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Curandeiria Artística: insurgência e encantamento criativos numa trans-versia poético curadora em tempos de tormenta

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dc.creator Lima, Luciana Accioly
dc.date.accessioned 2025-04-24T19:43:50Z
dc.date.available 2025-04-24
dc.date.available 2025-04-24T19:43:50Z
dc.date.issued 2023-12-18
dc.identifier.uri https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41880
dc.description.abstract Based on the assumption that curatorship can be experienced as procedural poetics, Curanderia Artística (a play of words that relates curatorship to shamanic healing) names a contemporary curatorial poetics in its inseparable relationship with ancestry, here examined in its eminently creative dimension. It is a study on the nature of creativity manifested in a trajectory in action, constructed on the move, with creative insurgence and enchantment, founded on the consecration of encounters with artists, colleagues, professors, collectives, social movements, etc. In times of social isolation imposed by the Covid-19 pandemic, many of the encounters are consecrated here with a re-creative memory whose healing ethics/aesthetics was constructed in a time that dances. At the beat of songs of a performative exile from Brazil lived in Chiapas,Mexico, during the Bolsonaro administration, the journey narrated here traverses the autonomous and rebellious territories that the Zapatista movement has been building since the armed uprising in 1994. Implicated in a path of Zapatista transformation, the author of this dissertation defines herself as an insurgent scholar involved in a decolonizing academic insurgency, who, in an attempt to reenchant the academic experience, performatively renounces to the title of doctor, preferring instead that of “artistic healer.” Remnants of an academic/professional trajectory become traces of a wandering journey that, in an effort to construct a form of contemporary oneirism, resorts to poetic delirium in tempestuous times. The term “tempest” derives from the analyses and diagnoses of the Zapatista movement, which asserts that we are before an eminent collapse of the capitalist system, embodied in colonial and patriarchal epistemological edifices. Tempestuous times resonates here with “traumatic times,” based on a reinterpretation of the psychoanalytical theory of trauma, whose paradox we explore. Since traumatic experiences cannot be narrated (since the rupture of the symbolic exposes the real as unrepresentable), resorting to creativity is both insurgent and necessary in order to bear witness to the malaise of our times and to cure it. Resorting to creative ecstasy and performative trance, in the vitality of its expression in the form of a possessed body, the strong experience narrated here traverses heterogeneous dimensions of the human experience, wavering between the fields of the sacred, the erotic, and the poetic. The French philosophers Georges Bataille and Henri Bergson, anthropophagically devoured, are important allies, but it is Dante Galeffi’s philosophy of the “proper and appropriate” which consubstantiates the creative guerrilla proposed here. pt_BR
dc.language por pt_BR
dc.publisher Universidade Federal da Bahia pt_BR
dc.rights Acesso Aberto pt_BR
dc.subject Curadoria artística insurgência pt_BR
dc.subject Poética processual pt_BR
dc.subject Natureza da criatividade pt_BR
dc.subject Encantamento pt_BR
dc.subject Zapatismo pt_BR
dc.subject.other artistic curatorship zapatismo pt_BR
dc.subject.other procedural poetics pt_BR
dc.subject.other nature of creativity pt_BR
dc.subject.other insurgency pt_BR
dc.subject.other enchantment pt_BR
dc.subject.other zapatismo pt_BR
dc.title Curandeiria Artística: insurgência e encantamento criativos numa trans-versia poético curadora em tempos de tormenta pt_BR
dc.type Tese pt_BR
dc.publisher.program Programa de Pós-Graduação Multidisciplinar e Multi-institucional em Difusão do Conhecimento (DMMDC)  pt_BR
dc.publisher.initials UFBA pt_BR
dc.publisher.country Brasil pt_BR
dc.subject.cnpq CNPQ::CIENCIAS HUMANAS pt_BR
dc.contributor.advisor1 Viana Neto, Joaquiam Antonio Rodrigues
dc.contributor.advisor2 Galeffi, Dante Augusto
dc.contributor.referee1 Oliveira, Urania Auxiliadora Santos Maia de
dc.contributor.referee2 Gondim, Raoni Carvalho
dc.contributor.referee3 Serrano, Leonardo José Sebiane
dc.contributor.referee4 Galeffi, Dante Augusto
dc.contributor.referee5 Viana Neto, Joaquim Antonio Rodrigues
dc.creator.Lattes http://lattes.cnpq.br/2987013828689245 pt_BR
dc.description.resumo Partindo do pressuposto de que a atividade curatorial pode ser vivenciada enquanto poética processual, Curandeiria Artística nomeia uma poética curatorial contemporânea na sua indissociável relação com a ancestralidade, aqui indagada na sua dimensão eminentemente criativa. Trata-se de um estudo sobre a natureza da criatividade manifestada num percurso que se faz fazendo, em ato, com insurgência e encantamento criativos, a partir da (com)sagração dos encontros com artistas, colegas, professores, coletivos, movimentos sociais, etc. Em tempos de isolamento social imposto pela pandemia do Covid-19, muitos dos encontros são aqui (com)sagrados pela memória re-criadora, cuja ética-estética curandeira se constrói num tempo que dança. Ao som de canções de um exílio performático do Brasil vivenciado em Chiapas-México durante a assunção do bolsonarismo, a trans-versia aqui narrada passa pelos territórios autônomos e rebeldes soerguidos pelo movimento Zapatista a partir da insurgência armada de 1994. Embalada por um devir-zapatista, a autora desta tese se auto define acadêmica insurgente na via de uma insurgência acadêmica descolonizadora, que, no intento de re-encantar a experiência acadêmica, abdica performaticamente ao título de doutora optando pela autotitulação de “curandeiria artística”. Restos de uma trajetória acadêmica-profissional se fazem rastros de um trans-versia errante que, no esforço de construir um onirismo contemporâneo, apela para devaneios e delírios poéticos em tempos tormentosos. O termo “tormenta” é apropriado das análises e dos diagnósticos do movimento Zapatista que afirma estarmos diante do eminente colapso do sistema capitalista, consubstanciado nos edifícios epistemológicos coloniais e patriarcais. Tempos tormentosos se confundem nesta construção com a denominação “tempos traumáticos”, a partir de uma apropriação da teoria psicanalítica do traumático, cujo paradoxo é aqui explorado. Se, por um lado, a experiência traumática em si não pode ser narrada (já que ao esgarçar o simbólico expõe o real enquanto impossibilidade de representação), o apelo à criatividade se faz insurgente e necessário para que o mal-estar dos nossos tempos seja testemunhado e curado. Apelando para o êxtase criativo e para o transe performático, na vitalidade da sua manifestação em ato a partir da assunção de um corpopossesso, a experiência-forte aqui testemunhada trans-versa dimensões heterógenas da experiência humana, indecisas entre os campos do sagrado, do erotismo e da poesia. Os filósofos franceses Georges Bataille e Henri Bergson, deglutidos antropofagicamente, são importantes aliados, entretanto, é a filosofia do próprio apropriado de Dante Galeffi que consubstancia a guerrilha criativa aqui proposta. pt_BR
dc.publisher.department Faculdade de Educação pt_BR
dc.type.degree Doutorado pt_BR


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