Campo DC | Valor | Idioma |
dc.creator | Fernandes, Breno | - |
dc.date.accessioned | 2022-09-16T18:33:37Z | - |
dc.date.available | 2022-09-16T18:33:37Z | - |
dc.date.issued | 2021-12-02 | - |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36027 | - |
dc.description.abstract | This thesis aims to answer what happens to national identity in a civil war. As an essay in
comparative literature, this question appears related to four contemporary novels: How the
soldier repairs the gramophone, by the Bosnian Saša Stanišić; My father's Rifle, by the Iraqi
Kurdish Hiner Saleem; A long way gone, by the Sierra Leonean Ishmael Beah; and Half of a
yellow sun, by the Nigerian Chimamanda Ngozi Adichie. These books tell stories about civil
wars that happened in their authors’ countries in the 20th century. Also, they all have children
as the narrator or the protagonist, the reason why in this thesis children will be the main subject
of analysis. These four boys will guide our thoughts on what happens to bodies, speeches, and
affects involved with the manifestation of nationalism on the eve of a civil war or in an ongoing
conflict. All the ideas presented here are based on two assumptions. The first one is that the
destabilization of hegemonic nationalism is a necessary condition to civil war. The second one
is that, since modernity, children are seen as beings who need more than body growth to be
considered adults. Adulthood requires a plethora of social learning, and nationalist ideology is
among them. Because of that, the bodies and minds of the four juvenile characters can be seen
as potential targets for nationalist pedagogy and its channels, such as school, art, family, and
neighborhood. Regarding their bodies, we can infer that the relation between neighborhood and
family constitute forms a sort of second oedipal situation, which will transform the
neighborhood in the first and paradigmatic embodiment of the national community, up to the
point that a civil war can only be started at the expense of the general rejection of the ethics of
neighbourliness. Regarding nationalist discourses, we aim to demonstrate that hegemonic
nationalism can always be replaced by another version of the same ideology, and this substitute
is commonly willing to provoke war. Furthermore, on the topic of nationalist speech, we
discovered that, as the enemy becomes synonymous with the foreigner within nationalist
ideology, one way to give civil war legitimacy is to foreignize part of the national population.
Finally, regarding affects mobilized by nationalism in a civil war, we may state that the feeling
of helplessness becomes one of the main sources of psychological distress faced by children.
With respect of affective forms of resistance to the war, we may highlight children’s play as an
act full of empowering intentions. It can be a performance of the desire for the victory of their
national side or even a performance of the times of peace. | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA | pt_BR |
dc.subject | Literatura - História e crítica | pt_BR |
dc.subject | Guerra na literatura | pt_BR |
dc.subject | Criança e guerra | pt_BR |
dc.subject | Literatura contemporânea | pt_BR |
dc.subject | Sasa Stanisic | pt_BR |
dc.subject | Hiner Saleem | pt_BR |
dc.subject | Ishmael Beah | pt_BR |
dc.subject | Chimananda Hgozi Adiche | pt_BR |
dc.subject.other | civil war | pt_BR |
dc.subject.other | children | pt_BR |
dc.subject.other | contemporary literature | pt_BR |
dc.subject.other | identity | pt_BR |
dc.subject.other | nationalism | pt_BR |
dc.title | Crescendo entre nós: ensaio sobre a identidade nacional da criança testemunha de guerra civil | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFBA | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Lima, Rachel Esteves | - |
dc.contributor.advisor1Lattes | http://lattes.cnpq.br/6638198140980807 | pt_BR |
dc.contributor.referee1 | Lima, Rachel Esteves | - |
dc.contributor.referee2 | MARTINS, Anderson Bastos | - |
dc.contributor.referee3 | Lage, Victor Coutinho | - |
dc.contributor.referee4 | Cruz, Décio Torres | - |
dc.contributor.referee5 | Santos, Mônica de Menezes | - |
dc.creator.Lattes | http://lattes.cnpq.br/4665005125455352 | pt_BR |
dc.description.resumo | Esta tese se propõe a refletir sobre o que acontece com a identidade nacional no contexto de
uma guerra civil. Como ensaio de literatura comparada, o questionamento surge associado a
um corpus de pesquisa composto de quatro romances contemporâneos: Como o soldado
conserta o gramofone, do bósnio Saša Stanišić; A espingarda do meu pai, do curdo-iraquiano
Hiner Saleem; Muito longe de casa, do serra-leonense Ishmael Beah; e Meio sol amarelo, da
nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. Todos os romances tratam de guerras civis ocorridas no
século XX, nos países de seus respectivos autores, e são protagonizados por garotos, motivo
pelo qual a criança, como categoria social, torna-se o foco de observação das mudanças que
sofrem os corpos, os discursos e os afetos implicados na manifestação do nacionalismo às
vésperas de um conflito civil ou quando ele já está em curso. Tal reflexão se baseia em dois
pressupostos. O primeiro é que toda guerra civil demanda que o nacionalismo hegemônico de
determinado país seja previamente desestabilizado, o que criaria a expectativa de que ele pode
ser substituído por outra versão da mesma ideologia. Já a segunda premissa é que a criança,
desde a modernidade, é encarada como sujeito que necessita de mais do que a maturação do
corpo para alcançar o status de adulto. Ela também precisaria de um conjunto de aprendizados,
dentre os quais está a ideologia nacionalista. Com base em tais constatações, os corpos e mentes
das personagens observadas são percebidos como alvos em potencial da disputa entre
nacionalismos interna à nação, da pedagogia nacionalista que advém de instâncias discursivoafetivas
variadas, como a escola, a arte e, principalmente, a família e a vizinhança. Em relação
aos corpos, constata-se que a vizinhança parece ser um segundo estágio da travessia edípica,
que, segundo a psicanálise, é responsável por estabelecer a compreensão de que há o eu e há o
outro. Esse é um dos fatores que transformam a vizinhança na manifestação primeira e
paradigmática da comunidade nacional, a ponto de a guerra civil implicar numa drástica recusa
coletiva à ética da vizinhança. No que concerne aos discursos nacionalistas, tenta-se demonstrar
como o nacionalismo jamais está plenamente estabilizado, havendo sempre outra(s) forma(s)
da mesma ideologia à espreita de uma oportunidade de conquistar a hegemonia. Ademais,
comenta-se como, uma vez que o nacionalismo aproxima os sentidos de inimigo e de
estrangeiro, é recorrente a necessidade de estrangeirar parte da população nacional a fim de
legitimar a investida belicosa contra essa minoria. Finalmente, em relação aos afetos movidos
pelo nacionalismo durante a guerra civil, sugere-se que o sentimento de desamparo se torna
uma das principais causas de sofrimento emocional da criança, ao mesmo tempo que o ato de
brincar se reveste de intenções que vão desde a elaboração do desejo de que a nação da qual se
faz parte vença a luta até a performance dos tempos de paz. | pt_BR |
dc.publisher.department | Instituto de Letras | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Tese (PPGLITCULT)
|