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Tipo: Dissertação
Título: Análise da relação entre unidades de Atenção Primária à Saúde e de Pronto Atendimento: determinantes, escolhas e desafios organizativos.
Título(s) alternativo(s): Analysis of the relationship between Primary Health Care and Emergency units Service: determinants, choices and organizational challenges.
Autor(es): Borges, Gabriela Almeida
Primeiro Orientador: Medina, Maria Guadalupe
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Vilasbôas, Ana Luiza Queiroz
metadata.dc.contributor.referee1: Bousquat, Aylene Emilia Moraes
metadata.dc.contributor.referee2: Oliveira, Gisele O'Dwyer de
metadata.dc.contributor.referee3: Vilasbôas, Ana Luiza Queiroz
metadata.dc.contributor.referee4: Medina, Maria Guadalupe
Resumo: Há uma crescente demanda aos serviços de urgência e emergência que muitas vezes não é considerada correspondente ao caráter de urgência. Por outro lado, a APS é apontada por permanecer voltada às ações preferencialmente “preventivas e programáticas”, em detrimento do acolhimento e atendimento de cidadãos acometidos por quadros agudos de baixa complexidade. No Brasil, Unidades de Pronto Atendimento 24h (UPA) tiveram grande expansão a partir do ano de 2008, e apesar do destaque ao caráter assistencial e do pronto atender, foi formulada com a missão legal de compor um complexo assistencial vinculado à atenção primária. No entanto, algumas evidências apontam para uma relação informal e desarticulada entre a APS e a UPA, sobretudo na condução dos atendimentos de urgência de menor gravidade, que merecem melhor investigação. Os objetivos do estudo foram: Analisar a dinâmica organizativa que se estabelece na relação entre as unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) e de Pronto Atendimento (UPA) 24h no município de Petrolina-PE; Identificar fluxos assistenciais e mecanismos de integração existentes entre os serviços de APS e UPA; Analisar as atribuições e competências das APS e UPA em situações de baixa urgência; Caracterizar os fatores determinantes nas escolhas dos usuários entre a busca por serviços de urgência e de APS. Trata-se de um estudo de caso único em um município da Rede Interestadual de Saúde do Vale Médio São Francisco (Rede PEBA), Nordeste do Brasil. Considerou-se como fontes primárias de evidência as informações registradas no diário de campo da pesquisadora, dados obtidos mediante entrevistas semiestruturadas com profissionais, gestores e usuários da UPA 24h e APS e, como fontes secundárias, documentos das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde e da UPA. As informações foram processadas com o auxílio do programa NVIVO. Adotou-se como categorias de análise quatro dimensões de integração baseadas no conceito de ‘sistema integrado de saúde’ proposto por Contandriopoulos: Integração clínica; Integração Funcional; Integração Sistêmica e Integração Normativa. As evidências produzidas indicam baixa integração entre a APS e a UPA nas diferentes dimensões estudadas. Desde os elementos mais operacionais, descritos predominantemente na integração funcional, até os elementos mais subjetivos, referidos na integração normativa, apontam lacunas para a efetiva integração entre os serviços. Ademais, há um descompasso entre o perfil de atendimento relacionado às urgências de baixa gravidade realizado pelos dois níveis de atenção e a “visão ideal" dos profissionais e gestores a respeito do que deveria ser esse atendimento. Na UPA, atende-se majoritariamente situações de baixa gravidade, perfil de atendimento compreendido pelos atores como adequado à APS. Em contrapartida, as ESF possuem limitações para o exercício dessa função. Como consequência, ocorre a não priorização desse perfil de usuários em ambos os serviços. Ainda assim, a UPA acaba respondendo por uma grande parcela dessa demanda, provocando nos sujeitos das buscas a percepção de que são ainda mais preteridos pela APS, tendo como consequência a baixa confiança e credibilidade em relação ao atendimento na atenção primária.
Abstract: There is a growing demand for urgent and emergency services that are often not considered to correspond to the urgency character. On the other hand, the APS is singled out for remaining focused on preferentially “preventive and programmatic” actions, to the detriment of welcoming and attending to citizens affected by low-complexity acute conditions. In Brazil, 24-hour Emergency Care Units (UPA) had a great expansion from the year 2008, and despite the emphasis on the assistance and emergency services, it was formulated with the legal mission of composing a care complex linked to primary care. However, some evidence points to an informal and fragmented relationship between the "APS" and the UPA, especially in the conduct of less severe emergency care, which deserves further investigation. The objectives of the study were: To analyze the organizational dynamics established in the relationship between the Primary Health Care (APS) and 24-hour Emergency Care (UPA) units in the city of Petrolina-PE; Identify assistance flows and existing integration mechanisms between APS and UPA services; Analyze the attributions and competences of the APS and UPA in situations of low urgency; Characterize the determining factors in the choices of users between the search for emergency services and APS. This is a unique case study in a municipality of the Interstate Health Network of the Middle São Francisco Valley (PEBA Network), Northeastern Brazil. The primary sources of evidence were the information recorded in the researcher's field diary, data obtained through semi-structured interviews with professionals, managers and users of the 24h UPA and APS and, as secondary sources, documents from the State and Municipal Health and UPA. The information was processed with the help of the NVIVO software. Four dimensions of integration were adopted as categories of analysis based on the concept of 'integrated health system' proposed by Contandriopoulos: Clinical integration; Functional Integration; Systemic Integration and Normative Integration. The evidence produced indicates low integration between APS and UPA in the different dimensions studied. From the more operational elements, predominantly described in functional integration, to the more subjective elements, referred to in normative integration, they point out gaps for the effective integration between services. Furthermore, there is a mismatch between the profile of care related to low severity emergencies provided by the two levels of care and the “ideal view” of professionals and managers regarding what this care should be. In the UPA, mostly low severity situations are attended to, a service profile understood by the actors as adequate for APS. On the other hand, the ESF have limitations for exercising this function. As a result, this user profile is not prioritized in both services. Still, the UPA has just accounting for a large portion of this demand, causing the search subject in the perception that are even more unsuccessful by APS, resulting in low confidence and credibility in relation to services in primary care.
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde
Acesso aos Serviços de Saúde
Atendimento de Emergência
Integração dos Serviços de Saúde
Integração
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: ISC-UFBA
metadata.dc.publisher.department: Instituto de Saúde Coletiva - ISC
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)
Tipo de Acesso: Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazil
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38012
Data do documento: 26-Ago-2021
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