Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/27544
Tipo: Tese
Título: De Minotauro a Asterion: transmutações do prisioneiro do labirinto entre os séculos XIV e XX
Autor(es): Tavares, Daniella Amaral
Autor(es): Tavares, Daniella Amaral
Abstract: Esta tese contempla o estudo de cinco releituras sobre a figura tradicional do Minotauro, presentes nas seguintes produções: o Canto XII do Inferno (século XIV), de Dante Alighieri; o esboço a óleo Dédalo e o Minotauro (1636), de Peter Paul Rubens; a ilustração de Gustave Doré para o Inferno dantesco, intitulada O Minotauro (1861); o texto infanto-juvenil O Minotauro (1939), de Monteiro Lobato, e o conto ―A Casa de Asterion‖ (1949), de Jorge Luis Borges. Com isto, objetiva-se analisar como o uso, seja da estilização, ou da paródia, aproximou o Minotauro do que a Antiguidade concebe como natureza humana e o afastou dos seus elementos constitutivos tradicionais. Para tanto, são tomados como balizadores, a taxonomia de Gérard Genette sobre as relações intertextuais, os estudos sobre a paródia e estilização em Sant‘Anna, Hutcheon e Bakhtin e, uma vez que a análise dos diálogos entre literatura e imagem é mediada pelos contextos histórico-culturais e questões ideológicas, considera-se igualmente a noção de tradução intersemiótica, a partir de Jakobson, e as discussões de Lefevere e Even-Zohar acerca das reescrituras e seus contextos de produção. A partir desta pesquisa, observou-se que, sendo o Minotauro um ser de fronteira entre o humano e o não humano, suas transformações perpetuam sua instabilidade, assim como a possibilidade, peculiar aos personagens míticos, de serem múltiplos, sem perderem de todo a conexão com suas fontes mais remotas.
The thesis enquiries into the study of the classical Minotaur and its reinterpretations in five different productions: the Canto XII of Inferno (14th century), by Dante Alighieri; the sketch named Daedalus and the Minotaur (1636), oil on canvas by Peter Paul Rubens; the artwork painted by Gustave Doré for Dante‘s Inferno, The Minotaur (1861); Monteiro Lobato‘s text for children, also The Minotaur (1939), and the short story ―A Casa de Asterion‖ (1949), written by Jorge Luis Borges. The study aims to analyze in which ways the use of either stylization or parody brought the Minotaur closer to what it was envisioned by antiquity as human nature and rejected its traditional constituent elements. Hence the taxonomy of Gérard Genette is used as a reference to transtextuality, along with Sant‘Anna‘s, Hutcheon and Bakhtin studies on stylization, and parody. Since literature and image are correlated, the analysis is embedded in historical and cultural contexts, as well as ideological questions, Jakobson‘s ideas on semiotic translation are mentioned, additionally the analysis of Lefevere and Even-Zohar on rewritings and its production contexts are also used. This research indicates that The Minotaur is a being in the borderline between what is human and non-human, therefore, its transformations preserve its instability, along with the unique characteristic of being multiple without failing to keep its connection with a distant origin, as all the mythical creatures do.
Palavras-chave: Minotauro
Releitura
Monstro
Dante
Rubens
Doré
Lobato
Borges
CNPq: Letras
País: Brasil
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27544
Data do documento: 28-Set-2018
Aparece nas coleções:Tese (PPGLITCULT)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
daniella_amaral_tese.pdf5,07 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.