Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/6873
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.authorSardenberg, Cecília Maria Bacellar-
dc.contributor.editorCosta, Ana Alice Alcantara-
dc.contributor.editorAlves, Ivia Iracema Duarte-
dc.creatorSardenberg, Cecília Maria Bacellar-
dc.date.accessioned2012-10-04T18:46:06Z-
dc.date.available2012-10-04T18:46:06Z-
dc.date.issued1997-
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/6873-
dc.descriptionTrabalho publicado em: Ana Alice Costa & Ívia Alves (orgs.), Ritos, Mitos e Fatos: Mulher e Gênero na Bahia. Salvador: NEIM/UFBA, Coleção Baianas (1), 1997, pp.:15-38. Este trabalho foi redigido originalmente em inglês e apresentado ao 95th Annual Meeting da American Anthropological Association, realizado de 21-26 de novembro de 1996, em San Franciso, California. Trata-se de um resumo bastante abreviado da minha tese doutoral, defendida em dezembro de 1996 no Departamento de Antropologia da Boston University, em Boston, Estados Unidos (Sardenberg 1997). Nesta versão, beneficiei-me tanto dos comentários apresentados pelos membros da minha banca examinadora—composta pelos Profs.Drs., Jenny White, Susan Eckstein, Regina Blaszczyk e, em especial Sutti Ortiz, minha orientadora, e Charles Lindholm, segundo leitor—quanto dos participantes da sessão ‘New Perspectives on Working-Class Experiences in Brazil’, do referido congresso.pt_BR
dc.description.abstractAté fins dos anos 40, o sábado de carnaval era um dia muito especial para as operárias da Fábrica São Braz, uma antiga fábrica de tecidos localizada no Subúrbio de Plataforma, em Salvador. Era nesse dia que as operárias ‘botavam’ o Bloco do Bacalhau nas ruas abrindo as comemorações momescas no bairro. Assim, ao invés de correr direto para casa tão logo soassem os apitos anunciando o fim da jornada, as mulheres se reuniam nos portões da fábrica. E mesmo exaustas e suadas depois das longas horas labutando sob forte calor e o barulho ensurdecedor das máquinas, elas não escondiam sua alegria. É que suas energias se renovavam quando a banda do bloco chegava e começava a tocar. Daí, dançando e cantando ao ritmo dos acordes da banda, as mulheres percorriam as ruas do bairro angariando aplausos e seguidores por todo o percurso. O cortejo subia a longa ladeira que ia da fábrica até a Praça São Braz e volteava-a algumas vezes, antes de ali se dispersar no meio do povo e da folia. Mas a banda continuava a tocar até altas horas da noite, alegrando para todos a festa de abertura do carnaval em Plataforma. Quando se reflete sobre a ‘performance’ das operárias no bloco à luz das relações sociais de gênero, classe e vizinhança que, no passado, teciam a vida cotidiana no bairro e na fábrica, o Bacalhau assume outros contornos. Neste trabalho, pretendo demonstrar que no bom estilo dos rituais de rebelião, essa ‘performance’ expressava de forma jocosa e ambígua, o protesto das operárias contra o regime patriarcal então vigente, reafirmando, entremeio as brincadeiras do carnaval, o importante papel por elas desempenhado na economia doméstica e na construção das relações de vizinhança no bairro.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPESpt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherNEIM/UFBA, Coleção Bahianas no. 1pt_BR
dc.sourcewww.neim.ufba.brpt_BR
dc.subjectmulheres e relações de gêneropt_BR
dc.subjectoperariado textilpt_BR
dc.subjectprotesto ritualizadopt_BR
dc.titleO bloco do bacalhau: protesto ritualizado de operárias na Bahiapt_BR
dc.typeLivropt_BR
dc.description.localpubSalvador, Bahiapt_BR
dc.identifier.numberRitos, Mitos e Fatos: Mulher e Gênero na Bahia, Coleção Bahianas 1pt_BR
Aparece nas coleções:Livro e Capítulo (PPGA)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Bacalhau.pdf108,13 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.