Skip navigation
Ir para o conteúdo
GovBR
Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40797
Tipo: Tese
Título: Experiência intergeracional e familiar sobre o puerpério de mulheres rurais
Título(s) alternativo(s): Intergenerational and family experience of the postpartum period of rural women
Experiencia intergeneracional y familiar del puerperio de la mujer rural
Autor(es): Silva, Joise Magarão Queiroz
Primeiro Orientador: Coelho, Edméia de Almeida Cardoso
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Almeida, Mariza Silva
metadata.dc.contributor.referee1: Ramos, Maria Natália Pereira
metadata.dc.contributor.referee2: Santos, Amália Nascimento do Sacramento
metadata.dc.contributor.referee3: Paiva, Mirian Santos
metadata.dc.contributor.referee4: Ferreira, Silvia Lúcia
metadata.dc.contributor.referee5: Marques, Patrícia Figueiredo
Resumo: O pós-parto para mulheres rurais é marcado por desafios moldados tanto pelas condições de vida no campo quanto pelas influências culturais transmitidas ao longo das gerações. Objetivou-se Resgatar a experiência do puerpério de mulheres rurais de diferentes gerações de uma mesma família e analisar as experiências intergeracionais no puerpério de mulheres rurais, segundo o sistema de crenças e valores que orientam os cuidados. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa desenvolvido sob o método etnográfico. Foi realizada na zona rural de um município do interior da Bahia. Participaram da pesquisa sete famílias de três gerações, avó, mãe e neta, totalizando 22 participantes, pois em uma família participou também a avó paterna. A produção do material empírico foi realizada mediante história oral temática, por meio de entrevista e da observação participante, esta ultima, direcionada à terceira geração, puérperas. A análise dos dados ocorreu por meio da técnica de análise de conteúdo, segundo Bardin. O estudo deu origem a três categorias empíricas e doze subcategorias. A primeira grande categoria aborda laços intergeracionais de apoio à mulher no pós-parto. Nessa, as parteiras se sobressaem como parte da rede de apoio à puérpera pela forte presença no parto e nas horas iniciais pós-parto de mulheres da primeira geração, as avós. Cada geração de mulheres contou com a ajuda de familiares no cuidado pós-parto, poucas citaram a participação do parceiro, destacando apenas alguma ajuda nos cuidados com o/a bebê. Na segunda categoria, o poder da tradição nos cuidados com o corpo e proteção da saúde do pós-parto, o repouso e a higiene ocuparam lugar central, orientado por valores culturais, tabus e saberes que atravessaram gerações. O tempo de retorno às atividades domésticas variou entre as gerações, sendo dependente da rede de apoio, permeados pelos cuidados e pelo receio com a “quebra do resguardo”. A terceira categoria, aleitamento materno, cuidados da/o bebê e proteção contraceptiva sob limites da atenção à saúde, revela a influência das experiências maternas no aleitamento ao longo de três gerações. As avós, da primeira geração e mães da segunda geração, amamentaram, sendo frequente o desmame precoce, em contraposição às netas, que se encontravam em aleitamento materno exclusivo. Orientações da rede de saúde sobre importantes cuidados, auto cuidado e cuidados com a/o bebê, estiveram presente nas narrativas de mulheres de terceira geração, puérperas, por ocasião da pesquisa. A cultura rural molda a experiência da maternidade de forma única, transmitindo saberes ancestrais de geração em geração. As mulheres valorizam práticas tradicionais no cuidado pós-parto, por confiança e como forma de fortalecer os laços familiares e comunitários. Embora as novas gerações tenham mais acesso à saúde formal, os valores culturais permanecem presentes, adaptando-se às mudanças sociais. A dificuldade de acesso à saúde no passado, especialmente para as avós, evidencia a necessidade, também na zona rural, de continuidade de políticas públicas, que garantam o cuidado às gerações atuais e futuras, bem como o cuidado integral à saúde da mulher, em todas as fases da vida.
Abstract: The postpartum period for rural women is marked by unique challenges, shaped both by rural living conditions and by cultural influences transmitted over generations. To recover the postpartum experience of rural women from different generations of the same family and to analyze the intergenerational experiences in the postpartum period of rural women, according to the system of beliefs and values that guide care. This is a study with a qualitative approach developed using the ethnographic method. It was carried out in the rural area of a municipality in the interior of Bahia. Seven families of three generations participated in the research: grandmother, mother and granddaughter, totaling 22 participants, since in one family the paternal grandmother also participated. The production of empirical material was carried out through thematic oral history, through interviews and participant observation, the latter directed at the third generation, postpartum women. Data analysis was performed using the content analysis technique, according to Bardin. The study gave rise to three empirical categories and twelve subcategories. The first major category addresses intergenerational ties of support for women in the postpartum period. In this category, midwives stand out as part of the support network for postpartum women due to the strong presence of first-generation women, the grandmothers, during childbirth and in the initial postpartum hours. Each generation of women had the help of family members in postpartum care; few mentioned the participation of their partners, highlighting only some help in caring for the baby. In the second category, the power of tradition in caring for the body and protecting postpartum health, rest and hygiene occupied a central place, guided by cultural values, taboos and knowledge that have crossed generations. The time taken to return to domestic activities varied between generations, depending on the support network, permeated by care and fear of “breaking confinement”. The third category, breastfeeding, baby care and contraceptive protection within the limits of health care, reveals the influence of maternal experiences on breastfeeding over three generations. First-generation grandmothers and second-generation mothers breastfed, with early weaning being common, in contrast to granddaughters, who were exclusively breastfed. Guidance from the health network on important care, self-care and baby care was present in the narratives of third-generation women, who had recently given birth, during the research. Rural culture shapes the experience of motherhood in a unique way, transmitting ancestral knowledge from generation to generation. Women value traditional practices in postpartum care, out of trust and as a way of strengthening family and community ties. Although new generations have greater access to formal health care, cultural values remain present, adapting to social changes. The difficulty in accessing healthcare in the past, especially for grandmothers, highlights the need, also in rural areas, for continuity of public policies that guarantee care for current and future generations, as well as comprehensive care for women's health at all stages of life.
El período posparto para las mujeres rurales está marcado por desafíos determinados tanto por las condiciones de vida rurales como por influencias culturales transmitidas a lo largo de generaciones. El objetivo fue Rescatar la experiencia del posparto de mujeres rurales de diferentes generaciones de una misma familia y analizar las experiencias intergeneracionales en el posparto de las mujeres rurales, según el sistema de creencias y valores que orientan el cuidado. Se trata de un estudio con enfoque cualitativo desarrollado mediante el método etnográfico. Se llevó a cabo en la zona rural de un municipio del interior de Bahía. En la investigación participaron siete familias de tres generaciones, abuela, madre y nieta, totalizando 22 participantes, ya que en una familia también participó la abuela paterna. La producción de material empírico se realizó a través de la historia oral temática, a través de entrevistas y observación participante, esta última dirigida a la tercera generación, mujeres posparto. El análisis de los datos se realizó mediante la técnica de análisis de contenido, según Bardin. El estudio dio lugar a tres categorías empíricas y doce subcategorías. La primera categoría principal aborda los vínculos intergeneracionales para apoyar a las mujeres en el período posparto. En esto, las parteras se destacan como parte de la red de apoyo a las puérperas por su fuerte presencia en el parto y en las horas iniciales del posparto de las mujeres de primera generación, las abuelas. Cada generación de mujeres contó con la ayuda de los familiares en los cuidados posparto, pocas mencionaron la participación de su pareja, destacando sólo alguna ayuda en el cuidado del bebé. En la segunda categoría, el poder de la tradición para cuidar el cuerpo y proteger la salud, el descanso y la higiene posparto ocupó un lugar central, guiado por valores culturales, tabúes y conocimientos que abarcaron generaciones. El tiempo para regresar a las actividades domésticas varió entre generaciones, siendo dependiente de la red de apoyo, permeado por los cuidados y el miedo a “romper la protección”. La tercera categoría, lactancia materna, cuidado del bebé y protección anticonceptiva dentro de los límites de la atención de salud, revela la influencia de las experiencias maternas en la lactancia materna a lo largo de tres generaciones. Las abuelas, de la primera generación y las madres de la segunda generación, amamantaron, siendo frecuente el destete precoz, a diferencia de las nietas, que fueron amamantadas exclusivamente. Orientaciones de la red de salud sobre cuidados importantes, autocuidado y cuidado del bebé, estuvieron presentes en las narrativas de mujeres de tercera generación, puérperas, en el momento de la investigación. La cultura rural moldea la experiencia de la maternidad de una manera única, transmitiendo conocimientos ancestrales de generación en generación. Las mujeres valoran las prácticas tradicionales en la atención posparto, por la confianza y como forma de fortalecer los vínculos familiares y comunitarios. Si bien las nuevas generaciones tienen mayor acceso a la salud formal, los valores culturales siguen presentes, adaptándose a los cambios sociales. La dificultad de acceso a la salud en el pasado, especialmente para las abuelas, pone de relieve la necesidad, también en el medio rural, de continuidad de políticas públicas que garanticen la atención a las generaciones actuales y futuras, así como la atención integral a la salud de las mujeres, en todas las etapas de la vida.
Palavras-chave: Mulheres
Período Pós-Parto
Relações Familiares
Relação entre Gerações
Intergeracional
Zona Rural
Cultura
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Escola de Enfermagem
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Citação: SILVA, Joise Magarão Queiroz. Experiência intergeracional e familiar sobre o puérperio de mulheres rurais. 2024. 127 f. Tese (Doutorado em enfermagem e saúde) - Escola de Enfermagem, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2024.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40797
Data do documento: 7-Out-2024
Aparece nas coleções:Tese (PPGENF)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Joise Magarao TCC_tese_pdf.pdf1,7 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.