Phase-feeding crude protein in feedlot diets for crossbreed Santa Ines lambs

Abstract

Dois experimentos foram conduzidos para avaliar os efeitos da redução do teor de proteína bruta (PB) na dieta e também os efeitos da alimentação alternada de PB nas dietas sobre a ingestão de nutrientes, digestibilidade aparente, fermentação ruminal, excreção e retenção de nitrogênio (N), síntese microbiana de proteínas, desempenho animal, características de carcaça e composição de ácidos graxos do tecido muscular de ovinos Santa Inês. Utilizaram-se quarenta ovinos cruzados Santa Inês, com dois meses e peso corporal inicial de 15,6 ± 1,6 kg no primeiro ensaio. O período experimental durou 70 dias, divididos em dois períodos de 35 dias cada. A fase de alimentação inicial (IFF) ocorreu durante os primeiros 35 dias do período de confinamento, em que todos os animais foram distribuídos aleatoriamente para dois níveis de proteína bruta (PB) na dieta (130 ou 150 g / kg MS). A fase de alimentação final (FPF) ocorreu entre o 36º ao 70º dia de confinamento, e nesta fase, metade dos animais alimentados com cada um dos conteúdos iniciais de PB foram aleatoriamente designados para reversão do nível de PB na dieta. No segundo ensaio, quatro ovinos machos mestiços Santa Ines, com quinze meses e BW inicial de 60,6 ± 10,6 kg kg foram distribuídos aleatoriamente em oito quadrados latinos 2 x 2. Cada período consistia em oito dias para adaptação dos animais e seis dias para coletas. As dietas experimentais consistiram em dois teores de PB (130 ou 150 g PB / kg MS). Em ambos os ensaios, as dietas consistiram em 50% de feno de Tifton e 50% de concentrado. No primeiro ensaio, não houve efeito (P> 0,05) do teor de PB no IFP e FPF na ingestão de nutrientes, com exceção da PB. A ingestão de PB (P <0,05) foi maior para animais alimentados com 150 g / kg de PB do que aqueles alimentados com 130 g / kg. Não houve efeito (P> 0,05) do conteúdo dietético de PB em IFP e FPF na digestibilidade da MS e nos outros constituintes da dieta. A excreção urinária N (P = 0,01) aumentaram em resposta a PB dietética no IFP e FPF, enquanto que x no FPF o conteúdo PB não afetou o N fecal (0,72), retenção de N (P = 0,17), N retido: N ingerido (P = 0,94) E N retido: N absorvido (P = 0,31). A síntese de PBM e a eficiência microbiana não foram afetadas (P> 0,05) pelos teores de PB em IFP e FPF. Os ovinos apresentaram ganho médio diário semelhante (GMD, P = 0,48), peso corporal final (P = 0,65) e espessura de gordura subcutânea (P = 0,58). No segundo ensaio, os ovinos alimentados com 150 g / kg de MS apresentaram maiores concentrações ruminais de nitrogênio amoniacal (P <0,01) e N-uréico sanguíneo (P <0,01) do que aqueles alimentados com 130 g / kg MS. O conteúdo de CP não afetou a produção de ácido acético (P = 0,95), ácido propiónico (P = 0,26) e ácido butírico (P = 0,95). Nossos resultados sugerem que não há benefício no uso de dietas com níveis proteicos acima de 130 g / kg MS e nem o uso de alimentação de PB por fases, para ovinos Santa Inês em crescimento.

Two studies were conducted to evaluate the effects of reducing dietary crude protein (CP) content and also the effects of phase-feeding of CP in diets on nutrient intake, apparently digestibility, ruminal fermentation, nitrogen (N) excretion and retention, protein microbial synthesis, animal performance, carcass attributes and fatty acids composition of muscle tissue of Santa Ines sheep. Forty Santa Ines crossbred sheep, with two months and initial body weight (BW) of 15.6 ± 1.6 kg were used in the first trial. The experimental period lasted 70 days, divided in two periods of 35 days each. The initial feeding phase (IFF) occurred during the first 35 days of confinement period, in which all animals were randomly assigned to two crude protein (CP) content in the diet (130 or 150 g/kg CP, based on dry matter (DM)). The final phase feeding (FPF) occurred between the 36th to the 70th day of confinement. In this phase, half of the animals fed with each of the initial CP content were randomly assigned for reversion of the CP level in the diet. In the second trial, four Santa Ines crossbred sheep, male, with fifteen months and initial BW of 60.6 ± 10.6 kg kg were randomly allocated in eight 2  2 Latin squares. Each period consisted of eight days for adaptation of the animals and six days for sampling. Experimental diets consisted of two CP contents (130 or 150 g CP/kg DM). In both trials, the diets consisted of 50% Tifton hay and 50% concentrate. In the first trial, there was no effect (P > 0.05) the CP content in IFP and FPF on nutrients intake, by exception CP. CP intake (P < 0.05) was higher for animals fed with 150 g/kg CP than those fed with 130 g/kg. There was no effect (P > 0.05) of dietary CP content in IFP and FPF on digestibility of DM and on the other dietary constituents. The urinary N excretion (P = 0.01) increased in response to dietary CP, while that the FPF CP content did not affected the fecal N (0.72), N retention (P = 0.17), N retained:N ingested (P = 0.94) and N retained:N absorbed (P = 0.31) ratios. The MCP synthesis and the microbial efficiency were not xii affected (P> 0.05) by CP contents in IFP and FPF. The sheep showed similar average daily gain (GMD, P = 0.48), final body weight (P = 0.65) and subcutaneous fat thickness (P = 0.58). In the second trial, the sheep fed with 150 g/kg CP had greater concentrations of ruminal nitrogen ammonia (P < 0.01) and blood N-urea (P < 0.01) than those fed with 130. CP contents did not affect acetic acid production (P = 0.95), propionic acid (P = 0.26) and butyric acid (P = 0.95). Our results suggest there is no benefit in using diets with great levels than 13% and nor in using phase-feeding of CP for Santa Ines sheep.