Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37850
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.creatorFerreira, Sérgio Rodrigo da Silva-
dc.date.accessioned2023-09-22T09:00:24Z-
dc.date.available2023-09-22T09:00:24Z-
dc.date.issued2020-08-05-
dc.identifier.citationFERREIRA, Sérgio Rodrigo da Silva. Digitalização de si e transmasculinidades: a constituição de subjetividades gendradas e a produção de saberes no Facebook. Tese (Doutorado em Comunicação e Cultura Contemporâneas) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Comunicação, Salvador, p. 357, 2020.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufba.br/handle/ri/37850-
dc.description.abstractMale transgenderity refers to people who are not in conformity with the gender attributed to them by a compulsory cisgenerity and who constitute and express themselves as subjects in the spectrum of masculinities. We understand compulsory cisgenerity as the binary and biologizing normative logic that invariably links a materiality of the body to a gender identity by its sexual characteristics. In this thesis, using the genealogical method and with a qualitative strategy of data collection and analysis, we talked to trans men and analyzed their productions on the Facebook social network platform in order to understand the technological agency on the production of gendered subjectivities. We present the results showing the mutual constitution of a rationality in the conduction of the subjects in the micropolitical dimension (governmentality), those discourses that are considered to be true (veridiction) and the forms in which we become and are shaped to become an “I” with certain specificities (subjectification process) and their technological crossings over bodies and digitalized practices of transmasculine subjects. As a result we have found that Facebook is used by interlocutors to inform, debate, express and organize themselves, get to know each other, relate, help and be helped by other people, for professional purposes and to be entertained. It also allows access to crucial information about transgenderity (self-recognition, hormonization, political organization, rights and laws, access to services, etc.) and about masculinity policies. It is also seen as a network that promotes an activist performance on political causes. From the point of view of masculinity, the online production of these men seeks to denaturalize cisgender masculinity and normalize transmasculinities in their constitutive aspects. Their production is articulated especially in speeches that affirm that they are "real" men even without a flesh penis attached to the body, even without being violent, even with a body built with sexual technologies, undergoing transition or not, even if having to legally rectify first name and sex, and even if being able to get pregnant. The articulation goes in to the production of normality for transmasculine identities as a semiological battlefield. It is also configured in the theoretical movement that states the cisgender identities as a way to denaturalize their dynamics, hierarchies and actions of stigmatization, marginalization and dehumanization of those bodies that are at in disagreement with their normative matrices. However, when considering the algorithmic governmentality and data mining that takes occurs on Facebook, we come to the conclusion that the insertions between the experiences and the strategies of self-registration, narrating and relating in this environment are constantly generating data, whether it is consented or not by the users. These data are captured while they are not yet organized, and then processed and structured into the creation of a profile based on the relationships between them (profile that does not correspond to the “real” subject, but a machinical production based on this data relation). As a result, on the one hand, we have a greater cohesion of common ideas of affinity between transgender men, which facilitates political articulations between them, but which, on the other hand, creates an environment that is immunized to the possibility of difference.pt_BR
dc.description.sponsorshipFundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahiapt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal da Bahiapt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectTransexualidadept_BR
dc.subjectPessoas transgênero - Identidadept_BR
dc.subjectFacebook (Rede social on-line)pt_BR
dc.subjectSubjetividadept_BR
dc.subjectIdentidade de gêneropt_BR
dc.subjectComunicações digitaispt_BR
dc.subject.otherFacebook (Online social network)pt_BR
dc.subject.otherTransgender people - Identitypt_BR
dc.titleDigitalização de si e transmasculinidades: a constituição de subjetividades gendradas e a produção de saberes no Facebookpt_BR
dc.title.alternativeSelf-Digitization and Transmasculinities: The Formation of Gendered Subjectivities and the Production of Knowledge on Facebookpt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas ( POSCOM) pt_BR
dc.publisher.initialsUFBApt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::TEORIA DA COMUNICACAOpt_BR
dc.contributor.advisor1Natansohn, Leonor Graciela-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2953531382617670pt_BR
dc.contributor.referee1Rodrigues, Alexsandro-
dc.contributor.referee2Jesus, Jaqueline Gomes De-
dc.contributor.referee3Dalmonte, Edson Fernando-
dc.contributor.referee4Ribeiro, José Carlos Santos-
dc.contributor.referee5Natansohn, Leonor Graciela-
dc.creator.IDhttps://orcid.org/0000-0002-9899-4378pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/6898076743592293pt_BR
dc.description.resumoA transgeneridade masculina diz respeito às pessoas que não estão em conformidade com o gênero que lhes foi atribuído pela cisgeneridade compulsória e que se constituem e se expressam como sujeitos no espectro das masculinidades. Entendemos cisgeneridade compulsória como a lógica normativa binarista e biologizante que atrela invariavelmente uma materialidade do corpo em suas características sexuais a uma identidade de gênero. Nesta tese, pelo método genealógico e com uma estratégia de coleta e análise de dados de caráter qualitativo, conversamos com homens trans e analisamos suas produções na plataforma de rede social Facebook com o objetivo de compreender o agenciamento tecnológico sobre a produção de subjetividades gendradas. Apresentamos os resultados evidenciando a constituição mútua de uma racionalidade na conduções dos sujeitos na dimensão micropolítica (governamentalidade), daqueles discursos que são considerados verdadeiros (veridicção) e dos modos que nos tornamos e somos tornados um “Eu” com certas especificidades (processo de subjetivação) e seus atravessamentos tecnológicos sobre corpos e práticas digitalizadas de sujeitos transmasculinos. Como resultados, temos que o Facebook é utilizado pelos interlocutores para se informarem, debaterem, se expressarem, se organizarem, se conhecerem, se relacionarem, ajudarem e serem ajudados por outras pessoas, para fins profissionais e de entretenimento. Ele permite também acesso a informações cruciais sobre transgeneridade (autorreconhecimento, hormonização, organização política, direitos e legislações, acesso a serviços etc.) e sobre políticas das masculinidades. Também é apontada como uma rede que fomenta uma performance militante sobre causas políticas. Do ponto de vista da masculinidade, a produção on-line desses homens busca desnaturalizar a masculinidade cisgênera e normalizar as transmasculinidades em seus aspectos constitutivos. Sua produção se articula especialmente em discursos que afirmam que são homens “de verdade”, mesmo sem um pênis de carne fixado ao corpo, mesmo sem serem violentos, mesmo com um corpo construído com tecnologias sexuais, passando por transição ou não, mesmo tendo que juridicamente retificar prenome e sexo, e mesmo podendo engravidar. A articulação vai na produção de normalidade para as identidades transmasculinas como um campo de batalha semiológico. Configura-se também no movimento teórico de afirmação das identidades cisgêneras como forma de desnaturalizar suas dinâmicas, hierarquizações e ações de estigmatização, marginalização e desumanização daqueles corpos que estão em desacordo com suas matrizes normativas. Entretanto, ao considerarmos a governamentalidade algorítmica e a mineração de dados que ocorrem no Facebook, chegamos à conclusão de que as inserções entre as vivências e as estratégias de autoregistrar-se, narrar-se e relacionar-se nessa ambiência estão constantemente gerando dados consentidos ou não pelos usuários. Esses dados são capturados ainda não organizados, tratados e estruturados na criação de um perfil baseado nas relações entre eles (perfil que não corresponde ao sujeito “real”, mas a uma produção maquínica a partir dessa relação de dados). Como resultado, temos, de um lado, uma maior coesão de ideias comuns de afinidade entre homens trans, o que facilita articulações políticas entre eles, mas que, de outro, cria um ambiente imunizado para a possibilidade da diferença.pt_BR
dc.publisher.departmentFaculdade de Comunicaçãopt_BR
dc.type.degreeDoutoradopt_BR
Aparece nas coleções:Tese (PÓSCOM)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese_-_Digitalizao_de_si_e_Transmasculinidades_-_FERREIRA_SRS_2020.pdfFERREIRA, Sérgio Rodrigo da Silva. Digitalização de si e transmasculinidades: a constituição de subjetividades gendradas e a produção de saberes no Facebook. Tese (Doutorado em Comunicação e Cultura Contemporâneas)3,57 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons