https://repositorio.ufba.br/handle/ri/43387| metadata.dc.type: | Trabalho de Conclusão de Curso |
| Title: | Disforia de gênero e psicose: a importância do conceito de self-mínimo para diferenciação psicopatológica – Revisão da literatura |
| metadata.dc.creator: | Silva Júnior, Jailton de Jesus |
| metadata.dc.contributor.advisor1: | Moreira, Esdras Cabus |
| metadata.dc.contributor.referee1: | Moreira, Esdras Cabus |
| metadata.dc.description.resumo: | A disforia de gênero (DG) é definida como o sofrimento decorrente da incongruência entre o sexo atribuído ao nascimento e o gênero experienciado. Já a psicose envolve alterações na realidade vivida, como delírios, alucinações e perturbações do self. Quando ambas se apresentam em conjunto, o desafio clínico consiste em distinguir se a vivência de gênero reflete uma identidade autêntica ou se emerge em meio a um quadro delirante. A fenomenologia contribui para essa diferenciação ao descrever as estruturas da experiência, em vez de restringir-se a classificações nosográficas. Na DG, o corpo é experimentado como desalinhado, produzindo estranhamento e desejo de afirmação. Trata-se de uma ruptura entre o korper e leib, corpo como objeto e corpo vivido em primeira pessoa, respectivamente, que se traduz em sofrimento intensificado pelo olhar social. Na psicose, em contrapartida, predominam experiências de manipulação, passividade somática e perda do sentido de agência. Enquanto a DG expressa conflito narrativo e identitário, a psicose atinge o self mínimo, comprometendo a ipseidade. Clinicamente, a escuta deve evitar injustiça epistêmica, reconhecendo a legitimidade da identidade de gênero na psicose, sem confundi-la automaticamente com delírio. É fundamental distinguir entre identidade autêntica e sintomas psicóticos, lembrando que ambas as condições podem coexistir. A intervenção exige integração entre cuidado afirmativo de gênero e manejo adequado da psicose. A fenomenologia, portanto, possibilita uma clínica ética, centrada na pessoa, que busca compreender e respeitar a singularidade da experiência vivida, prevenindo tanto o reducionismo patologizante quanto a negligência diagnóstica |
| Abstract: | Gender dysphoria (GD) is defined as the distress resulting from the incongruence between the sex assigned at birth and the experienced gender. Psychosis, in turn, involves alterations in lived reality, such as delusions, hallucinations, and disruptions of the self. When both conditions co-occur, the clinical challenge lies in distinguishing whether the gender experience reflects an authentic identity or emerges within a delusional framework. Phenomenology contributes to this differentiation by describing the structures of experience rather than relying solely on nosographic classifications.In GD, the body is experienced as misaligned, producing estrangement and a desire for affirmation. This represents a rupture between Körper (the body as object) and Leib (the body as lived first-person experience), translating into suffering that is intensified by social scrutiny. In contrast, psychosis is characterized by experiences of manipulation, somatic passivity, and a loss of agency. While GD expresses narrative and identity conflict, psychosis affects the minimal self, compromising ipseity. Clinically, listening should avoid epistemic injustice, recognizing the legitimacy of gender identity within psychosis without automatically equating it with delusionIt is essential to distinguish between authentic identity and psychotic symptoms, keeping in mind that both conditions may coexist. Intervention requires integration of gender-affirmative care with appropriate psychosis management. Phenomenology thus enables an ethical, person-centered clinical approach that seeks to understand and respect the singularity of lived experience, preventing both pathologizing reductionism and diagnostic neglect |
| Keywords: | Disforia de gênero Psicose Transtornos psicóticos Fenomenologia Self-mínimo Psicopatologia |
| metadata.dc.subject.cnpq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::PSIQUIATRIA CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA |
| metadata.dc.language: | por |
| metadata.dc.publisher.country: | Brasil |
| Publisher: | UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA |
| metadata.dc.publisher.initials: | UFBA |
| metadata.dc.publisher.department: | Faculdade de Medicina da Bahia |
| Citation: | SILVA JÚNIOR, Jailton de Jesus. Disforia de gênero e psicose: a importância do conceito de self-mínimo para diferenciação psicopatológica - Revisão da literatura. Orientador: Esdras Cabus Moreira. 2025. 28 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Psiquiatria) - Programa Residência Medica, Hospital Universitário Professor Edgard Santos, Faculdade de Medicina da Bahia, Universidade Federal da Bahia, Salvador (BA), 2025. |
| metadata.dc.rights: | Acesso Restrito/Embargado |
| URI: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/43387 |
| Issue Date: | 31-Oct-2025 |
| Appears in Collections: | Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) - Programa de Residência Médica (Faculdade de Medicina) |
| File | Description | Size | Format | |
|---|---|---|---|---|
| TCC_Jailton de Jesus Silva Junior.pdf Until 2027-01-01 | Trabalho de Conclusão de Curso | 334,44 kB | Adobe PDF | View/Open Request a copy |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.