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dc.creatorSantos, Eliana Silva dos-
dc.date.accessioned2023-07-06T12:46:34Z-
dc.date.available2023-07-06T12:46:34Z-
dc.date.issued2022-12-13-
dc.identifier.citationSANTOS, Eliana S.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufba.br/handle/ri/37306-
dc.description.abstractThe work 'O Crime do Cais do Valongo' (2018), by Eliana Alves Cruz, constitutes an essential narrative for us to rethink the Brazilian slave society and, mainly, the customs and cultures of the people who came to Brazil in the condition of slavery. The writer and thinkers built a polyphonic text that questions Brazilian discursivity about slavery, assigning voice and the possibility of composing historical subjectivities in a historical narrative in which one crime determines others. One of the proposals of this work is questionable as the relationship between death and ancestry for Africans and what these elements do for those who died while still on the slave ship or when they arrived in the port region of Valongo, in Rio de Janeiro, the so-called new blacks. Furthermore, it is essential to point out the contemporary contributions of ancestry to the different narratives of the black population and their way of life, considering the ancestral Afro-diasporic cult of Egúngún as a strong manifestation of African cultural resistance in the diaspora. Thus, from the highlights, it is possible to consider a semantic operator of resistance, having the cult of ancestors as a vehicle for the continuity of vital cycles for the black population outside Africa. The number of black people that are killed in caring communities increases, reinforcing the social fetish for current research, the connection also with the necropolitical research of the State and the physical communities of these people. It is also highlighted the role of black women's narratives in the constitution of the cultural crossroads present in women's writing in Maria Firmina, Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Ana Maria Gonçalves e Eliana Alves Cruz.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPESpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal Da Bahiapt_BR
dc.rightsCC0 1.0 Universal*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/*
dc.subjectLiteratura Negra Femininapt_BR
dc.subjectCais do Valongopt_BR
dc.subjectAncestralidadept_BR
dc.subject.otherBlack Female Literaturept_BR
dc.subject.otherValongo Wharfpt_BR
dc.subject.otherAncestrypt_BR
dc.titleMorte e ancestralidade em O Crime do Cais do Valongopt_BR
dc.title.alternativeDeath and ancestrality in O Crime do Cais do Valongopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.publisher.programPós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) pt_BR
dc.publisher.initialsUFBApt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESpt_BR
dc.contributor.advisor1Santos, José Henrique de Freitas-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9485562302759197pt_BR
dc.contributor.referee1Santos, José Henrique de Freitas-
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9485562302759197pt_BR
dc.contributor.referee2Santiago, Ana Rita-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/5740979275215388pt_BR
dc.contributor.referee3Santos, Alvanita Almeida-
dc.contributor.referee3IDhttps://orcid.org/0000-0003-0665-1659pt_BR
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/1449810380859639pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/6080130684189215pt_BR
dc.description.resumoA obra ‘O Crime do Cais do Valongo’ (2018), de Eliana Alves Cruz, constitui uma narrativa importante para repensarmos a sociedade escravocrata brasileira e, principalmente, os costumes e culturas dos povos que foram trazidos para o Brasil. A escritora e jornalista constrói um texto polifônico que questiona a discursividade histórica brasileira a respeito da escravidão, destinando voz e a possibilidade de composição de subjetividades diversas em uma narrativa histórica em que um crime determina outros. Uma das propostas deste trabalho é discutir as relações entre morte e ancestralidade para os africanos e o que estes elementos representam para aqueles que morreram ainda no navio negreiro ou quando chegaram à região portuária do Valongo, no Rio de Janeiro, os chamados pretos novos. Além disso, é importante assinalar as contribuições contemporâneas da ancestralidade para as diversas narrativas da população negra e seu modo de vida, considerando também o culto afrodiaspórico ancestral a Egúngún como uma forte manifestação da resistência cultural africana em diáspora. Assim, a partir dos destaques, é possível considerar a ancestralidade como um operador semântico de existência e resistência, tendo o culto aos antepassados como veículo de continuação de ciclos vitais relevantes para a história da população negra fora da África. Diante do Brasil atual, a pesquisa estabelece ligação também com a necropolítica estatal, quando o número de negros mortos em comunidades carentes avança, reforçando o fetiche social pela aniquilação simbólica e física dessas pessoas. Destaca-se, também, o papel de narrativas de mulheres negras na constituição da encruzilhada cultural presente na escrita feminina de Maria Firmina, Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Ana Maria Gonçalves e Eliana Alves Cruz.pt_BR
dc.publisher.departmentInstituto de Letraspt_BR
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dc.type.degreeMestrado Acadêmicopt_BR
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