Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38543
Tipo: Tese
Título: Sexualidade de mulheres com história de violência conjugal: compreendendo o fenômeno a partir de uma teoria fundamentada nos dados
Título(s) alternativo(s): Sexuality of women with a history of conjugal violence: understanding the phenomenon from a grounded theory
Sexualidad de mujeres con antecedentes de violencia conyugal: entendiendo el fenómeno desde una grounded theory
Autor(es): Campos, Luana Moura
Primeiro Orientador: Gomes, Nadirlene Pereira
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Almeida, Lilian Conceição Guimarães de
metadata.dc.contributor.referee1: Gomes, Nadirlene Pereira
metadata.dc.contributor.referee2: Costa, Dália Maria de Sousa Gonçalves da
metadata.dc.contributor.referee3: Santos, José Luís Guedes dos
metadata.dc.contributor.referee4: Paixão, Gilvânia Patrícia do Nascimento
metadata.dc.contributor.referee5: Bispo, Tania Christiane Ferreira
Resumo: O estudo possui o objetivo de compreender a sexualidade experienciada por mulheres com história de violência conjugal. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, norteada pelo referencial teórico de gênero e patriarcado de Kate Millett e metodológico da Grounded Theory, especificamente a vertente Straussiana. Seguindo os pressupostos da Amostragem Teórica, o primeiro grupo amostral foi composto por 17 mulheres assistidas pela Operação Ronda Maria da Penha da Bahia e segundo grupo por 10 profissionais de saúde da Estratégia de Saúde da Família, sendo realizadas entrevistas semiestruturadas com ambos. Os dados foram organizados com o auxílio do software NVIVO10, momento em que foram analisados e se aplicou a codificação aberta, axial e integração. Vale salientar que a compreensão da sexualidade das mulheres estudadas foi elucidada a partir do fenômeno que emergiu da aplicação das etapas do Modelo Paradigmático, cujos elementos são ação-interação, condição e consequência. A pesquisa respeitou os aspectos éticos contidos na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Sobre os resultados, apontou-se para o fenômeno “Construindo a sexualidade feminina por meio de pressupostos da cultura machista com repercussões para a vida e saúde”. Este emergiu da análise e integração dos dados que compuseram as seguintes categorias: (Não) se masturbando; (Não) experienciando relações sexuais satisfatórias, que correspondem a ação-interação; (Não) aprendendo sobre a sexualidade; Acreditando ser responsabilidade da mulher satisfazer o homem sexualmente; Rememorando o abuso sexual experienciado, resultante da Condição e Experienciando repercussões na saúde e Experienciando repercussões na relação, as quais revelam as Consequências. Nesse sentido, o estudo aponta que a sexualidade experienciada pelas mulheres com história de violência conjugal perpassa pelo processo de ação-interação com o seu corpo e com o do outro, o que aponta para a (im)possibilidade de se masturbar, por gatilhos de memória referentes a abusos sexuais vividos e por limitações no exercício das relações sexuais. Essas experiências relacionam-se com a fragilidade da educação sexual, pautada em um modelo machista e patriarcal, que orienta as mulheres para o dever de atender os impulsos sexuais masculinos, o que também culmina em impactos para saúde e relações dessas mulheres.
Abstract: The study aims to understand the sexuality experienced by women with a history of conjugal violence. This is a qualitative research, guided by the theoretical framework of gender and patriarchy by Kate Millett and methodological by Grounded Theory, specifically the Straussian strand. Following the assumptions of the Theoretical Sampling, the first sample group consisted of 17 women assisted by the Ronda Maria da Penha da Bahia Operation and the second group of 10 health professionals from the Family Health Strategy, with semi-structured interviews being carried out with both. Data were organized using the software NVIVO10, at which time they were analyzed and open, axial and integration coding were applied. It is worth mentioning that the understanding of the sexuality of the women studied was elucidated from the phenomenon that emerged from the application of the stages of the Paradigmatic Model, whose elements are action-interaction, condition and consequence. The research respected the ethical aspects contained in Resolution 466/2012 of the National Health Council. Regarding the results, the phenomenon “Building female sexuality through the assumptions of the sexist culture with repercussions for life and health” was pointed out. This emerged from the analysis and integration of data that composed the following categories: (Not) masturbating; (Not) experiencing satisfying sexual relationships, which correspond to action-interaction; (Not) learning about sexuality; Believing that it is the responsibility of the woman to satisfy the man sexually; Recalling the sexual abuse experienced as a result of the Condition and Experiencing the health repercussions and Experiencing the repercussions on the relationship, which reveal the Consequences. In this sense, the study points out that the sexuality experienced by women with a history of conjugal violence permeates the action-interaction process with their bodies and with the other's, which points to the (im)possibility of masturbating, due to triggers of memory related to sexual abuse and limitations in the exercise of sexual relations. These experiences are related to the fragility of sex education, based on a sexist and patriarchal model, which guides women towards the duty of meeting male sexual impulses, which also culminates in impacts on these women's health and relationships.
El estudio tiene como objetivo comprender la sexualidad vivida por mujeres con antecedentes de violencia conyugal. Se trata de una investigación cualitativa, basada en el marco teórico de género y patriarcado de Kate Millett y metodológico de Grounded Theory, específicamente la vertiente straussiana. Siguiendo los supuestos de la Muestra Teórica, el primer grupo de muestra estuvo compuesto por 17 mujeres atendidas por la operación Ronda Maria da Penha da Bahia y el segundo grupo por 10 profesionales de la salud de la Estrategia Salud de la Familia, realizándose entrevistas semiestructuradas con ambas. Los datos se organizaron en el software NVIVO10, momento en el que se analizaron y se aplicó codificación abierta, axial y de integración. Cabe mencionar que la comprensión de la sexualidad de las mujeres estudiadas fue dilucidada a partir del fenómeno que emergió de la aplicación de las etapas del Modelo Paradigmático, cuyos elementos son acción-interacción, condición y consecuencia. La investigación respetó los aspectos éticos contenidos en la Resolución 466/2012 del Consejo Nacional de Salud, en cuanto a los resultados, se señaló el fenómeno “Construcción de la sexualidad femenina a partir de los presupuestos de la cultura sexista con repercusiones para la vida y la salud”. Esto surgió del análisis e integración de datos que componían las siguientes categorías: (No) masturbarse; (No) experimentar relaciones sexuales satisfactorias, que corresponden a la acción-interacción; (No) aprender sobre sexualidad; Creyendo que es responsabilidad de la mujer satisfacer sexualmente al hombre; Recordar el abuso sexual vivido como consecuencia de la Condición y Vivir las repercusiones en la salud y Vivir las repercusiones en la relación, que revelan las Consecuencias. En este sentido, el estudio apunta que la sexualidad vivida por mujeres con antecedentes de violencia conyugal permea el proceso de acción-interacción con sus cuerpos y con el del otro, lo que apunta a la (im)posibilidad de masturbarse, debido a los desencadenantes de memoria relacionada con el abuso sexual y las limitaciones en el ejercicio de las relaciones sexuales. Estas experiencias están relacionadas con la fragilidad de la educación sexual, basada en un modelo sexista y patriarcal, que orienta a las mujeres hacia el deber de atender los impulsos sexuales masculinos, lo que también culmina en impactos en la salud y las relaciones de estas mujeres.
Palavras-chave: Sexualidade
Violência por parceiro íntimo
Saúde da Mulher
Educação sexual
Teoria Fundamentada
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM::ENFERMAGEM DE SAUDE PUBLICA
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Escola de Enfermagem
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Citação: CAMPOS, Luana Moura. Sexualidade de mulheres com história de violência conjugal: compreendendo o fenômeno a partir de uma Teoria Fundamentada nos Dados. 2021. 202 f. Tese (Doutorado em Enfermagem e Saúde) - Universidade Federal da Bahia, Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde, Salvador, 2021
Tipo de Acesso: Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38543
Data do documento: 28-Dez-2021
Aparece nas coleções:Tese (PPGENF)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE - LUANA MOURA CAMPOS.pdfTESE - LUANA MOURA CAMPOS1,77 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons