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Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40226
Tipo: Dissertação
Título: Fatores associados à incapacidade por acidente vascular cerebral isquêmico entre dois e três anos do evento
Autor(es): Cunha, Brenda Silva
Primeiro Orientador: Mussi, Fernanda Carneiro
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Moraes, Mariana de Almeida
metadata.dc.contributor.referee1: Mussi, Fernanda Carneiro
metadata.dc.contributor.referee2: Gallani, Maria Cecília Bueno Jayme
metadata.dc.contributor.referee3: Santos, Carlos Antônio de Souza Teles
Resumo: O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) é uma causa significativa de morte e incapacidade no mundo. A análise dos preditores de incapacidade funcional ainda é incipiente no Brasil e carece de registro a curto e longo prazo para orientar o cuidado e gestão em saúde. Objetivou-se analisar os fatores clínicos e sociodemográficos associados a incapacidade funcional de pessoas com AVCi entre dois e três anos do evento. Estudo de coorte prospectivo, com 241 pessoas com AVCi, seguidas de 90 dias do ictus até dois a três anos do evento. Dos 241 participantes entre dois anos e três anos do ictus, 51 não foram localizados, 35 morreram e 155 foram entrevistados. O desfecho incapacidade foi dicotomizado, com base na pontuação da Rankin em 0 a 2 (assintomáticos a disfunção leve) e 3 a 5 (incapacidade moderada a grave). Para verificar a associação das variáveis sociodemográficas e clínicas com a incapacidade empregou-se o teste Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher. Variáveis até 20% foram para a análise multivariada empregando-se o Modelo de Poisson robusto, o procedimento de backward e o Critério de Informação de Akaike para escolha do modelo final. O teste de McNemar foi usado para comparar o Rankin entre 90 dias e dois a três anos do ictus. Nesta fase a significância estatística foi de 5%. A maioria apresentou Rankin de 0 a 2 (62,6%). Não houve associação significante na comparação do Rankin entre os tempos de seguimento, porém maior percentual da amostra com incapacidade leve, moderada, moderadamente severa e grave evoluíram para um nível de menor disfunção. Maior percentual de assintomáticos e sem incapacidade significativa evoluíram para pior grau de disfunção. Na análise bivariada houve associação até 20% entre grau de incapacidade e sexo feminino, situação empregatícia, National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS), AVC prévio, novo AVC, hipertensão arterial e trombólise. Na análise multivariada, o modelo final mostrou que pessoas com NIHSS de 6 a 13 e ≥14 comparadas as com NIHSS ≤5 apresentaram 2.35 (IC 95%:1.13 – 4.05) vezes e 4,4 vezes mais incapacidade moderada a grave (IC 95%: 2.09 – 6.83). Sem trombólise e que sofreram novo AVC apresentaram 3,02 vezes mais (IC 95%: 1.32 – 3.74) e 3,82 (IC 95%: 1.49 - 3.47) incapacidade moderada a grave. Mostrou-se o impacto do AVCi na vida das pessoas acometidas, pois mais de 1/3 apresentaram incapacidade moderada a grave entre dois a três anos do ictus. As variáveis significantemente associadas a incapacidade moderada a severa foram maior déficit neurológico (NIHSS entre 6 a ≥14), não realização de trombólise e recorrência do AVCi. Na análise comparativa da incapacidade entre os tempos de seguimento não houve significância estatística. O estudo mostra a necessidade de avanços na rede de atenção à saúde assegurando a ampliação da oferta de trombólise, a reabilitação precoce e continuada com equipe multiprofissional e políticas e intervenções efetivas voltadas a prevenção e controle dos fatores de risco para o AVCi e apresentação precoce das vítimas a um serviço de saúde para minimizar as repercussões negativas na vida dessas pessoas.
Abstract: Ischemic stroke is a significant cause of death and disability worldwide. The analysis of predictors of functional disability is still incipient in Brazil and lacks short and long-term records to guide health care and management. The objective was to analyze the clinical and sociodemographic factors associated with functional disability in people with ischemic stroke between two and three years after the event. Prospective cohort study, with 241 people with ischemic stroke, followed from 90 days after the stroke until two to three years after the event. Of the 241 participants between two and three years of the ictus, 51 were not located, 35 died and 155 were interviewed. The disability outcome was dichotomized, based on the Rankin score of 0 to 2 (asymptomatic to mild dysfunction) and 3 to 5 (moderate to severe disability). To verify the association of sociodemographic and clinical variables with disability, Pearson's Chi-square test or Fisher's exact test was used. Variables up to 20% were used for multivariate analysis using the robust Poisson Model, the backward procedure and the Akaike Information Criterion to choose the final model. The McNemar test was used to compare the Rankin between 90 days and two to three years of the ictus. At this stage, statistical significance was 5%. The majority had a Rankin of 0 to 2 (62.6%). There was no significant association in the Rankin comparison between follow-up times, but a higher percentage of the sample with mild, moderate, moderately severe and severe disability progressed to a level of lower dysfunction. A higher percentage of asymptomatic patients without significant disability progressed to a worse degree of dysfunction. In the bivariate analysis, there was an association of up to 20% between degree of disability and female sex, employment status, National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS), previous stroke, new stroke, high blood pressure and thrombolysis. In the multivariate analysis, the final model showed that people with NIHSS 6 to 13 and ≥14 compared to those with NIHSS ≤5 had 2.35 (95% CI:1.13 – 4.05) times and 4.4 times more moderate to severe disability (95% CI %: 2.09 – 6.83). Without thrombolysis and who suffered a new stroke, they had 3.02 times more (95% CI: 1.32 – 3.74) and 3.82 (95% CI: 1.49 - 3.47) moderate to severe disability. The impact of ischemic stroke on the lives of those affected was demonstrated, as more than 1/3 had moderate to severe disability within two to three years of the stroke. The variables significantly associated with moderate to severe disability were greater neurological deficit (NIHSS between 6 and ≥14), failure to undergo thrombolysis and recurrence of ischemic stroke. In the comparative analysis of disability between follow-up times there was no statistical significance. The study shows the need for advances in the health care network, ensuring the expansion of the supply of thrombolysis, early and continued rehabilitation with a multidisciplinary team and effective policies and interventions aimed at preventing and controlling risk factors for ischemic stroke and early presentation of victims to a health service to minimize the negative repercussions on these people's lives.
Palavras-chave: Acidente vascular cerebral isquêmico
Incapacidade
Escala de Rankin modificada
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Escola de Enfermagem
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40226
Data do documento: 28-Mar-2024
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