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Tipo: Tese
Título: Rodelas e o hidronauta: a contenção como desvio memorial no São Francisco
Autor(es): Matos, Marcos Olegário Pessoa Gondim de
Primeiro Orientador: Magnavita, Pasqualino Romano
metadata.dc.contributor.referee1: Magnavita, Pasqualino Romano
metadata.dc.contributor.referee2: Cardoso, Thiago Mota
metadata.dc.contributor.referee3: Ferreira, Ayrson Heráclito Novato
metadata.dc.contributor.referee4: Drummond, Washington Luis Lima
metadata.dc.contributor.referee5: Silva, Ariadne Moraes
Resumo: O rio São Francisco abriga uma relação tensa com os mecanismos de contenção e abertura no desenho do seu curso, como barragens, transposições, canalizações, dentre outras dobras extensivas ao projeto moderno de civilização. Mesmo com todos esses desvios de origem diversa, o São Francisco escapa e deságua no mar. Os efeitos sentidos por populações e cidades submersas pelo estrangulamento do rio são permanentes e semantizam transformações, deslocamentos e, por cadeia, norteiam a produção de novos sentidos e subjetividades, memórias e histórias. Os espaços liberados pela fricção dessas forças, especialmente na região de Rodelas, engolida pelo São Francisco por conta da barragem de Itaparica, levantam algumas questões. De que forma os sentidos espaciais se estabelecem? Como e quem tem o poder de transformar os espaços em lugares? Como se dá o espelhamento da paisagem de uma cidade submersa com a reconstrução de seus espaços e memórias num outro lugar? Em meio a condução desses problemas, o pesadelo pandêmico desaba sobre a pesquisa como mais um regime de contenções, onde tudo parece ruir. A sombra compulsória dessa interdição desvia completamente os rumos do seu andamento ao inserir a variável das sensações e da imaginação como esperança metodológica diante da clausura e da impossibilidade de um trabalho campal. Entre mortes e ressurreições, a pesquisa decide se colocar em risco e experimentar. Entra em conflito com o objeto de estudo e suas relações de forças no espaço investigado, se perdendo numa espiral de temporalidades e paisagens ao reinventar uma máquina temporal desarmada pela pandemia e adentrar, a distância, no universo memorial de Rodelas. Numa abordagem atípica, mas atenta à pertinência das histórias, sinais e direções, a pesquisa performa na sobreposição de duas Rodelas, suas simetrias e contradições, trazendo a tona um mapeamento afetivo desse espaço ao desenhar outras perspectivas e abordagens por meio da imaginação diante da barragem.
Abstract: From the Sobradinho complex to its mouth, the São Francisco river has a tense relationship with the containment and opening mechanisms in the design of its course, such as dams, transposition projects, canalizations, among other folds that are extensive to the modern project of civilization. Even with all the deviations of a different origins, the São Francisco escapes and flows into the sea. The effects felt by populations and cities submerged by the strangulation of the river in this process, are permanent and semanticize transformations, displacements, and by chain, guide the production of new meanings and subjectivities, memories and stories. The spaces freed by the friction of these forces, especially in the region of Rodelas, swallowed by the São Francisco River due to the Itaparica Dam, raise some questions. How are spatial senses established? How and who has the power to transform spaces into places? How is the landscape of a submerged city mirrored with the reconstruction of its spaces and memories in another place? In the midst of dealing with these problems, the pandemic nightmare collapses on research as yet another containment regime where everything seems to collapse. The compulsory shadow of this interdiction completely deviates the course of its progress by inserting the variable of sensations and imagination as a methodological hope in the face of the impossibility of field work. Between deaths and resurrections, the research decides to put itself at risk and experiment. It conflicts with the object of study and its relations of forces in the investigated space, getting lost in a spiral of temporalities and landscapes, by reinventing a temporal machine disarmed by the pandemic and entering, from a distance, into the memorial universe of Rodelas. In an atypical approach, but attentive to the pertinence of stories, signs and directions, the research performs in the superposition of two Rodelas, their symmetries and contradictions, producing an affective mapping of this space by drawing other perspectives and approaches through imagination in front of the dam.
Palavras-chave: Áreas ribeirinhas - São Francisco, Rio
Cidades e vilas - Rodelas (BA)
Paisagens
Sociologia urbana
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ARQUITETURA E URBANISMO
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Arquitetura
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU) 
Citação: MATOS, Marcos Olegário Pessoa Gondim de. Rodelas e o hidronauta: a contenção como desvio memorial no São Francisco. 2023. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2023.
Tipo de Acesso: Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38627
Data do documento: 17-Nov-2023
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