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Tipo: Dissertação
Título: Determinantes sociais da saúde e fatores de risco para sífilis em mulheres de uma comunidade rural
Título(s) alternativo(s): Social determinants of health and risk factors for syphilis in women from a rural community
Autor(es): Mota, Georgiane Silva
Primeiro Orientador: Oliveira, Jeane Freitas de
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Palmeira, Catia Suely
metadata.dc.contributor.referee1: Oliveira, Jeane Freitas de
metadata.dc.contributor.referee2: Pires, Cláudia Geovana da Silva
metadata.dc.contributor.referee3: Paiva, Mirian Santos
metadata.dc.contributor.referee4: Suto, Cleuma Sueli Santos
Resumo: Os determinantes sociais da saúde são um conjunto de fatores que representam as particularidades dos indivíduos e compõem uma rede heterogênea de fatores que prejudicam, promovem ou protegem a saúde. Segundo o Ministério da Saúde, a sífilis continua ainda hoje um problema de saúde pública para o Brasil. Dentre seus fatores de risco em mulheres de comunidades rurais destacam-se: acesso restrito aos serviços de saúde, retardo no diagnóstico e intervenção precoce, relações sexuais desprotegidas e falta do conhecimento acerca da sífilis acarretando diretamente nos impactos sociais dessas mulheres e nos determinantes sociais da saúde no que diz respeito as desigualdades partindo das condições da vida cotidiana. Constitui-se como objetivos da pesquisa: identificar os determinantes sociais da saúde e os fatores de risco para a sífilis em mulheres de uma comunidade rural; verificar a associação entre os determinantes sociais da saúde e os fatores de risco para a sífilis em mulheres de uma comunidade rural. Trata-se de um estudo transversal realizado com 259 mulheres de uma comunidade rural de Camaçari-BA. Os dados foram coletados no período de julho de 2019 a janeiro de 2020, mediante aplicação de um formulário que contemplava as características sociodemográficas e condições de saúde geral. Para o processamento e análise dos dados utilizou-se o software estatístico SPSS, versão 21.0. A análise descritiva foi realizada mediante números absolutos e índices percentuais. Para verificar a associação entre os determinantes sociais da saúde e os fatores de risco para a sífilis foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson, considerando uma significância estatística quando p<0,05, e análise de regressão logística múltipla para determinar quais variáveis puderam ser consideradas preditoras para a sífilis. Houve predomínio de mulheres acima de 30 anos (61,4%), de cor preta/parda (89,2%), sem antecedentes pessoas de doenças crônicas (60,2%), com início da vida sexual acima dos 16 anos (57,7%), com 1 a 3 parceiros sexuais na vida (72,9%), que usavam métodos contraceptivos (67,6%), sem uso dos preservativos em todas as relações sexuais (62,2%), conheciam sobre a transmissão e prevenção de IST (89,8%), já gestaram (91,5%) e não abortaram (74,1%). Possuíam crença religiosa (75,7%), viviam com companheiro (71,4%), possuía filho (89,6%), não contavam com grupo de apoio (57,1%), tinha até o ensino fundamental (47,1%), exercia atividade remunerada (34,3%), residia em casa própria ou cedida (86,1%), recebia menos que um salário mínimo (33,7%), parcialmente dependente financeiramente de alguém (39,4%), não recebe auxílio governamental (51,4%) e acessam exclusivamente serviços de saúde públicos (53,3%). Identificou-se associação estatística significante entre: o uso de preservativos nas relações sexuais e o uso de métodos contraceptivos com a situação de moradia (p=0,03); número de dependentes da renda (p=0,01) e acesso aos serviços de saúde (p=0,03). Com relação ao conhecimento sobre a transmissão e prevenção de IST e crença religiosa (p=0,02) demonstrou associação significativa, assim como possuir filhos (p=0,02), escolaridade (p<0,01) e renda mensal (p=0,02). Os dados revelaram desigualdades sociais que podem interferir na saúde das mulheres rurais, portanto possibilita a ampliação de ações de saúde e estratégias no intuito de atender as necessidades da população.
Abstract: The social determinants of health are a set of factors that represent the particularities of individuals and make up a heterogeneous network of factors that harm, promote or protect health. According to the Health Ministry, syphilis remains as a public health problem for Brazil today. Among its risk factors in women from rural communities, the following stand out: restricted access to health services, delayed diagnosis and early intervention, unprotected sex and lack of knowledge about syphilis, directly affecting the social impacts of these women and the social determinants of health with regard to inequalities based on the conditions of daily life. The research objectives are: to identify the social determinants of health and the risk factors for syphilis in women from a rural community; to verify the association between social determinants of health and risk factors for syphilis in women from a rural area. This is a cross-sectional study conducted with 259 women from a rural community of Camaçari-BA. The data were collected from July 2019 to January 2020, by applying a form that contemplated sociodemographic characteristics and general health conditions. The SPSS statistical software, version 21.0, was used to process and analyze the data. Descriptive analysis was performed by using absolute numbers and percentage indices. To verify the association between social determinants of health and risk factors for syphilis, Pearson's Chi-square test was used, considering statistical significance when p <0.05, and multiple logistic regression analysis to determine which variables could be considered predictors of syphilis. There was a predominance of women over 30 years old (61.4%), black / brown (89.2%), with no previous history of chronic diseases (60.2%), with sexual onset after 16 years old (57.7%), with 1 to 3 sexual partners in life (72.9%), who used contraceptive methods (67.6%), without using condoms in all sexual relations (62.2%), knew about transmission and prevention of STIs (89.8%), have already gestated (91.5%) and have not aborted (74.1%). They had a religious belief (75.7%), lived with a partner (71.4%), had a child (89.6%), did not have a support group (57.1%), even had elementary school (47, 1%), engaged in paid activity (34.3%), resided in their own or ceded home (86.1%), received less than a minimum wage (33.7%), partially financially dependent on someone (39.4% ), does not receive government assistance (51.4%) and exclusively access public health services (53.3%). A statistically significant association was identified between: the use of condoms during sexual intercourse and the use of contraceptive methods with the housing situation (p = 0.03); number of income dependent (p = 0.01) and access to health services (p = 0.03). With regard to knowledge about the transmission and prevention of STIs and religious beliefs (p = 0.02), there was a significant association, as well as having children (p = 0.02), education (p <0.01) and monthly income (p = 0.02). The data revealed social inequalities that can interfere with the health of rural women, thus enabling the expansion of health actions and strategies in order to meet the needs of the population.
Palavras-chave: Mulheres
Sífilis
População rural
Determinantes sociais da saúde
Fatores de risco
Saúde da mulher
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Escola de Enfermagem
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Tipo de Acesso: CC0 1.0 Universal
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37395
Data do documento: 24-Fev-2021
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