O que virá depois para a Escola de Teatro?

Abstract

A Bahia possui uma escola de teatro, cuja criação valeu, em fins da década de 50, inicio da década de 60, destaque no mundo artístico nacional, com repercussão no Exterior. Uma síntese esclarece: “a escola de teatro parou”. Uma digressão: no tempo de Martins Gonçalves, que criou a Escola de Teatro – atualmente integrando as Escolas de Música e artes Cênicas da UFBA – por solicitação do ex-reitor Edgar Santos, o estabelecimento plantou dentro do principio de formação de pessoal, com vista de definição de uma estrutura teatral para o Brasil. Expoentes internacionais nas diversas disciplinas no currículum dos cursos de artes cênicas visitaram Salvador para ministrar aulas ou proferir conferências. Os métodos e técnicas eram os mais modernos empregados nas escolas de teatro do mundo. O alicerce começava a ser montado, mas sobre ária movediça. Mostrava apenas o arrojo do idealismo de homens como Edgar Santos e Martins Gonçalves. Com a saída dos homens mudaram-se os métodos. Nilda Spencer substituiu o Prof. Martins Gonçalves, e embora sem o pessoal que colaborava com o seu antecessor, sem o apoio maciço de instituições internacionais, conseguiu manter algum nível de trabalho, contando, sobretudo com a assistência de Luis Carlos Maciel, dentro da própria Escola. A que temos hoje, é uma unidade das escolas de Músicas e artes cênicas da UFBA, sem condições de um trabalho de sustentação das atividades teatrais. Vive de um passado. Não temos visto uma só promoção nos últimos sete anos, realizadas pelo estabelecimento responsável pela promoção intelectual e técnica dos estudantes de teatro e aprimoramento dos professores, capaz de resistir a uma analise critica mais acurada. A escola fechou-se em si mesma, não permitindo a participação da comunidade, nem mesmo das companhias baianas que teimam em subsistir.