Resumen:
A demanda crescente da sociedade moderna pelos procedimentos odontológicos de caráter estético tem encontrado
resposta na odontologia mediante a opção pelo clareamento dental, seja através de géis auto-aplicáveis ou de exclusiva
competência profissional, foto-ativados ou não pelo led ou laser/led, seja incorporados à formulação de dentifrícios.
Aparentemente menos agressivos às estruturas mineralizadas, os produtos clareadores disponíveis no mercado contêm
peróxido de hidrogênio, peróxido de carbamida e perborato de sódio, sendo esse último indicado para a realização de
clareamentos endógenos em dentes despolpados. Na concentração de 10%, auto-aplicável, o peróxido de carbamida é
considerado padrão “ouro” pela FDA. O surgimento de lesões na morfologia do esmalte, em particular a hipersensibilidade,
tem justificado, inclusive, a flúor-terapia e a aplicação do laser infravermelho, dentre outros procedimentos. Não é
consensual, entre os pesquisadores, se a severidade das lesões detectadas microscopicamente na superfície do esmalte
dental, em decorrência da ação desses produtos, tem relevância clínica. O objetivo deste artigo é discutir os efeitos, sobre
o esmalte dental humano, da aplicação de produtos que contêm peróxido de hidrogênio, peróxido de carbamida,
agentes clareadores que integram dentifrícios e géis.