https://repositorio.ufba.br/handle/ri/42569| Tipo: | Tese |
| Título: | Diferenças geracionais e transtornos mentais comuns em participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). |
| Autor(es): | Almeida, Adryanna Cardim de |
| Primeiro Orientador: | Matos , Sheila Maria Alvim de |
| metadata.dc.contributor.advisor-co1: | Nunes, Maria Angélica Antunes |
| metadata.dc.contributor.referee1: | Feijó, Fernando Ribas |
| metadata.dc.contributor.referee2: | Almeida, Maria da Conceição Chagas de |
| metadata.dc.contributor.referee3: | Griep, Rosane Harter |
| metadata.dc.contributor.referee4: | Araújo, Tânia Maria de |
| metadata.dc.contributor.referee5: | Mise, Yukari Figueroa |
| Resumo: | Visando colaborar com o campo da saúde do trabalhador e da trabalhadora do serviço público de instituições federais, a presente tese se propõe a apresentar discussões no que tange a ocorrência dos transtornos mentais comuns relacionados aos estressores ocupacionais. Essa pesquisa integra o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Trata-se de um estudo transversal, incluindo 15.105 participantes entrevistados/as na linha de base, com idade variando entre 35 e 74 anos. Foram contempladas nas análises características sociodemográficas, comportamentos de saúde, uso de medicamentos, domínios do trabalho. Os transtornos mentais comuns (TMC) foram mensurados pelo Clinical Interview Schedule (CIS-R) e os estressores ocupacionais pela escala sueca do Questionário Demanda-ControleApoio Social (DCSQ). Como resultados da tese, foram elaborados três artigos: (1) Geração de nascimento, gênero e transtornos mentais comuns em servidores públicos participantes do ELSA-Brasil; (2) Estresse ocupacional e transtornos mentais comuns: diferenças geracionais e de gênero na coorte ELSA-Brasil; (3) Diferenças geracionais e de gênero na gravidade dos transtornos mentais comuns na coorte ELSA-Brasil: a influência do estresse ocupacional. No Artigo 01 foi estimadaa prevalência dos TMC e descrição de acordo com raça/cor da pele, escolaridade, situação conjugal, consumo de álcool, tabagismo, uso de antidepressivos e benzodiazepínicos. A data de nascimento caracterizou geração de nascimento. Mais de 60% da coorte pertence a geração Baby Boomers.A prevalência de TMC foi de 26,7% (mulheres=33,8% e homens=18,4%). A maior prevalência ocorreu entre os participantes da Geração X (30,4%). Os TMC foram mais prevalentes entre as mulheres, comparado aos homens em todas as gerações. No Artigo 02, foram elegíveis 12.015 participantes ativos, excluindo-se os trabalhadores aposentados.Entre participantes ativos do estudo, 26,8% apresentaram TMC. No entanto, a prevalência entre as mulheres chegou a 35,9% diante de 19,3% dos homens (RP=1,86; IC95% [1,75-1,98]). Analisando a associação entre os estressores ocupacionais e os TMC após o ajuste do modelo, a associação positiva e estatisticamente significante entre o estresse ocupacional e os TMC se manteve apenas entre mulheres da Geração Baby Boomer que possuíam trabalho ativo (RP=1,32; IC95% [1,13-1,54]) e trabalho de alta exigência (RP=1,41; IC95% [1,14-1,73]) e entre as mulheres da Geração X que exerciam trabalho ativo (RP=1,39; IC95% [1,09-1,78]). No Artigo 03, foi avaliada em que medida o estresse ocupacional modificava a gravidade dos TMC de acordo com o gênero e geração de nascimento entre os participantes ativos. As mulheres apresentaram 2,4 vezes mais TMC graves e 1,5 vezes mais TMC leves a moderados que os homens. A presença de interação entre escolaridade, estresse ocupacional e gravidade dos TMC foi observada em mulheres da Geração Baby Boomers. Mulheres com ensino médio completo submetidas a trabalhos ativos (combinado por altas demandas e alto controle) quando comparados à trabalho de baixa exigência (baixa demanda e alto controle) tem 53% mais ocorrência de TMC leves a moderados (RP=1,53; IC95% [1,09-2,15]) e 42% mais TMC graves. A partir dessas descobertas, esperamos contribuir com conhecimentos para a saúde coletiva, na perspectiva de gerações de nascimento e gênero, sugerindo novos estudos para avaliar o papel de políticas públicas na prevenção dos transtornos mentais comuns. Ressaltase que são salutares novas investigações baseados em coortes geracionais com a finalidade de analisar o impacto dessas demandas do trabalho e das tarefas domésticas no adoecimento desses/as trabalhadores/as, buscando alternativas para a redução das demandas vigentes nas universidades, além de fomentar melhorias para minimizar as desigualdades de gênero. |
| Abstract: | Aiming to collaborate with the field of workers' health in public services of federal institutions, this thesis proposes to present discussions regarding the occurrence of common mental disorders related to occupational stressors. This research is part of the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brazil). This is a cross-sectional study, including 15,105 participants interviewed at baseline, aged between 35 and 74 years. Sociodemographic characteristics, health behaviors, medication use, and work domains were considered in the analyses. Common mental disorders (CMD) were measured by the Clinical Interview Schedule (CIS-R) and occupational stressors by the Swedish scale of the Demand-ControlSocial Support Questionnaire (DCSQ). As a result of the thesis, three articles were written: (1) Birth generation, gender, and common mental disorders in public servants participating in ELSA-Brazil; (2) Occupational stress and common mental disorders: generational and gender differences in the ELSA-Brazil cohort; (3) Generational and gender differences in the severity of common mental disorders in the ELSA-Brazil cohort: the influence of occupational stress. In Article 01, the prevalence of CMDs was estimated and described according to race/skin color, education, marital status, alcohol consumption, smoking, use of antidepressants and benzodiazepines. Date of birth characterized the generation of birth. More than 60% of the cohort belongs to the Baby Boomer generation.The prevalence of CMD was 26.7% (women = 33.8% and men = 18.4%). The highest prevalence occurred among Generation X participants (30.4%). CMD were more prevalent among women compared to men in all generations. In Article 02, 12,015 active participants were eligible, excluding retired workers. Among active study participants, 26.8% had CMD. However, the prevalence among women reached 35.9% compared to 19.3% of men (PR = 1.86; 95% CI [1.75-1.98]). Analyzing the association between occupational stressors and CMDs after adjusting the model, the positive and statistically significant association between occupational stress and CMDs was maintained only among women from the Baby Boomer Generation who had active work (PR=1.32; 95%CI [1.13-1.54]) and high-demand/exhausting work (PR=1.41; 95%CI [1.14-1.73]) and among women from Generation X who had active work (PR=1.39; 95%CI [1.09-1.78]).In Article 03, the extent to which occupational stress modified the severity of CMDs according to gender and birth generation among active participants was assessed. Women presented 2.4 times more severe CMDs and 1.5 times more mild to moderate CMDs than men. The presence of interaction between education, occupational stress and severity of CMDs was observed in women from the Baby Boomer Generation. Women with a high school diploma submitted to active work (combined by high demands and high control) when compared to low-demand/exhaustion work (low demand and high control) have 53% more occurrence of mild to moderate CMDs (PR=1.53; 95% CI [1.09-2.15]) and 42% more severe CMDs. Based on these findings, we hope to contribute knowledge to public health, from the perspective of birth generations and gender, suggesting new studies to evaluate the role of public policies in the prevention of common mental disorders. It is important to highlight that new research based on generational cohorts is beneficial in order to analyze the impact of these work demands and domestic tasks on the illness of these workers, seeking alternatives to reduce the current demands at universities, in addition to promoting improvements to minimize gender inequalities. |
| Palavras-chave: | Transtornos Mentais Comuns Gênero e Saúde Diferenças Geracionais Estresse Ocupacional Saúde Mental e Trabalho |
| CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA |
| Idioma: | por |
| País: | Brasil |
| Editora / Evento / Instituição: | Universidade Federal da Bahia. Instituto de Saúde Coletiva |
| Sigla da Instituição: | ISC-UFBA |
| metadata.dc.publisher.department: | Instituto de Saúde Coletiva - ISC |
| metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC) |
| Tipo de Acesso: | Acesso Restrito/Embargado |
| URI: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/42569 |
| Data do documento: | 1-Ago-2023 |
| Aparece nas coleções: | Tese (ISC) |
| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| Tese-Adryanna-Cardim-de-Almeida-2023.pdf | 1,89 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.