Repositorio Dspace

Musicalentar, mulheres negras em movimento: uma etnomusicologia negra multissituada em Salvador/BA

Mostrar el registro sencillo del ítem

dc.creator Nascimento, Gabriela do Nascimento Gabriela
dc.date.accessioned 2025-05-21T12:49:18Z
dc.date.available 2025-05-21T12:49:18Z
dc.date.issued 2024
dc.identifier.uri https://repositorio.ufba.br/handle/ri/42083
dc.description.abstract This doctoral thesis in ethnomusicology is an autoethnography (MAIA, Suzan; BATISTA, 2020) aims to understand, through ethnographic work, the sound-musical processes that encompass and imprison female bodies, the vast majority of whom are black, in distinct territories. The first space refers to the Mata Escura Women's Penitentiary Complex, in Salvador/BA, where I conducted my research with four women, aged 35 to 53, who are serving prison sentences in the “safe” pavilion of the aforementioned penitentiary. The second territory encompasses different spaces and makes references to the black singer of the Afro block, Karina Neres, aged 53, and myself. Of the six women I chose to discuss, four are black and two are non-black. I chose to address these interlocutors, having as research problems the territorial, cultural and structural imprisonments concomitantly with the social violence inherent not only to this prison space, but also in relation to the difficulties existing in musical territories that make us, black singers, see ourselves imprisoned in a context of social invisibility, prejudice, machismo and social stereotypes, imposed by society.To this end, I use multi-sited ethnography (Marcus, 1995) as a way of describing and analyzing these movements, especially those of singer Karina Neres and myself, who circulated in different places during the research. This fact does not differentiate us from the other interlocutors, since our lives intersect due to the ethnic and social conditions inherent to our skin color. In this sense, in my work I sought to understand how these women perceive the processes of sounds, music, poetry, musical memories, perception of themselves and others in different contexts. For these reasons, and as a feedback from a feminist, black and engaged ethnomusicology, I propose the concept of Feminine Musicalentar based on pedagogies experienced and co-created within the scope of Feminaria Musical: a research and sound experiments group, of which I have been a member since 2020, especially with regard to the understanding of music/sound experiments and voice/singing as a tool for healing and Well-Being (theme of the 1st March of Black Women) for all women as a human right, without distinction. Through participant observation, field diaries, interviews, image records, conversation circles, writings and reflections on the lives of these women, I will seek to elucidate the role of music in the reconstruction and identity affirmation of these female bodies and to compose my theoretical basis, having as main references the authors: Jon Lomax (1936); Jason Benjamin (2010); Laila Rosa (2013); Nana Queiroz (2015); Noemi Viana (2015); Angela Davis (2018); Juliana Borges (2019); Ossimar Franco (2021) among other researchers who help us think about ethnomusicology in different territories with and from music and sound. These perceptions will be interpreted through the writings and memories of these six collaborators. The aforementioned research, in multiple fields, national, international and virtual, was carried out between April two thousand and twenty-two and November two thousand and twenty-three. pt_BR
dc.language por pt_BR
dc.publisher Universidade Federal da Bahia pt_BR
dc.rights Acesso Aberto pt_BR
dc.subject etnomusicologia negra e feminismo; música; sonoridade; Musicalentar; superação; cura. pt_BR
dc.subject.other black ethnomusicology and feminism; music; sonority; musical practice; ove pt_BR
dc.title Musicalentar, mulheres negras em movimento: uma etnomusicologia negra multissituada em Salvador/BA pt_BR
dc.type Tese pt_BR
dc.publisher.program Programa de Pós-Graduação em Música (PPGMUS) pt_BR
dc.publisher.initials UFBA pt_BR
dc.publisher.country Brasil pt_BR
dc.subject.cnpq CNPQ::CIENCIAS HUMANAS pt_BR
dc.contributor.advisor1 Rosa Laila, Laila Rosa
dc.contributor.advisor-co1 Acosta Pedro, Pedro Acosta
dc.contributor.referee1 Rosa Laila, Laila Rosa
dc.contributor.referee2 Santos Eurides, Eurides Santos
dc.contributor.referee3 Lago Jorgete, Jorgete Lago
dc.contributor.referee4 Carneiro Anni, Anni Carneiro
dc.contributor.referee5 Almeida Eliane, Eliane Almeida
dc.creator.Lattes https://lattes.cnpq.br/0435668970149734 pt_BR
dc.description.resumo A presente tese de doutorado em etnomusicologia é uma autoetnografia (MAIA, Suzana; BATISTA, 2020) e pretende compreender, através de um trabalho etnográfico, os processos sonoro-musicais que englobam e aprisionam corpos femininos das mulheres, em sua grande maioria de pele negra, em territórios distintos. O primeiro espaço refere-se ao Conjunto Penitenciário Feminino da Mata Escura, em Salvador (BA), onde realizei minha pesquisa com quatro mulheres, na faixa etária dos 35 aos 53 anos, que cumprem sentenças prisionais, no pavilhão do “seguro”, na referida penitenciária. O segundo território engloba espaços diversos e faz referências à cantora negra de bloco afro, Karina Neres, de 53 anos, e eu. Das seis mulheres que escolhi para dissertar sobre quatro são negras e duas não negras. Escolhi abordar sobre tais interlocutoras, tendo como problemas de pesquisa os aprisionamentos territoriais, culturais e estruturais concomitantemente às violências sociais inerentes não só a este espaço prisional, mas também em relação às dificuldades existentes em territórios musicais que fazem com que nós, cantoras negras, nos vejamos aprisionadas em um contexto de invisibilidade social, preconceito, machismo e estereótipos sociais, impostos pela sociedade. Para tanto, faço uso da etnografia multissituada (Marcus, 1995) como forma de descrição e análises desses movimentos, em especial da cantora Karina Neres e o meu, que durante a pesquisa circulamos em locais distintos. Fato que não nos difere das demais interlocutoras, visto que nossas vidas se entrecruzam pela condição étnico, social inerentes a nossa cor da pele. Nesse sentido, em meu trabalho procurei entender como essas mulheres percebem os processos das sonoridades, músicas, poesias, memórias musicais, percepção de si mesmas e do outro em diferenciados contextos. Por estas razões, e como devolutiva de uma etnomusicologia feminista, negra e engajada, proponho o conceito do Musicalentar Feminino a partir de pedagogias vivenciadas e co-criadas no âmbito da Feminaria Musical: grupo de pesquisa e experimentos sonoros, do qual sou integrante desde 2020, sobretudo no que se refere à compreensão da música/experimentos sonoros e da voz/canto como ferramenta de cura e de Bem Viver (tema da I Marcha das Mulheres Negras) para todas as mulheres como direito humano, sem distinção. Através da observação participante, diários de campo, entrevistas, registros de imagens, rodas de conversas, escritas e reflexões sobre a vida dessas mulheres, buscarei elucidar qual o papel da música na reconstrução e afirmação identitária desses corpos femininos e para compor o meu lastro teórico. Esta pesquisa tem como principais referenciais, os autores: Jon Lomax (1936); Jason Benjamin (2010); Laila Rosa (2013); Nana Queiroz (2015); Noemi Viana (2015); Angela Davis (2018); Juliana Borges (2019); Ossimar Franco (2021), entre outros pesquisadores(as) que nos ajudam a pensar a etnomusicologia em diversos territórios com e a partir da música e da sonoridade. Essas percepções serão interpretadas através das escrevivências e memórias dessas seis colaboradoras. Tais pesquisas, em múltiplos campos, nacionais, internacionais e virtuais, foram realizadas nos períodos entre abril de 2022 e novembro de 2023. pt_BR
dc.publisher.department Escola de Música pt_BR
dc.type.degree Doutorado pt_BR


Ficheros en el ítem

Este ítem aparece en la(s) siguiente(s) colección(ones)

Mostrar el registro sencillo del ítem