Transportes ativos: uma política baseada em evidências

Abstract

Neste trabalho, o problema do sedentarismo é visto como uma consequência do aumento intenso do uso dos transportes motorizados e dos seus congestionamentos, assim sendo um problema econômico da falha do Governo na escolha do incentivo entre transporte motorizado e transporte ativo. O fetichismo do automóvel, a ineficiência do transporte público, a “vergonha” do uso do Transporte Ativo, o investimento em infraestrutura em vias públicas têm como consequência, o aumento do uso da automobilidade, criando os congestionamentos e aumentando a inatividade física, ou sedentarismo. Assim gera-se externalidades negativas, como o aumento da poluição, o estresse no trânsito, atrasos no trabalho com diminuição da produtividade, e tendo uma relação positiva com o aumento do índice dos problemas na saúde pública por conta do sedentarismo. O estudo é destinado à interpretação das externalidades negativas que afetam a saúde pública, e geram custos sociais para os participantes diretos e indiretos, além dos altos gastos públicos no Sistema Único de Saúde em tratamento de doenças, por causa do aumento da automobilidade; e das externalidades positivas do Transporte Ativo. Por fim, sugerem-se as possíveis soluções na busca da melhoria da Mobilidade Urbana com Políticas Públicas na Saúde Coletiva, na busca de um melhor estilo de vida dos contribuintes, na procura intermitente da sustentabilidade e diminuição dos custos, a partir de experiências eficientes em outras metrópoles, e redução dos custos sociais com o Transporte Ativo.