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No presente trabalho discutem-se os desdobramentos que o autoconhecimento,
obtido através da prática do Yoga, especificamente nas modalidades Hatha Yoga e
Vinyasa Flow, pode ter na alteração dos estados psicofísicos e, consequentemente,
na expressividade de artistas em cena. A investigação tem como base metodológica
a abordagem da prática como pesquisa desenvolvida a partir de experimentações
artístico-criativas pessoais e com outros artistas, em torno da seguinte questão: em
que medida o conhecimento de si, obtido a partir da prática do Yoga, pode contribuir
para o processo de expressão artística? O trabalho aborda aspectos técnicos e
filosóficos do Yoga, considerando-se a linhagem filosófica tântrica clássica,
apresenta os princípios do Yoga diretamente aplicados na pesquisa cênico-criativa
(Asanas, Pranayamas, Prana e Chackras) e discute a experiência de artistas teatrais
que se apoiaram no Yoga para o desenvolvimento do seu pensamento e criação
artísticos, como Viola Spolin, Yoshi Oida, Constantin Stanislavski, Anne Bogart e
Tina Landau. As experiências práticas teatrais geradas na pesquisa são analisadas
a partir dos cinco atos divinos da dança de Shiva Nataraja (criação, necessidade de
não temer, destruição, encobrimento e graça), enraizados nos princípios da
presença no aqui e agora e no fluxo respiração–movimento. A alteração nos estados
psicofísicos dos artistas em seus processos criativos, a partir da prática do Yoga, é
discutida como experiência de êxtase, considerado não como ponto de chegada,
mas como caminho de experimentação e descoberta das manifestações conscientes
individuais e criativas. |
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