Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39644
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.creatorBonfim, Naira dos Santos-
dc.date.accessioned2024-07-23T10:51:06Z-
dc.date.available2024-07-23T10:51:06Z-
dc.date.issued2024-02-28-
dc.identifier.citationBONFIM, Naira dos Santos. “NA MINHA CASA, NÃO!”: Negociações de Performatividade de Pessoas Assumidamente LGBTQIAP+ na Família Cisheteropatriarcal. 2024. Orientadora: Darlane Silva Vieira Andrade. 84f. il. Dissertação (Mestrado em em Estudos Interdisciplinares Sobre Mulheres, Gênero e Feminismo) – Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2024.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufba.br/handle/ri/39644-
dc.description.abstractThe family is often the first space of contact, socialization, learning, and understanding of the culture we are embedded in. The social imaginary's understanding of what constitutes a family stems from a colonial and cisheteropatriarchal ideal, which organizes the members of these units into rigid hierarchies of power and binary gender role distributions. In a family context guided by a cisheteropatriarchal organization, members may be compelled to conform to reproduce the normative expectations of society. This research investigates the existence of implicit or explicit pacts of gender and sexual expression and performance between LGBTQIA+ individuals and their primary families that do not embrace their gender identity and/or sexuality. To conduct this study, I engage in a dialogue with theorists Adrienne Rich and Monique Wittig to reflect on the normativities of heterosexuality, and with queer theory scholars Judith Butler, Leandro Colling, and Eve Sedgwick to discuss performance, performativity, and the closet.The study has a qualitative character, and I chose autoethnography for data construction and analysis. This involved using personal diaries, photographs, and self-made illustrations from 2012 to 2023, complemented by the lifeline technique to separate significant events that were part of the data. Throughout the dissertation, I discuss the concept of performative pacts, listing resources used to maintain these pacts. I also argue about the duality of living these performative experiences. On the one hand, the pacts represent an attempt by society to imprison us in the normativities of heterosexuality and cisgenderism. On the other hand, they also serve as shields that we use to escape experiencing violence in our nuclear families. I conclude with contributions to the discussion on what we can define as a family, given that LGBTQIA+ individuals are constantly challenging these definitions.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal da Bahiapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectFamíliapt_BR
dc.subjectLGBTQIAP+pt_BR
dc.subjectTeoria queerpt_BR
dc.subjectPerformatividadept_BR
dc.subjectAutoetnografiapt_BR
dc.subject.otherFamilypt_BR
dc.subject.otherLGBTQIAP+pt_BR
dc.subject.otherQueer theorypt_BR
dc.subject.otherPerformativitypt_BR
dc.subject.otherAutoethnographypt_BR
dc.title“NA MINHA CASA, NÃO!”: negociações de performatividade de pessoas assumidamente LGBTQIAP+ na família cisheteropatriarcalpt_BR
dc.title.alternative“NOT IN MY HOUSE!”: negotiations of performativity of openly LGBTQIAP+ people in the cisheteropatriarchal familypt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM) pt_BR
dc.publisher.initialsUFBApt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANASpt_BR
dc.contributor.advisor1Andrade, Darlane Silva Vieira-
dc.contributor.referee1Andrade, Darlane Silva Vieira-
dc.contributor.referee2Carneiro, Anni de Novais-
dc.contributor.referee3Aras, Lina Maria Brandão de-
dc.creator.IDhttps://orcid.org/0000-0002-2406-4194pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/5286619456517890pt_BR
dc.description.resumoA família é, quase sempre, o primeiro espaço de contato, socialização, aprendizagem e compreensão da cultura que estamos inseridos. A compreensão que circula no imaginário social sobre o que é família, parte de um ideal colonial e cisheteropatriarcal, que organiza os membros destas unidades em hierarquias de poder e distribuição rígidas de papéis sociais binários de gênero. Em um contexto de família pautada numa organização cisheteropatriarcal, os membros podem ser compelidos a se adequarem para reproduzir as normativas cobradas pelo meio social. Existem pactos, implícitos ou explícitos, de performatividade e expressão de gênero e sexualidade entre uma pessoa LGTBQIAP+ e a família primária que não acolhe sua identidade de gênero e/ou sexualidade? Para realização da minha pesquisa estabeleço um diálogo com as teóricas Adrienne Rich e Monique Wittig para pensar as normativas da heterossexulidade e intelectuais da teoria queer como Judith Butler, Leandro Colling e Eve Sedgwick para discorrer sobre performance, performatividade e o armário. O estudo tem caráter qualitativo e optei pela autoetnografia para construção e análise de dados, a partir de diários pessoais, fotografias e ilustrações autorais durante o período de 2012 a 2023, complementados com a técnica da linha de vida para separar os eventos significativos que fizeram parte dos dados. Ao longo da dissertação discorro sobre o conceito de pactos performativos, elencando recursos que são utilizados para a manutenção desses pactos. Argumento também sobre a dualidade de viver essas experiências performativas, uma vez que os pactos tanto são uma tentativa por parte da sociedade em nos aprisionar nas normativas da heterossexualidade e da cisgeneridade, como também são escudos que utilizamos para escapar de viver violências em nossas famílias nucleares. Finalizo com contribuições para a discussão sobre o que podemos definir como família, haja vista que, as pessoas LGBTQIAP+ estão sempre tensionando essas definições.pt_BR
dc.publisher.departmentFaculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)pt_BR
dc.relation.referencesADAMS, Tony E.; JONES, Stacy Holman.; ELLIS, Carolyn. Introduction—Making Sense and Taking Action: Creating a Caring Community of Autoethnographers. In: ADAMS, Tony E.; JONES, Stacy Holman.; ELLIS, Carolyn. (orgs.). Handbook of autoethnography. New York, Routledge, 2 ed, 2022, pp. 1-19. AYOUCH, Thamy. Da transsexualidade às transidentidades: psicanálise e gêneros plurais. Percurso, Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, 2015, Exigências da clínica e da cultura à psicanálise, pp.23-32. BENTO, Berenice. As famílias que habitam “a família”. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 15, n. 2, p, 2013. BUTLER, Judith. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. In: LOURO, Guacira Lopes Louro (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. pp. 110-125 BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2003. BUTLER, Judith. O parentesco é sempre tido como heterossexual?. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 21, p. 219–260, 2016. BUTLER, Judith. Os atos performativos e a constituição do gênero: um ensaio sobre fenomenologia eteoria feminista. Chão da Feira, Caderno n. 78, p. 1-16, 2018. BUTLER, Judith. Corpos que importam: os limites discursivos do “sexo”. N-1. 2019. CAMPOS, José Eduardo Da Silva. Saúde mental da população lgbtqia+: lutando contra estigmas e preconceitos. E-BOOK X CINABEH - Vol 02. Campina Grande: Realize Editora, 2021 CASTRO, Mary Gomes. Família, modos de usar e abusar. Maternidade e deslocamentos ou ensaiando indisciplinas. In: MESSEDER, S., CASTRO, M.G., e MOUTINHO, L., (Orgs). Enlaçando sexualidades: uma tessitura interdisciplinar no reino das sexualidades e das relações de gênero [online]. Salvador: EDUFBA, 2016, p. 41-65. CRENSHAW, Kimberlé W. “Documento para o Encontro de Especialistas em Aspectos da Discriminação Racial Relativos ao Gênero”. Estudos Feministas, ano 10, n° 1/2002, pp. 171-188 COLLING, Leandro; ARRUDA, Murilo Souza; NONATO, Murillo Nascimento. Perfechatividades de gênero: a contribuição das fechativas e afeminadas à teoria da performatividade de gênero. Cadernos Pagu, Campinas, n. 57, p. 1-34, 2019. COLLING, Leandro; NOGUEIRA, Gilmaro. Relacionados mas diferentes: sobre os conceitos de homofobia, heterossexualidade compulsória e heteronormatividade. In: RODRIGUES, Alexsandro; DALLAPICULA, Catarina; FERREIRA, Sérgio Rodrigo da S. (Org.). Transposições: lugares e fronteiras em sexualidade e educação. 1ª ed. Vitória: EDUFES, 2014, p. 171-183. COSTA, Lacilaura B. L.; DE TILIO, Rafael. Revisão integrativa da literatura feminista sobre família. Psicologia Revista, [S. l.], v. 31, n. 1, p. 90–113, 2022. CUSTER, Dwayne. Autoethnography as a Transformative Research Method. The Qualitative Report, 19(37), 1-13, 2014. ELLIS, Carolyn; ADAMS, Tony E.; BOCHNER, Arthur P. Autoethnography: An Overview. Forum Qualitative Sozialforschung / Forum: Qualitative Social Research, [S. l.], v. 12, n. 1, 2010. DOI: 10.17169/fqs-12.1.1589. FRANCO, Ricardo Silva; SEI, Maíra. Segredo familiar e os recursos artísticos-expressivos na psicoterapia familiar: Um estudo teórico-clínico. Psicologia:Teoria e Prática, 21(1), 282-296, 2019. GASPODINI, Icaro Bonamigo; JESUS, Jaqueline Gomes. Heterocentrismo e ciscentrismo: crenças de superioridade sobre orientação sexual, sexo e gênero. Revista Universo PSI, v. 1 n. 2, p. 33-51, 2020. GRUPO GAY DA BAHIA. Mortes violentas de LGBT+ no Brasil:relatório 2021. José Marcelo Domingos de Oliveira, Luiz Mott (orgs.). 1. ed. Salvador: Editora Grupo Gay da Bahia , 2022. HARDING, Sandra. Existe um método feminista? In: BARTRA, E. (org.), Debates em torno a uma metodologia feminista. México, D.F.: UNAM, 1998, pp.:09-34. HOOKS, bell. Tudo sobre o amor: novas perspectivas. São Paulo: Elefante, 2020. JESUS, Jaqueline Gomes de. O conceito de heterocentrismo: Um conjunto de crenças enviesadas e sua permanência. Psico-USF, 18(3), 363–372, 2013. KVELLER, Daniel B.; NARDI, Henrique C.. Performance, performatividade, perfechatividade: repensando nós conceituais nos estudos queer*. Cadernos Pagu, n. 66, p. e226617, 2022. LONGHINI, Geni. D. N. Mãe (nem) sempre sabe: existências e saberes de mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais. (Dissertação de mestrado). Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, 2018. LORDE, Audre. Irmã Outsider: Ensaios e Conferências. Trad. Stephanie Borges. 1. ed. 1 reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2020. MAIA, Suzana; BATISTA, Jeferson dos Santpos. Reflexões Sobre a Autoetnografia. Prelúdios - Revista do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da UFBA, [S. l.], v. 9, n. 10, p. 240–246, 2022. MOURA, Luiz Wescley Fontelene; ARAGÃO, Heliandra Linhares; ROCHA, André Sousa; SANTOS, Júlio Cézar de Oliveira; CARVALHO, Socorro Taynara Araújo. Violence and LGBTQIA+ Population: Impact on Mental Health and the importance of the Care Network. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 9, p. e0211931369, 2022. DOI: 1.330448/rsd-v11i9.31369. NOBRE, Thalita Lacerda. A Técnica da Construção da “Linha Do Tempo” Como Instrumento para Anamnese em Psicoterapia Psicanalítica. Revista Augustus, 24(47), 2019, 92-113. OLIVEIRA, Leandro de; BARRETO, Thiago. Silêncios em discurso: Família, conflito e micropolítica em narrativas sobre a revelação da homossexualidade. Sexualidad, Salud y Sociedad (Rio de Janeiro), n. 33, p. 318–342, set. 2019. PERUCHI, Juliana; BRANDÃO, Brune Coelho; VIEIRA, Hortênsia Isabela dos Santos. Aspectos psicossociais da homofobia intrafamiliar e saúde de jovens lésbicas e gays. Estudos de Psicologia (Natal), 2014, 19(1), 67-76. RAGO, Margareth. ‘Epistemologia Feminista, Gênero e História’. In: Joana M. PEDRO e Miriam P. GROSSI (orgs.), Masculino, Feminino, Plural. Florianópolis: Editora das Mulheres, 1998, p. 21-42. RICH, Adrienne. Heterossexualidade compulsória e existência lésbica. Bagoas, Natal, n. 5, 2010, p. 17-44. SANTOS, Nathaliê Cristo Ribeiro; FREITAS, Rita de Cássia Santos. A violência intrafamiliar contra mulheres lésbicas. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE POLÍTICA SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS. 3, 2019, Londrina. [Anais do] III Congresso Internacional de Política Social e Serviço Social [livro eletrônico]: Desafios Contemporâneos, [do] IV Seminário Nacional de Território e Gestão de Políticas Sociais [e do] III Congresso de Direito à Cidade e Justiça Ambiental. Londrina, UEL, 2019. SANTOS, Silvio Matheus Alves. O método da autoetnografia na pesquisa sociológica: atores, perspectivas e desafios. Plural, 24(1), 2017, 214-241. SOLIVA, Thiago B.; SILVA, João B. da. Entre revelar e esconder: pais e filhos em face da descoberta da homossexualidade. Sexualidad, Salud y Sociedad (Rio de Janeiro), n. 17, p. 124–148, maio 2014. SEDGWICK, Eve. A epistemologia do armário. Cadernos Pagu, Quereres, v.28, p. 19-54, 2007. SENNA, Ariane; SAUER, Maiane Santos. Transexualidade e saúde na cidade de Salvador. Em: DENEGA, Alessa; ANDRADE, Darlane; DOS SANTOS, Helena Miranda (orgs.) Gênero na psicologia: saberes e práticas. Salvador, Conselho Regional de Psicologia da Bahia, 2016, p.134 – 149. VERGUEIRO, Viviane. Por Inflexões Decoloniais de Corpos e Identidades de Gênero Inconformes: Uma Análise Autoetnográfica da Cisgeneridade como Normatividade. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015. WITTIG, Monique. The Straight Mind and Other Essays. Boston: Beacon Press, 2002.pt_BR
dc.type.degreeMestrado Acadêmicopt_BR
Aparece nas coleções:Dissertação (PPGNEIM)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DissertaçãoMestrado_NairaBonfimPPGNEIM.pdf3,22 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.