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dc.creatorBorges, Silier Andrade Cardoso-
dc.date.accessioned2024-08-16T12:13:21Z-
dc.date.available2024-08-16T12:13:21Z-
dc.date.issued2023-08-22-
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufba.br/handle/ri/39902-
dc.description.abstractThe study aimed to understand the meanings of the involvement and experience of homeless people in the Brazilian National Movement of the Homeless (“Movimento Nacional da População de Rua - MNPR”). In relation to specific objectives, the purpose of the study was to: (1) identify mobilizing elements of the engagement of homeless people to the “MNPR”, with emphasis to aspects related to their life stories and experiences in social policies; (2) understand transformations and homelessness, before and after involvement in collective actions; (3) identify how individuals narratively perform their identities and become militants; and (4) analyze experiences of homelessness and involvement in the movement, based on networks of solidarity, conflicts and resistance strategies adopted by the militants. We have taken as relevant theoretical frameworks the studies on race relations and subjectivation processes, decoloniality and the Theory of New Social Movements. A qualitative study with a biographical approach, including ten participants who presented narratives on their homelessness experiences and on how they became involved in the collective actions. In-depth interviews were conducted as a data production technique. Data analysis was based on Catherine Riessman’s narrative analysis. It was observed that for the interviewees, the street is an ambiguous space where situations of abandonment, violence and negligence are experienced, but also where they build emotional ties and solidarity networks, turning them into militants in the measure in which they reframe their biographical trajectories. From their increased involvement in the social activities, militants begin to take their place as active subjects, facing adversities and reaching important achievements in their lives and in that of their peers, changing the concept that they had about their own self. Despite overcoming the situation of homelessness, through their involvement in the social struggle, militants usually maintain a deep attachment with their street kinsmen. Through their own personal narratives that they tell themselves and to others, they reconstruct their identities, established in the relationships with other more experienced people who are part of the group of reference, where they acquire the necessary rules towards a narrative formula. These personal narratives take on the role of transforming the lives of those who survive the necropolitical regime of extermination and obliteration of black existences, to enable these trajectories, reconstructed through stories of resilience, generating the existence of activists, lives that acquire meaning through their engagement in collective actions. Becoming a militant means having a voice and being heard in spaces where militance is being exercised. Accordingly, having a voice is only possible over time and in the measure in which militant identities acquire form, forged from accumulated experiences of violence, abuse, negligence and abandonment and through protesting behaviors, demanding dignity and the right to exist, without being relegated at all times to the other side of abyssal lines.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal da Bahiapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectPessoas em Situação de Ruapt_BR
dc.subjectExperiências de Rualizaçãopt_BR
dc.subjectIdentidadept_BR
dc.subjectNarrativaspt_BR
dc.subjectMovimentos Sociaispt_BR
dc.subject.otherHomeless Peoplept_BR
dc.subject.otherHomelessnesspt_BR
dc.subject.otherIdentitypt_BR
dc.subject.otherNarrativespt_BR
dc.subject.otherSocial Movementspt_BR
dc.titleEu saí da rua, mas a rua não saiu de mim: narrativas de pessoas em situação de rua em ações coletivas de luta e resistência.pt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)pt_BR
dc.publisher.initialsISC-UFBApt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVApt_BR
dc.contributor.advisor1Castellanos, Marcelo Eduardo Pfeiffer-
dc.contributor.referee1Castellanos, Marcelo Eduardo Pfeiffer-
dc.contributor.referee2Oliveira, Adauto Leite-
dc.contributor.referee3Trad, Leny Alves Bomfim-
dc.contributor.referee4Silva, Luís Augusto Vasconcelos da-
dc.contributor.referee5Conceição, Maria Inês Gandolfo-
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/5979845246948985pt_BR
dc.description.resumoEste estudo teve como objetivo geral compreender os sentidos do engajamento e da experiência de pessoas em situação de rua no Movimento Nacional da População de Rua (MNPR). No que se refere aos objetivos específicos, o estudo buscou: (1) identificar os elementos mobilizadores do engajamento de pessoas em situação de rua no MNPR, com destaque para aqueles relacionados às suas trajetórias de vida e experiências junto às políticas sociais; (2) compreender as transformações e permanências das experiências de rualização, antes e depois do engajamento na ação coletiva; (3) identificar como os indivíduos performam narrativamente suas identidades e se tornam militantes; e (4) analisar as experiências de rualização e de engajamento no movimento, a partir das redes de solidariedade, dos conflitos e das estratégias de resistência adotadas pelos militantes. Assumimos como relevantes horizontes teóricos os estudos sobre relações raciais e processos de subjetivação, decolonialidade e a Teoria dos Novos Movimentos Sociais. Trata-se de um estudo qualitativo com enfoque biográfico que contou com dez participantes que apresentaram narrativas sobre suas trajetórias de rualização e sobre como se engajaram na ação coletiva. Realizamos entrevistas em profundidade como técnica de produção de dados. A análise de dados se apoiou na análise de narrativas de Catherine Riessman. Observamos que para os entrevistados, a rua é o espaço ambíguo onde são vividas as situações de abandono, violência e negligência, mas também onde constroem vínculos afetivos e redes de solidariedade, que os mobilizam para a transformação em militantes na medida em que ressignificam suas trajetórias biográficas. A partir do crescente envolvimento na ação social, os militantes passam a assumir o lugar de sujeitos ativos, na medida em que enfrentam adversidades e obtém conquistas importantes em sua vida e na de seus pares, modificando a concepção que têm de seu próprio “eu” (self). Mesmo com a superação da situação de rua que conquistaram através do engajamento na luta social, os militantes costumam manter um profundo vínculo com seus irmãos da rua. Através das narrativas pessoais que contam para si próprios e para os outros, eles reconstroem suas identidades, estabelecidas na relação com outras pessoas mais experientes que conformam o grupo de referência, onde adquirem as regras necessárias para uma fórmula narrativa. Essas narrativas pessoais assumem o papel de transformar as vidas que sobreviveram ao regime necropolítico de extermínio e obliteração das existências negras, possibilitando que essas trajetórias, reconstruídas através de histórias de superação, façam emergir existências-militantes, vidas que adquirem sentido por meio do engajamento na ação coletiva. Tornar-se militante significa se valer da própria voz e se fazer escutar nos espaços onde exercem a militância. Portanto, imbuir-se de sua própria voz só é possível ao longo do tempo e na medida em que suas identidades militantes adquirem forma, sendo forjadas a partir das experiências acumuladas de violências, abusos, negligências e abandonos, e pelas condutas reivindicativas que demandam por dignidade e pelo direito de existir, sem que sejam relegados a todo o instante ao outro lado das linhas abissais.pt_BR
dc.publisher.departmentInstituto de Saúde Coletiva - ISCpt_BR
dc.type.degreeDoutoradopt_BR
Appears in Collections:Tese (ISC)

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