Impacto do treino respiratório em pacientes com disfagia neurogênica: revisão da literatura

Abstract

Os pacientes neurológicos que sofrem com a disfagia encontram-se expostos ao grande risco de complicações pulmonares. A perda da força respiratória pode causar uma ineficiência da tosse e alteração do grupo muscular submentual com consequente diminuição da elevação do complexo hiolaríngeo. Este quadro pode então resultar em penetração laríngea e/ou aspiração traqueal assim como ineficiência na limpeza/expulsão de corpos estranhos da via aérea. Com isso o treinamento muscular respiratório tem apresentado eficácia em funções da tosse, deglutição e proteção das vias aéreas, acarretando, deste modo, na reabilitação/prevenção da disfagia. Objetivos: Este trabalho busca descrever os benefícios dos exercícios respiratórios a partir de treinos inspiratório e expiratório para pacientes que sofrem de disfagia neurogênica. Metodologia: Trata-se de um estudo de Revisão de Literatura, de caráter quantitativo, de 2002 a 2017. Resultados: Nos estudos analisados é possível verificar a efetividade do treino respiratório de modo a observar melhoras no grupo submentual. Consequentemente, há um aumento da elevação da musculatura hióidea e a melhora do pico da pressão expiratória máxima, ocasionando a eficácia em funções como tosse e limpeza de via aérea. Observou-se também a diminuição do escore de penetração e aspiração e uma melhora na função da deglutição. Conclusão: O treino muscular respiratório apresenta melhora efetiva em grupos musculares associados à respiração e à deglutição. Esta evolução, consequentemente provoca um progresso na função da deglutição, se tornando uma técnica interessante para a terapêutica em pacientes com disfagia neurogênica.