além de comportamentos repetitivos e interesses restritos (Araújo e Neto, 2014). De acordo com o DSM-5-TR (APA, 2022), a classificação do TEA é realizada por níveis de suporte (1, 2 e 3), em vez de leve, moderado ou grave. A literatura aponta que o brincar de crianças autistas é geralmente solitário, com predominância de interações exploratórias e sensório-motoras, no entanto, destaca-se neste estudo a importância que pesquisas nacionais observacionais sobre o brincar no autismo ainda são incipientes, o que reforça a importância de mais estudos a respeito. Dessa forma, o objetivo geral desta pesquisa foi compreender o brincar livre de crianças com TEA em ambiente escolar, considerando suas interações com outras crianças e adultos. Foram observadas seis crianças com diagnóstico de TEA (níveis 1 e 2 de suporte), com idades entre 5 e 8 anos, matriculadas em três escolas privadas de Salvador/BA. A coleta de dados foi realizada por meio de registros cursivos do comportamento, totalizando 18 sessões de 15 minutos (270 minutos de observação). A análise das brincadeiras se deu segundo as categorias propostas por Morais e Otta (2003), com base na ação e interação, e acrescidas da categoria “exploratória” (Loebach e Cox, 2020), utilizando-se também de critérios como vocalização, risos e comportamento motor (Bichara, 1994) para identificar sua ocorrência. Nas categorias sobre os tipos de brincadeiras, segundo o critério do caráter predominante da ação, houve predominância de brincadeiras de exercício físico (86 episódios), seguidas de contingência social (71 no total), exploratórias (35), jogos e regras (19), faz de conta (27), construção (7) e brincadeiras turbulentas (2). Em relação às categorias das interações, observou-se maior frequência de brincadeiras cooperativas (66 episódios), principalmente entre as crianças com nível 1 de suporte. Porém, crianças com nível 2 apresentaram mais episódios solitários (46) e paralelos (19) e não foram identificadas brincadeiras associativas. Apesar da alta frequência de brincadeiras colaborativas, ainda se percebe a tendência constatada pela literatura da área, principalmente nas crianças com nível 2 de suporte acerca do brincar solitário e exploratório, bem como as dificuldades em iniciar e sustentar interações. Entretanto, os achados também indicam a ocorrência de brincadeiras cooperativas e simbólicas, inclusive do faz de conta, associado aos jogos com regras e à busca por interação com os pares, principalmente quando as crianças tinham amigos, eram convidadas a brincar ou recebiam retorno positivo dos colegas diante das suas interações. Tais resultados apontam para o potencial do brincar no TEA, especialmente quando há mediação de adultos e colegas. A pesquisa sugere a importância de estratégias pedagógicas que valorizem o brincar como ferramenta de inclusão, e destaca a necessidade de estudos nacionais com critérios de análise mais unificados, capazes de orientar práticas escolares que promovam ambientes mais inclusivos. Palavras-chave: Autismo. Brincadeira. Inclusão. Interação social. Educação infantil.
Abstract: Play is understood as a universal, spontaneous, and social phenomenon, associated with the promotion of mental, physical, and social skills, engagement with reading, independence, and inclusion. Autism Spectrum Disorder (ASD) is characterized by deficits in communication and social interaction, as well as repetitive behaviors and restricted interests (Araújo e Neto, 2014). According to the DSM-5-TR (APA, 2022), ASD is classified by levels of support (1, 2, and 3), rather than as mild, moderate, or severe. The literature indicates that play in autistic children is generally solitary, with a predominance of exploratory and sensorimotor interactions; however, this study highlights that national observational research on play in autism is still scarce, reinforcing the need for further studies. Thus, the main objective of this research was to understand the free play of children with ASD in school environments, considering their interactions with other children and adults. Six children diagnosed with ASD (levels 1 and 2 of support), aged between 5 and 8 years and enrolled in three private schools in Salvador, Brazil, were observed. Data collection was carried out through descriptive records of behavior, totaling 18 sessions of 15 minutes (270 minutes of observation). The analysis of play episodes was based on the categories proposed by Morais and Otta (2003), centered on action and interaction, with the addition of the “exploratory” category (Loebach e Cox, 2020), and criteria such as vocalization, laughter, and motor behavior (Bichara, 1994) were used to identify play occurrences. Regarding types of play, according to the predominant nature of the action, physical exercise play was the most frequent (86 episodes), followed by social contingency (71), exploratory (35), games with rules (19), pretend play (27), construction (7), and rough-and- tumble play (2). In terms of interaction categories, cooperative play was the most frequent (66 episodes), especially among children with level 1 support. However, children with level 2 showed more solitary (46) and parallel (19) play episodes, and no associative play was identified. Despite the high frequency of collaborative play, the trend reported in the literature— particularly among children with level 2 support—toward solitary and exploratory play, as well as difficulties in initiating and sustaining interactions, remains evident. Nevertheless, the findings also indicate the occurrence of cooperative and symbolic play, including pretend play associated with rule-based games and attempts to engage peers, especially when the children had friends, were invited to play, or received positive feedback from peers. These results point to the potential of play in ASD, especially when mediated by adults and peers. The research suggests the importance of pedagogical strategies that value play as a tool for inclusion and highlights the need for national studies with more unified analytical criteria capable of guiding school practices toward more inclusive environments. Keywords: Autism; Play; Inclusion; Social interaction; Early childhood education.
Palavras-chave: Autismo
Brincadeira
Inclusão
Interação social
Educação infantil
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Instituto de Psicologia
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI) 
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/43447
Data do documento: 21-Ago- 8
Aparece nas coleções:Dissertação (PPGPSI)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertação - Raísa Costa Souza - REPOSITÓRIO OK!.pdfO brincar Livre e/ou Mediado de Crianças com Transtorno do Espectro Autista Nível 1 e 2 de Suporte em Contexto Escolar6,24 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.