Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37784
Tipo: Tese
Título: A Escola de Belas Artes da Bahia: pintores esquecidos e consagrados 1889-1950
Autor(es): Silva, Anderson Marinho da
Primeiro Orientador: Freire, Luiz Alberto Ribeiro
metadata.dc.contributor.referee1: Freire, Luiz Alberto Ribeiro
metadata.dc.contributor.referee2: Cavalcanti, Ana Maria Tavares
metadata.dc.contributor.referee3: Leal, Maria das Graças de Andrade
metadata.dc.contributor.referee4: Pêpe, Suzane Tavares de Pinho
metadata.dc.contributor.referee5: Midlej, Dilson Rodrigues
Resumo: A tese versa sobre os motivos artísticos, políticos e institucionais que definiram o reconhecimento ou esquecimento dos pintores baianos na primeira metade do Século XX. Formados na Escola de Belas Artes da Bahia (EBAB), todos ensinaram desenho ou pintura em nosso estado e contribuíram com o desenvolvimento das artes baianas. Independente das diferenças estéticas adotadas e do nível artístico de cada pintor, todos gozaram de reconhecimento nas três primeiras décadas do Século passado. Na EBAB, o curso de arquitetura entrou em evidência na década de 1920, e um grupo de engenheiros formados na Politécnica assumiu a escola, em 1928, com a intenção de requalificar o curso de arquitetura, até então sem reconhecimento oficial. Ligado à ideologia modernista, o arquiteto foi o profissional eleito para direcionar o país na construção de uma nova identidade nacional, e os cursos de arquitetura formariam esses profissionais. Na EBAB, artistas acusaram os engenheiros de desviarem valores ligados do Legado Caminhoá, doação testamentária deixada para a escola pelo engenheiro Francisco Caminhoá, em 1915. As acusações levaram a conflitos entre artistas e engenheiros que resultaram na suspensão, demissão ou aposentadoria dos antigos professores artistas. Grandes nomes da arte baiana substituíram os afastados com a intenção de renovar a pintura e ocultar as acusações. A gestão dos engenheiros renovou a escola e conseguiu o apoio político necessário para reerguê-la, sendo anexada à Universidade da Bahia, em 1947. Os professores artistas que permaneceram ao lado dos engenheiros, auxiliando no projeto de modernização baiana, foram reconhecidos por nossa historiografia, enquanto os outros passaram a ser ocultados e, aos poucos, esquecidos. A celeuma entre os antigos artistas e engenheiros, o projeto de modernização da Bahia e a historiografia modernista baiana evidenciaram alguns pintores e excluíram outros, interferindo em suas vidas e também em suas memórias.
Abstract: This thesis addresses the artistic, political and institutional reasons that led to either the recognition or the oblivion of some Bahian painters in the first half of the 20th century. Graduated from the School of Fine Arts of Bahia (Escola de Belas Artes da Bahia - EBAB), all of those painters taught drawing or painting in the State of Bahia (Brazil) and contributed to the advancement of Bahian arts. Regardless of their different aesthetical approaches and artistic levels, all of those painters enjoyed recognition in the first three decades of the last century. The Architecture course at EBAB came to the forefront in the 1920s, and a group of engineers trained at the Polytechnic School took over the school in 1928, aiming at remodeling the Architecture course, which hadn’t had official recognition thus far. In keeping with the modernist ideology in place at that time, the architect was the professional chosen to lead the country towards building a new national identity, and Architecture courses were to train such professionals. At EBAB, artists accused the engineers of embezzling funds from the Caminhoá Legacy, a testamentary gift made to the school by the engineer Francisco Caminhoá in 1915, which led to conflicts between artists and engineers resulting in the suspension, dismissal or retirement of the senior artist teachers, who were replaced by renowned names in Bahian art with the intent of both renewing the art of painting and hiding the accusations. Managed by the engineers, the school was renewed and got the political support necessary to rebuild it, being then annexed to the University of Bahia in 1947. The artist teachers who remained alongside the engineers, thereby helping in the modernization project, were recognized by our historiography, while the others were hidden and gradually forgotten. The uproar between senior artists and engineers, the modernization project and the modernist historiography in Bahia highlighted some painters and excluded others, thus interfering in their lives and also in their memories.
Palavras-chave: Pintura baiana.
EBAB/UFBA.
Legado Caminhoá.
Memória e esquecimento.
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Escola de Belas Artes
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV )
Citação: SILVA, Anderson Marinho da. A Escola de Belas Artes da Bahia: pintores esquecidos e consagrados 1889-1950. 292 f. il. 2023. TESE (doutorado em Artes Visuais) – PPGAV – EBA/UFBA. 2023.
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37784
Data do documento: 22-Jun-2023
Aparece nas coleções:Tese (PPGAV)



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