Entre o panda e o dragão: um estudo do Estado e da geopolítica chinesa pós crise de 2008

Abstract

Resumo: A presente pesquisa realiza uma investigação das transformações no interior do Estado chinês após o estabelecimento da República Popular da China em 1949, avançando numa compreensão das continuidades e descontinuidades nos processos políticos e econômicos gestados pelos diferentes ciclos posteriores à inauguração do poder revolucionário naquele país (passando por Mao Zedong, Deng Xiaoping até Xi Jinping). Para tanto será estabelecido uma investigação teórico conceitual a partir de duas categorias centralmente mobilizadas: Imperialismo e Hegemonia. A partir de tais categorias nos voltaremos para um estudo das características do Estado e do modo de produção vigente na China (estruturas e superestruturas) com suas diversas determinantes gestadas na era do capitalismo monopolista imperialista e em contradição com este. Concluindo pela existência de uma Hegemonia de classe proletária sob direção do Partido Comunista Chinês com seus respectivos Aparelhos. Em sequência a partir de um enfoque territorial nos arredores da China e do período pós-crise econômica de 2008 avançaremos num debate acerca da geopolítica chinesa atual até o presente ano de 2021, investigando a dialética “interior-exterior” nos processos políticos e econômicos. Estabeleceremos, por fim, um debate acerca dos Blocos Hegemônicos, encontrando como a China seria impulsionadora de um Bloco Contra-hegemônico em associação com a Rússia e outros atores, gestado pelas contradições centro-periferia, pelas disputas sobre autodeterminação dos povos e soberania nacional. Concluiremos pela existência de tal bloco, seu caráter fundamentalmente antagônico com o capitalismo imperialista e seus principais representantes como EUA, União Europeia e Japão. Chegando à noção que o embate se dá pela superação/transformação das estruturas hegemônicas internacionais de dominação do capitalismo imperialista ocidental. Estabelecendo assim, formas de institucionalidade pautadas no multilateralismo.

Abstract: The present research drives an investigation aimed on the transformations within Chinese State after the establishment of the People’s Republic of China in 1949, thus advancing in the com-prehension of continuities and discontinuities in the political and economical processes gene-rated by the different cycles that succeeded the inauguration of the revolutionary rule in that country (through Mao Zedong, Deng Xiaoping until Xi Jinping). In order to do so, there will be established a theoretical and conceptual investigation after two categories mainly mobilized: Imperialism and Hegemony. By using such categories we shall turn ourselves to a study of the current characteristics of State and Mode of Production in China (Structure and Superstructu-res), with its diverse determinations generated in the era of imperialist monopolist capitalism and in contradiction with it. Concluding for the existence of a Proletarian class Hegemony under direction of the Chinese Communist Party with its respective Apparatuses. Afterwards through a territorial emphasis around China and the period of post-economical crisis of 2008 we shall advance on a debate over the current chinese geopolitics until the present year of 2021, inves-tigating the “interior-exterior” dialectics in the political and economical processes. Finally we will establish a debate on the Hegemonic Blocs, finding out how China would be the driving force of a Counter-hegemonic Bloc in association with Russia and other actores, bred by the contradictions of center-periphery, by the contest over people’s self-determination and national sovereignty. We shall conclude for the existence of such a bloc, and its fundamentally antagonic features against imperialist capitalism and its main representatives such as the USA, European Union and Japan. Coming to the understanding that this struggle aims at the overcoming/trans-formation of the international hegemonic structures for dominance of the ocidental imperialist capitalism. Thus establishing Institutionality forms ruled on multilateralism