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Tipo: Artigo de Periódico
Título: Vulnerabilidade racial e barreiras individuais de mulheres em busca do primeiro atendimento pós-aborto
Autor(es): Goes, Emanuelle Freitas
Menezes, Greice Maria de Souza
Almeida, Maria da Conceição Chagas de
Araújo, Thália Velho Barreto de
Alves, Sandra Valongueiro
Alves, Maria Teresa Seabra Soares Britto e
Aquino, Estela Maria Motta Lima Leão de
Autor(es): Goes, Emanuelle Freitas
Menezes, Greice Maria de Souza
Almeida, Maria da Conceição Chagas de
Araújo, Thália Velho Barreto de
Alves, Sandra Valongueiro
Alves, Maria Teresa Seabra Soares Britto e
Aquino, Estela Maria Motta Lima Leão de
Abstract: As desigualdades sociais no Brasil se refletem na busca por atenção pelas mulheres com abortamento, as quais enfrentam barreiras individuais, sociais e estruturais, expondo-as a situações de vulnerabilidades. São as negras as mais expostas a essas barreiras, desde a procura pelo serviço até o atendimento. O estudo objetivou analisar os fatores relacionados às barreiras individuais na busca do primeiro atendimento pós-aborto segundo raça/cor. A pesquisa foi realizada em Salvador (Bahia), Recife (Pernambuco) e São Luís (Maranhão), Brasil, com 2.640 usuárias internadas em hospitais públicos. Foi realizada regressão logística para análise das diferenças segundo raça/cor (branca, parda e preta), considerando-se “não houve barreiras individuais na busca pelo primeiro atendimento” como categoria de referência da variável dependente. Das entrevistadas, 35,7% eram pretas, 53,3% pardas e 11% brancas. Mulheres pretas tinham menor escolaridade, menos filhos e declararam mais o aborto como provocado (31,1%), após 12 semanas de gestação (15,4%). Relataram mais barreiras individuais na busca pelo primeiro atendimento (32% vs. 28% entre pardas e 20,3% entre brancas), tais como o medo de ser maltratada e não ter dinheiro para o transporte. Na regressão, confirmou-se a associação entre raça/cor preta e parda e barreiras individuais na busca de cuidados pós-aborto, mesmo após o ajuste por todas as variáveis selecionadas. Os resultados confirmam a situação de vulnerabilidade das pretas e pardas. A discriminação racial nos serviços de saúde e o estigma em relação ao aborto podem atuar simultaneamente, retardando a ida das mulheres ao serviço, o que pode configurar uma situação limite de maior agravamento do quadro pós-abortamento.
Palavras-chave: Vulnerabilidade Social
Racismo
Aborto
Atenção à Saúde
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Fiocruz
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34465
Data do documento: 2020
Aparece nas coleções:Artigo Publicado em Periódico Nacional (ISC)

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