Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36297
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.creatorEsteves, Ana Camila de Souza-
dc.date.accessioned2022-11-18T14:04:14Z-
dc.date.available2022-11-18T14:04:14Z-
dc.date.issued2022-07-15-
dc.identifier.citationESTEVES, Ana Camila de Souza. “Da África para o Mundo”: os dilemas da produção e da difusão dos cinemas africanos para audiências globais a partir da entrada da Netflix na Nigéria. 2022. 214 f. Tese (Doutorado em Comunicação e Cultura Contemporâneas) – Faculdade de Comunicação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2022.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufba.br/handle/ri/36297-
dc.description.abstractThis thesis aims to understand how Netflix's foray as an agent for the diffusion of audiovisual content triggers the African cinemas regarding the very idea of “films from Africa” for “global audiences” from its association with Nollywood – as Nigeria’s audiovisual industry is known. To do so, I follow Pierre Bourdieu’s (1996) theoretical-methodological guidelines and his notion of field as a social space where struggles are taken to obtain recognition and occupy dominant positions, to contextualize Nollywood and its main agents in dispute within the scope of production and diffusion of films in Nigeria. By placing Netflix as a new impact agent in this scenario, I identify its position in a field of power over New Nollywood and argue that the company builds a curatorship (LOTZ, 2017) of “African content” for global audiences from a collection of films (SOUTO, 2020) licensed as “originals”. Therefore, I analyze the core of Netflix as a multinational service (LOTZ, 2021) to understand how the portal undertakes a global project on local stories (MIGNOLO, 2020), ultimately exercising the coloniality of power (MALDONADO-TORRES, 2018; MIGNOLO, 2020; QUIJANO, 2000). Finally, I look at how these struggles are reflected in the narratives and styles of the first three Nigerian films licensed as originals by Netflix: Lionheart (by Genevieve Nnaji, 2018), Òlòtūré (by Kenneth Gyang, 2019) and Citation (by Kunle Afolayan, 2020), with special attention to the social positions occupied by the Nigerian agents involved in the production of these works and their relationship with Netflix as a new distribution agent. The analysis of the three films reveals the type of African narratives with which Netflix seeks to associate itself (classic narrative films, mostly spoken in English and with plots revolving around contemporary African women in vulnerable situations), indicating which is the company’s curatorial gesture on Africa, reiterating Western stereotypes about the continent and its place of power and control over images of Africa for global audiences. With the theoretical support of Achille Mbembe (2019), Felwine Sarr (2019) and Valentin-Yves Mudimbe (2019), I discuss the controversy surrounding the construction of images of Africa from Western approaches, which helps to clarify the coloniality that operates in the relations between Africa and Netflix. The research path reveals how the company’s global project on Nigerian cinema ended up bringing it closer to the logic of other African countries, whose dependence on European countries prevents the field of African cinemas from having autonomy. This homology reveals, therefore, that Netflix reinforces the relationship of economic power between the West and Africa, while at the same time removing New Nollywood from its place of autonomy and dissent.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal da Bahiapt_BR
dc.subjectCinema africano - Nigériapt_BR
dc.subjectCinema - Nigéria - Distribuiçãopt_BR
dc.subjectNetflixpt_BR
dc.subjectIndústri cinematográfica - Nigériapt_BR
dc.subjectNollywoodpt_BR
dc.subjectColonialidadept_BR
dc.subject.otherAfrican cinemapt_BR
dc.subject.otherColonialitypt_BR
dc.subject.otherNetflixpt_BR
dc.subject.otherNigeriapt_BR
dc.subject.otherNollywoodpt_BR
dc.title"Da África para o mundo": os dilemas da produção e da difusão dos cinemas africanos para audiências globais a partir da entrada da Netflix na Nigéria.pt_BR
dc.title.alternative“From Africa to the World”: the dilemmas of producing and distributing African cinemas to global audiences from Netflix’s foray in Nigeria.pt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas ( POSCOM) pt_BR
dc.publisher.initialsUFBApt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAOpt_BR
dc.contributor.advisor1Serafim, José Francisco-
dc.contributor.referee1Meleiro, Alessandra-
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1295602368246392pt_BR
dc.contributor.referee2Tedesco, Marina Cavalcanti-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/4477543150852748pt_BR
dc.contributor.referee3Santos, Maíra Bianchini dos-
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/9121560227805932pt_BR
dc.contributor.referee4Oliveira, Jusciele Conceição Almeida de-
dc.contributor.referee4Latteshttp://lattes.cnpq.br/4280130963754565pt_BR
dc.contributor.referee5Serafim, José Francisco-
dc.creator.IDhttps://orcid.org/0000-0001-6175-0284pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/1003712118917180pt_BR
dc.description.resumoEsta tese tem como objetivo compreender de que forma a entrada da Netflix como agente de difusão de conteúdos audiovisuais mobiliza os cinemas africanos no que tange à própria ideia de “cinemas da África” para “audiências globais”, a partir da associação da empresa com Nollywood – como é conhecida a indústria audiovisual da Nigéria. Para tanto, sigo as orientações teórico-metodológicas de Pierre Bourdieu (1996) e sua noção de campo como um espaço social onde disputas são travadas para obter reconhecimento e ocupar espaços dominantes, no intuito de contextualizar Nollywood e seus principais agentes em disputa nos âmbitos da produção e da difusão de filmes no país. Ao situar a Netflix como um novo agente de impacto nesse cenário, identifico sua posição em um campo de poder sobre a Nova Nollywood e defendo que a empresa constrói uma curadoria (LOTZ, 2017) de “conteúdo africano” para públicos globais a partir de uma coleção de filmes (SOUTO, 2020) licenciados como “originais”. Analiso, portanto, a atuação da Netflix enquanto um serviço multinacional (LOTZ, 2021) para compreender como o portal empreende um projeto global sobre histórias locais (MIGNOLO, 2020), exercendo, em última instância, a colonialidade do poder (MALDONADO-TORRES, 2018; MIGNOLO, 2020; QUIJANO, 2000). Por fim, observo como essas disputas se refletem nas narrativas e nos estilos dos três primeiros filmes nigerianos licenciados como originais pela Netflix: Lionheart (dirigido por Genevieve Nnaji, 2018), Por Uma Vida Melhor (de Kenneth Gyang, 2019) e A Lição de Moremi (de Kunle Afolayan, 2020), com especial atenção ao lugar ocupado pelos agentes nigerianos envolvidos na produção dessas obras e suas relações com a Netflix enquanto nova agente de difusão. A análise dos três filmes revela o tipo de narrativas africanas ao qual a Netflix busca se associar (filmes de narrativa clássica, majoritariamente falados em inglês e dotados de tramas que giram em torno de mulheres africanas contemporâneas em situação de vulnerabilidade), indicando o gesto curatorial da empresa sobre a África e reiterando estereótipos ocidentais sobre o continente e seu lugar de poder e de controle sobre as imagens de África para audiências globais. Com o suporte teórico de Achille Mbembe (2019), Felwine Sarr (2019) e Valentin-Yves Mudimbe (2019), discuto a controvérsia em torno da construção de imagens da África a partir de abordagens ocidentais, o que ajuda a esclarecer a colonialidade que opera nas relações entre África e Netflix. O caminho de pesquisa revela como o projeto global da empresa sobre o cinema nigeriano acaba por aproximar este da lógica dos outros países africanos, cuja dependência dos países da Europa impede que o campo dos cinemas africanos tenha autonomia. Essa homologia revela, portanto, que a Netflix reitera a relação de poder econômico entre o Ocidente e a África, ao mesmo tempo em que destitui a Nova Nollywood do seu lugar de autonomia e dissidência.pt_BR
dc.publisher.departmentFaculdade de Comunicaçãopt_BR
dc.type.degreeDoutoradopt_BR
Aparece nas coleções:Tese (PÓSCOM)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese Ana Camila Esteves DEPÓSITO FINAL_.pdfTese Ana Camila Esteves2,95 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.