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Tipo: Tese
Título: “É prohibida a venda e uso do pito do pango”: o proibicionismo da cannabis no Rio de Janeiro do século XIX
Autor(es): Souza, Jorge Emanuel Luz de
Primeiro Orientador: Sampaio, Gabriela dos Reis
metadata.dc.contributor.referee1: Sampaio, Gabriela dos Reis
metadata.dc.contributor.referee2: Agostini, Camilla
metadata.dc.contributor.referee3: Reginaldo, Lucilene
metadata.dc.contributor.referee4: Farias, Juliana Barreto
metadata.dc.contributor.referee5: Almeida, Marcos Abreu Leitão de
Resumo: O trabalho percorre diferentes espaços conectados pelo Atlântico onde se desenvolveu uma cultura da Cannabis para compreender os motivos que levaram à sua proibição pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro em 1830, ponto de partida de uma crescente condenação social da planta e seus usos no Brasil. Cidade em acelerada expansão urbana e demográfica, o Rio de Janeiro possuía grande população negra, cuja maioria cativa era africana banto proveniente das regiões centro-ocidental e oriental. Muitos povos dessas duas regiões do continente africano, bem como os europeus, se relacionavam há séculos, e de múltiplas formas, com as plantas Cannabis indica e Cannabis sativa. Havia um consumo cotidiano da Cannabis como droga psicoativa entre os escravizados das maiores nações africanas da Corte, conhecida como pito do pango ou apenas pango. A tese central desta pesquisa é a de que a proibição municipal de 1830 teve como alvo esse uso, especificamente, devido ao receio dos seus efeitos psicoativos sobre os africanos, em um contexto de recrudescimento do controle sobre as populações negras na cidade. Além disso, demonstra-se que esse processo estava profundamente conectado ao ideário proibicionista que vinha sendo construído através do contato entre os europeus e as culturas da Cannabis de africanos e asiáticos a partir do século XVI.
Abstract: The work travels through different spaces connected by the Atlantic where a culture of Cannabis was developed to understand the reasons that led to its prohibition by the City Council of Rio de Janeiro in 1830, the starting point of a growing social condemnation of the plant and its uses in Brazil. A city undergoing rapid urban and demographic expansion, Rio de Janeiro had a large black population, the majority of which were Bantu Africans from the central-western and eastern regions. Many peoples of these two regions of the African continent, as well as Europeans, have been related for centuries, and in multiple ways, with the plants Cannabis indica and Cannabis sativa. There was a daily consumption of Cannabis as a psychoactive drug among the enslaved of the largest African nations of the Court, known as pito do pango or just pango. The central thesis of this research is that the municipal prohibition of 1830 targeted this use, specifically, due to the fear of its psychoactive effects on Africans, in a context of increased control over black populations in the city. Furthermore, it is shown that this process was deeply connected to the prohibitionist ideology that was being built through the contact between Europeans and African and Asian cannabis cultures from the 16th century onwards.
Palavras-chave: Cannabis culture
Uso psicoativo
África Central
Raça
Proibicionismo
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) 
Citação: SOUZA, Jorge Emanuel Luz de. “É prohibida a venda e uso do pito do pango": o proibicionismo da cannabis no Rio de Janeiro do século XIX. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-Graduação em História. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2022, 218.
Tipo de Acesso: Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37201
Data do documento: 27-Mai-2022
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